Temer diz ser contra prisão de Bolsonaro pelo que a PF revelou até o momento

Política
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O ex-presidente da República Michel Temer (MDB) disse ser contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após as revelações feitas pela Operação Tempus Veritatis na quinta-feira, 8. Segundo Temer, não há razão para prender Bolsonaro com as provas que vieram à tona até o momento.

"Pelo menos pelos fatos que vieram à luz até agora, penso que não há razão para a prisão. Há sempre a perspectiva de (uma prisão), mas a perspectiva de depende de uma concretização de determinados fatos. E esses, caso concretizarem, sei-lo-ão adiante", disse Temer em entrevista à CNN Brasil na quinta.

De acordo com o ex-presidente, as provas coletadas mostraram que houve intenção e tentativa de uma ação golpista que, segundo ele, não tiveram sucesso porque as Forças Armadas rejeitaram a aventura antidemocrática da cúpula de Bolsonaro.

"Houve uma intenção e uma tentativa de ação. Quando eu digo tentativa de ação foi aquele movimento que se deu em Brasília, mas de pessoas que não tinham exata e precisamente um plano completo, porque o plano completo é que você só tem um golpe de Estado quando as Forças Armadas querem, e as Forças Armadas não quiseram isso", afirmou Temer.

O emedebista julgou como "grave" as intenções golpistas mostradas pelo relatório da operação e se disse "surpreendido" pelos diálogos de Bolsonaro e seus aliados.

Segundo ele, o desfecho desejado pelos membros do governo anterior era uma intervenção militar após os ataques aos prédios públicos dos Três Poderes, em Brasília.

"Eu me surpreendi um pouco com os diálogos havidos e coletados nesse início de investigação e com reuniões que se verificaram sem nenhuma conclusão. Porque a conclusão, se ela fosse verdadeira, deveria ser as Forças Armadas de acordo, o pessoal faz um movimento para invadir prédios e etc. Em seguida, as Forças Armadas decretam uma intervenção militar no Estado brasileiro", disse Temer.

Investigações apontam Bolsonaro como 'artífice' do golpe

A operação da PF realizou 33 mandados de busca e apreensão contra ex-ministros, militares de alta patente e ex-assessores de Bolsonaro. O ex-presidente é suspeito de ter sido o "artífice" de um golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele teve o passaporte apreendido e está proibido de deixar o País.

A PF colocou Bolsonaro como participante direto na edição de uma "minuta golpista" que circulou entre seus aliados após o segundo turno. Conversas encontradas no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, sugerem que o ex-presidente ajudou a redigir e editar o documento.

As mensagens foram trocadas entre Cid e o general Marco Antônio Freire Gomes, que era o então comandante do Exército, em dezembro de 2022. De acordo com o ex-ajudante de ordens, Bolsonaro "enxugou" o texto. "Fez um decreto muito mais resumido. Algo muito mais direto, objetivo e curto, e limitado."

A versão inicial do rascunho previa, além de novas eleições, a prisão de autoridades, como os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Segundo a PF, por sugestão de Bolsonaro, apenas a prisão de Moraes foi mantida no documento.

Temer intermediou contato entre Bolsonaro e Moraes em 2022

No dia 5 de julho de 2022, Bolsonaro realizou uma reunião com ministros que foi gravada e encontrada no computador de Mauro Cid pela PF. Segundo os investigadores, o vídeo do encontro evidenciou a "dinâmica golpista" planejada pela alta cúpula do governo passado.

O ex-presidente incentivou a sua equipe a divulgar desinformações sobre o processo eleitoral e disse que não era o caso de o então ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira "botar tropa na rua, tocar fogo e metralhar".

A reunião ocorreu um mês antes de Temer virar um "conciliador" entre Bolsonaro e Moraes, intermediando uma ligação telefônica entre os dois.

O emedebista disse que o gesto seria uma representação de "boa vontade e grandeza" entre o Executivo e o Judiciário, que estavam tensionados após ataques diretos do ex-presidente aos ministros do STF.

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Os líderes europeus respaldaram os planos da Comissão Europeia para aumentar os gastos em defesa. A reunião de emergência nesta quinta-feira, 6, em Bruxelas foi convocada depois que Donald Trump deu uma guinada na política dos Estados Unidos para Europa e a Ucrânia. Apesar da sinalização de apoio a Kiev, contudo, a cúpula falhou em chegar a um consenso sobre a guerra.

Os 27 líderes da União Europeia aprovaram a medida apresentada por Ursula von der Leyen, que prevê flexibilizar as rígidas normas fiscais do bloco para que os países possam gastar mais com defesa. Eles também pediram que a Comissão Europeia explorasse novas formas "para facilitar gastos significativos com defesa em nível nacional em todos os Estados-membros", disse o comunicado.

A estimativa é que a medida libere 800 bilhões de euros para rearmar os países europeus. O plano foi anunciado depois que os Estados Unidos suspenderam o apoio militar à Ucrânia. E o encontro em Bruxelas foi vista como uma tentativa de mostrar união frente ao afastamento entre Washington em Kiev.

Ao chegar na cúpula, o presidente ucraniano Volodmir Zelenski agradeceu pelo apoio que recebeu dos europeus. "Estamos muito agradecidos porque não estamos sozinhos", disse.

A Europa e a Ucrânia estão diante de "um momento decisivo", disse Ursula von der Leyen, ao receber Zelenski. "Temos que colocar a Ucrânia em posição de se defender sozinha", reforçou.

Apesar dos sinais de apoio à Ucrânia, os líderes da União Europeia falharam em chegar a um consenso sobre a defesa da Ucrânia, disse uma autoridade com conhecimento sobre a votação a portas fechadas em Bruxelas. Um país se recusou a assinar a declaração, disse a autoridade que falou sob condição de anonimato para discutir a cúpula em andamento, sem especificar de onde veio a divergência.

Segundo informações do The Guardian, foi a Hungria de Viktor Orbán, que não endossou a declaração da União Europeia, que pressionava contra as negociações propostas por Donald Trump e considerados benéficas para a Rússia. "Não pode haver negociações sobre a Ucrânia sem a Ucrânia", dizia o rascunho da declaração.

Zelenski descreveu as conversas com líderes da União Europeia como produtivas. Ele reafirmou o compromisso da Ucrânia com a paz e propôs medidas que poderiam levar ao fim da guerra. Isso inclui um cessar-fogo nos céus, com a interrupção dos ataques aéreos com mísseis, drones e bombas, e no mar, com a paralisação das operações militares no Mar Negro.

"Consideramos essas medidas iniciais como um prólogo para um acordo mais amplo e abrangente. A guerra deve terminar o mais rápido possível, e a Ucrânia está pronta para trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, com nossos parceiros nos Estados Unidos e na Europa pela paz", escreveu Zelenski nas redes sociais ao anunciar que vai à Arábia Saudita na segunda-feira, como parte das negociações envolvendo a Ucrânia e os EUA.

Ucrânia anuncia negociações com EUA

Sem dar mais detalhes, Zelenski anunciou ainda que representantes ucranianos e americanos retomaram a cooperação e disse esperar por uma reunião "significativa" na semana que vem.

"A Ucrânia é a mais interessada na paz", escreveu Zelenski. "Como dissemos ao Presidente Trump, a Ucrânia está trabalhando e trabalhará exclusivamente de forma construtiva para uma paz rápida e confiável."

A Ucrânia reclamava não ter sido chamada para as negociações dos Estados Unidos com a Rússia e reivindicava que o país vítima da agressão deveria estar presente em qualquer conversa sobre a paz. A relação ficou ainda mais delicada depois que Zelenski e Donald Trump protagonizaram um bate boca público durante encontro em Washington. Mais recentemente, Trump amenizou a briga em discurso para o Congresso dos EUA. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Curtis Miller, de 29 anos, morador da cidade de Barry, Vale do Glamorgan, no País de Gales, sobreviveu a um ataque de um tubarão de 136 kg durante uma expedição de pesca com amigos em Mossel Bay, uma cidade portuária no Oceano Índico, localizada no Cabo Ocidental da África do Sul, no dia 28 de fevereiro. Ele precisou de 91 pontos após o incidente, mas sobreviveu. As informações são da BBC.

Miller e seus amigos estavam na perseguição de tubarões quando um tubarão-de-dentes-roxos, fisgado por um dos amigos, o atacou. Ao tentar mover o tubarão para cima das rochas segurando sua cauda, o animal virou-se e mordeu seu braço, ferindo três artérias de Miller.

Apesar da gravidade dos ferimentos, que surpreenderam a equipe médica, Miller passou apenas uma noite no hospital antes de retornar ao País de Gales. Ele disse à BBC que a parte mais difícil da experiência foi informar sua mãe sobre o ataque.

Miller, um entusiasta da pesca de grandes peixes, afirmou que o incidente não o desencorajou. Ele planeja retornar à África do Sul no próximo ano para continuar sua aventura na pesca de tubarões.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que deve se encontrar com "parceiros americanos" na Arábia Saudita na próxima segunda-feira, 10, depois de reuniões bilaterais com o príncipe herdeiro saudita, em meio a negociações para encerrar a guerra com a Rússia. Segundo comunicado do líder ucraniano, "como dissemos ao presidente Trump, a Ucrânia está trabalhando exclusivamente por uma paz rápida e confiável".

Zelensky também classificou como "produtivo" o dia marcado por encontros com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, com o presidente da França, Emmanuel Macron, com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e com outras autoridades da Europa. O presidente ucraniano afirmou que está "preparando propostas adequadas", junto aos parceiros europeus, para parar a guerra e "garantir a segurança" para os ucranianos.

"A guerra deve acabar o mais rápido possível, e a Ucrânia está pronta para trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, com parceiros na América e na Europa pela paz", finaliza Zelensky.