Bolsonaro queria Moraes preso, mas tirou prisão de Pacheco e Gilmar da minuta do golpe

Política
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Decisão do ministro Alexandre de Moraes que deu início à operação que fecha o cerco a Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado aponta que a minuta de golpe discutida junto a comandantes das Forças Armadas pedia novas eleições e a prisão de "diversas autoridades, entre as quais os ministros do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco".

Segundo delação e provas apresentadas pelo ministro, relator do caso, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu o documento do ex-assessor Filipe Martins (preso na operação desta quinta-feira, 8) e do advogado Amauri Feres Saad, mas pediu alterações, mantendo a prisão de Moraes, mas liberando Pacheco e Mendes.

A decisão de Moraes deflagrou nesta quinta a Operação Tempus Veritatis (a hora da verdade, em latim) e a Polícia Federal (PF) prendeu aliados do ex-presidente suspeitos de envolvimento na empreitada golpista. Entre os alvos, estão Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Valdemar Costa Neto, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier Santos.

Os investigados afirmaram, via defesa, que vão cumprir as determinações impostas pela Justiça, mas que ainda não tiveram acesso às investigações para saberem o que pesa contra cada um deles.

Data da prisão

Segundo a investigação da PF, Já havia até data para a prisão de Moraes. O documento aponta que no "planejamento operacional descrito pelo General Virgílio (Laércio Virgílio, general-de-brigada reformado), a prisão desse relator seria executada no dia 18/12/2022, em sua residência em São Paulo".

A Polícia Federal (PF) acredita que o ex-presidente Bolsonaro teve participação direta na edição da minuta golpista que circulou entre seus aliados após o segundo turno das eleições. Conversas encontradas no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, sugerem que Bolsonaro ajudou a redigir e editar o documento.

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O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

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No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

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O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

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