Lewandowski: Etapa importante do caso Marielle foi vencida com a posse de Lula

Política
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou neste domingo, 24, que a etapa mais importante das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi "vencida" a partir da eleição e da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele ressaltou que a identificação dos mandantes do crime ocorreu após cinco anos de investigações "infrutíferas" pela polícia do Rio de Janeiro.

Por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), foi deflagrada na manhã deste domingo a Operação Murder Inc para prender de forma preventiva o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), seu irmão Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Os três são suspeitos de serem os mandantes do crime. Também foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão no Rio.

"Esta etapa mais importante das investigações foi vencida a partir da eleição e da posse do novo governo e quando, com muita disposição e energia, colocou-se a Polícia Federal, com meu antecessor, o ministro Flávio Dino, a serviço da elucidação desse crime, o que ocorreu em fevereiro do ano passado, após cinco anos de investigações infrutíferas pela Polícia Civil do Rio", declarou Lewandowski, em entrevista coletiva.

"Alguns integrantes dessa polícia, infelizmente, durante todo esse tempo, lograram obstruir o avanço das investigações", emendou o ministro, em referência ao delegado Rivaldo Barbosa, um dos presos. "Isso mostra que o crime organizado não terá sucesso em nosso País, porque temos uma polícia forte e efetiva", afirmou Lewandowski, ao dizer também que as forças de segurança no País estão "alertas e atentas".

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O presidente ucraniano Volodimir Zelenski agradeceu o apoio dos Estados Unidos durante os três anos de guerra entre Ucrânia e Rússia. O agradecimento, feito em uma série de posts nas redes sociais neste sábado, 1, ocorreu após um bate-boca ontem entre Zelenski e o presidente dos EUA Donald Trump, com participação do vice J. D. Vance, em um encontro na Sala Oval, em que os líderes norte-americanos acusaram o ucraniano de não mostrar gratidão o suficiente pela ajuda militar no conflito. Ele também pediu um posicionamento mais firme dos EUA ao lado da Ucrânia, reafirmando que seu país está pronto para assinar o acordo sobre minerais.

"Estamos muito gratos aos Estados Unidos por todo o apoio. Agradeço ao Presidente Trump, ao Congresso pelo apoio bipartidário e ao povo americano", escreveu Zelenski na manhã deste sábado, acrescentando que o apoio de Trump é "crucial". "A ajuda da América tem sido vital para nos ajudar a sobreviver, e quero reconhecer isso. Apesar da conversa difícil, permanecemos parceiros estratégicos", disse.

Além disso, Zelenski afirmou que seu país está pronto para assinar o acordo sobre minerais, que seria o primeiro passo em direção às garantias de segurança. "Nossa situação é difícil, mas não podemos simplesmente parar de lutar e não ter garantias de que [Vladimir] Putin não voltará amanhã", afirmou se referindo ao presidente russo. "Se não pudermos ser aceitos na Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], precisamos de alguma estrutura clara de garantias de segurança de nossos aliados nos EUA", disse Zelenski.

Ele ressaltou, ainda, que a Europa está pronta para contingências e para ajudar a financiar o exército ucraniano. "Também precisamos do papel dos EUA na definição das garantias de segurança - de que tipo, qual volume e quando. Uma vez que essas garantias estejam no lugar, podemos conversar com a Rússia, a Europa e os EUA sobre diplomacia", afirmou, destacando que a Ucrânia não tem armas suficientes para expulsar os russos completamente.

"Todos os ucranianos querem ouvir uma posição firme dos EUA ao nosso lado", disse na postagem. "É compreensível que os EUA busquem diálogo com Putin. Mas os EUA sempre falaram sobre 'paz através da força'. E juntos podemos dar passos fortes contra Putin", escreveu. "Estamos realmente agradecidos. Queremos apenas relações fortes com a América, e realmente espero que as tenhamos", concluiu.

Militantes curdos que travaram uma insurgência de 40 anos na Turquia declararam um cessar-fogo neste sábado, 1, o que pode representar um impulso significativo ao governo do presidente do país, Recep Tayyip Erdogan. O anúncio de trégua ocorre dois dias depois de um influente líder curdo que está preso em uma prisão turca ter apelado ao desarmamento do grupo.

O anúncio do grupo separatista Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ou PKK, surge em um contexto de mudanças fundamentais na região, incluindo a reconfiguração de poder na vizinha Síria após a derrubada de Bashar Assad, o enfraquecimento da milícia xiita radical libanesa Hezbollah no Líbano e a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.

O conflito entre a Turquia e o PKK provocou milhares de mortes desde que começou em 1984. O cessar-fogo é o primeiro sinal de um avanço desde que as conversas de paz entre o PKK e Ancara foram interrompidas no verão de 2015.

A declaração do PKK foi publicada pela Agência de Notícias Firat, um meio de comunicação próximo ao grupo, neste sábado. O líder curdo que pediu o cessar-fogo se chama Abdullah Ocalan. Ele está preso na Turquia desde 1999.

"Declaramos hoje um cessar-fogo efetivo para preparar o caminho para a implementação do Apelo à Paz e à Sociedade Democrática do Líder Apo. Nenhuma das nossas forças tomará medidas armadas a menos que seja atacada", afirmou o grupo, referindo-se a Ocalan pelo seu apelido.

Na quinta-feira, uma delegação de políticos curdos anunciou o apelo de Ocalan para que o PKK se desarmasse. Em sua declaração, o comité executivo do PKK disse que o apelo de Ocalan indicava que "um novo processo histórico começou no Curdistão e no Oriente Médio". O Curdistão é referido como um possível Estado que reuniria partes da Turquia, Iraque, Síria e Irã, países com populações curdas significativas.

Ao afirmar que iria "cumprir e implementar os requisitos do apelo da nossa parte", o PKK enfatizou que "a política democrática e os fundamentos jurídicos também devem ser adequados para o sucesso".

O PKK também pediu para que Ocalan fosse libertado da prisão de Imrali, localizada no Mar de Mármara, para "dirigir e executar pessoalmente" um congresso do partido que levaria os militantes a se desarmarem.

Iniciativa de paz

A iniciativa de paz entre o Estado turco e o PKK, que é considerado uma organização terrorista pela Turquia e pelos seus aliados ocidentais, foi iniciada em outubro pelo parceiro de coligação de Erdogan, Devlet Bahceli, um político de extrema direita que sugeriu que Ocalan poderia obter liberdade condicional se o seu grupo renunciasse à violência e se desarmasse.

Erdogan disse que a decisão de Ocalan era uma "nova fase" nos esforços de paz na Turquia. "Há uma oportunidade de dar um passo histórico para derrubar o muro de terror que existe entre a irmandade de mil anos (dos povos turco e curdo)", disse o presidente turco na sexta-feira.

Mudança na Constituição

Analistas acreditam que o principal objetivo do esforço de reconciliação é que o governo de Erdogan deseja obter apoio dos curdos para uma nova Constituição que lhe permita permanecer no poder para além de 2028, quando termina o seu mandato.

"Haverá uma série de reuniões na próxima semana, incluindo autoridades estaduais e políticos, e muitas coisas ficarão mais claras e concretas. Esperamos que tudo esteja resolvido nos próximos três meses", disse Sirri Sureyya Onder, um dos membros da delegação curda que visitou Ocalan na prisão na quinta-feira.

Ocalan, de 75 anos, exerce uma influência significativa no movimento curdo, apesar dos 25 anos de prisão, durante os quais o PKK foi liderado por figuras importantes que fugiram e encontraram refúgio na região curda no norte do Iraque.

A última rodada de negociações entre Israel e o grupo terrorista Hamas não obteve progresso na sexta-feira, 28, e não está claro se as negociações serão retomadas neste sábado, 1, segundo informações obtidas pela Associated Press (AP) com um oficial do Hamas.

A primeira fase do cessar-fogo termina neste sábado, mas, segundo os termos do acordo, os combates não serão retomados enquanto as negociações estiverem em curso sobre a segunda fase, que poderá pôr fim à guerra em Gaza e fazer com que o resto dos sequestrados israelenses voltem para casa.

Autoridades de Israel, Catar, Egito e Estados Unidos se envolveram nas negociações na sexta-feira, no Cairo, mas a delegação israelense deixou a capital egípcia sem nenhum tipo de avanço. Basem Naim, membro do gabinete político do grupo terrorista Hamas, afirmou que não sabia quando as conversas seriam retomadas.

Hamas rejeita extensão da primeira fase

Em um comunicado divulgado na sexta-feira, o grupo terrorista apontou que está comprometido com a implementação de todas as fases do acordo. O Hamas anunciou que rejeitou uma proposta israelenses para prolongar a primeira fase da trégua por 42 dias, apontando que isso vai contra o primeiro acordo que foi costurado entre as duas partes.

A proposta israelense pede a extensão do cessar-fogo durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã, que começou neste sábado, em troca de uma troca adicional de reféns. Na primeira fase da trégua, 33 reféns israelenses foram libertados, incluindo oito corpos. Já Israel libertou quase 2 mil prisioneiros palestinos.

O Programa Alimentar Mundial, uma agenda da ONU, afirmou em um comunicado neste sábado que conseguiu atingir 1 milhão de palestinos de Gaza durante a primeira fase do acordo. A pausa nos combates ajudou a "restaurar pontos de distribuição, reabrir padarias e expandir a assistência", disse à agência. "O cessar-fogo deve ser mantido", disse. "Não pode haver volta."

O grupo terrorista Hamas iniciou a guerra com os ataques de 7 de outubro de 2023, que deixaram 1,2 mil mortos no sul de Israel. Naquele dia, o Hamas sequestrou 250 pessoas. 59 sequestrados continuam em Gaza e, segundo informações do Exército de Israel, 32 estão mortos.

Após os ataques de 7 de outubro, Israel iniciou uma ofensiva na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 48 mil mortos, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas e não diferencia civis de terroristas.