TSE inaugura centro para enfrentar desinformação em cooperação com plataformas de redes sociais

Política
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Nesta terça-feira, 12, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inaugura o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDDE). O centro é mais uma medida do TSE para combater a veiculação de notícias falsas, discursos de ódio, preconceituosos e antidemocráticos que podem afetar as eleições. Em 27 de fevereiro, o tribunal aprovou as regras para o pleito municipal deste ano, dentre elas a proibição de deepfake na criação de conteúdo falso que pode prejudicar as campanhas eleitorais.

 

O objetivo do CIEDDE é promover uma cooperação mais efetiva entre a Justiça Eleitoral, os órgãos públicos e as plataformas de redes sociais e comunicação para assegurar o cumprimento das regras estabelecidas pelo plenário do TSE. Para isso, haverá uma troca de informações entre os integrantes do centro, a fim de agilizar a comunicação entre as entidades e implementar ações preventivas.

 

Comandado pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, o CIEDDE deve, segundo o tribunal, colaborar para a proteção de liberdade de escolha dos eleitores e promover educação em cidadania fundamentada nos valores democráticos e na igualdade de direitos. Já os Tribunais Regionais Eleitorais receberão auxílio do centro para regular o uso de inteligência artificial nas eleições e combater as fake news.

 

O órgão ainda será responsável por oferecer cursos sobre os temas, realizar campanhas educativas e sugerir alterações normativas que fortaleçam a Justiça Eleitoral. O CIEDDE será inaugurado às 16h30 na sede do TSE e contará também com outros integrantes do tribunal, como o secretário-geral Cleso Fonseca, o diretor-geral Rogério Galloro e o assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação José Fernando Chuy.

 

Também serão designados dois juízes auxiliares da presidência do TSE à composição do centro, que deve ainda convidar a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a assinatura de Acordos de Cooperação Técnica.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.

O Ministério das Relações Exteriores, em nota divulgada nesta segunda-feira (3), lamentou a suspensão da entrada da ajuda humanitária na Faixa de Gaza por Israel. "O governo brasileiro deplora a decisão israelense de suspender a entrada de ajuda humanitária em Gaza, que exacerba a precária situação humanitária e fragiliza o cessar-fogo em vigor", diz o texto do Itamaraty.

Israel interrompeu a entrada de todos os bens e suprimentos na Faixa de Gaza no domingo (2) e advertiu sobre "consequências adicionais" caso o Hamas não aceite uma nova proposta para estender o cessar-fogo.

O Itamaraty diz que o Brasil pede a "imediata reversão da medida", recordando que "Israel tem obrigação - conforme reconhecido pela Corte Internacional de Justiça em suas medidas provisórias de 2024 - de garantir a prestação de serviços básicos essenciais e assistência humanitária à população de Gaza, sem impedimentos". A nota afirma ainda que a obstrução deliberada e o uso político da ajuda humanitária constituem grave violação do direito internacional humanitário.

O governo brasileiro defende que as partes promovam o estrito cumprimento dos termos do acordo de cessar-fogo e o engajamento nas negociações "a fim de garantir cessação permanente das hostilidades, retirada das forças israelenses de Gaza, libertação de todos os reféns e estabelecimento de mecanismos robustos para ingresso de assistência humanitária desimpedida, previsível e na necessária escala."