Em meio a xingamentos, Câmara de SP aprova reajuste de 2,16% aos servidores

Política
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A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou nesta terça-feira, 26, um reajuste proposto pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) de 2,16% aos servidores do Poder Executivo (da ativa, aposentados e pensionistas). Os novos valores valerão a partir de maio próximo. A sessão foi tumultuada e os parlamentares trocaram ofensas durante a análise do projeto. Funcionários da prefeitura paulistana protestaram durante votação, mas não conseguiram forçar o adiamento da sessão. Foram 37 votos favoráveis ao projeto e 15 contrários. A proposta segue para sanção de Nunes.

 

Durante toda a discussão, vereadores oposicionistas (PT e PSOL) cobraram maior diálogo entre a gestão Nunes e os servidores públicos. Vereadores aproveitaram o momento para acusar falta de estrutura adequada para funcionários trabalharem na capital paulista.

 

Os parlamentares de oposição cobraram também reajuste maior ao funcionalismo paulistano. "Queremos 16% de reajuste do salário linear, queremos a revogação dos 14% (alíquota de contribuição dos aposentados e pensionistas), melhores condições de trabalho e o fortalecimento do serviço público municipal", disse a vereadora Luna Zarattini (PT).

 

A discussão se agravou quando o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) usou a tribuna para falar sobre o projeto. Servidores que acompanhavam a sessão vaiaram o parlamentar e ficaram de costas no plenário. "São cinco da tarde e os senhores (servidores) deveriam estar trabalhando, mas estão aqui enchendo o saco", disse o vereador.

 

Rubinho saiu em defesa da atual gestão. Em termos gerais, afirmou que a média salarial do funcionalismo na capital paulista é de R$ 7,5 mil. "São Paulo remunera significativamente a mais", disse o parlamentar ao comparar com dados salariais do governo federal. "Os professores que estão aqui montando piquete, deixando aluno sem professor em sala de aula, recebiam, até o início da gestão Nunes, R$ 3,8 mil. Em 2022, foi para R$ 5 mil. Em 2023, R$ 5,4 mil, um aumento real", afirmou da tribuna da Casa.

 

Vereadores trocam ofensas, mas depois retiram xingamentos

 

Durante aparte do vereador Fernando Holiday (PL), um bate boca começou com o oposicionista Toninho Vespoli (PSOL), que interrompeu a fala de Holiday. Enquanto Holiday mandava Vespoli "calar a boca", o psolista chamou Holiday de "vagabundo". Rubinho Nunes tomou as dores de Holiday. "Vagabundo é vossa excelência". Vespoli disse ainda que foi empurrado por Rubinho: "Me machucou no peito". Rubinho negou a agressão.

 

Depois de uma intervenção do presidente da Casa, Milton Leite (União Brasil), numa tentativa de acalmar os vereadores, os parlamentares retiraram as ofensas. "Eu não falei (vagabundo), mas se ele ouviu, está retirado", disse Holiday. Vespoli seguiu: "Se o vereador Holiday retirou (a ofensa) eu também retiro, porque servidores não são vagabundos". Por fim, Rubinho também retirou as ofensas. "Em respeito a retirada, eu também retiro as ofensas contra o senhor".

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que teve discussões "muito boas e produtivas" com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em publicação na Truth Social, nesta sexta-feira, 14. Segundo ele, há uma "grande chance" de que a guerra entre russos e ucranianos chegue ao fim. O republicano, no entanto, mencionou que milhares de tropas da Ucrânia estão cercadas por militares russos e em uma posição "muito ruim e desfavorável". "Eu pedi fortemente ao presidente Putin que suas vidas sejam poupadas", escreveu o presidente dos EUA.

China, Rússia e Irã pediram nesta sexta-feira, 14, o fim das sanções dos EUA contra Teerã e a retomada das negociações nucleares. A reunião ocorre após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter enviado uma carta ao líder supremo iraniano na tentativa de reabrir o diálogo, enquanto impunha novas sanções ao país.

Os três países defenderam o fim das sanções "unilaterais ilegais", segundo o vice-ministro chinês Ma Zhaoxu, que leu uma declaração conjunta ao lado de representantes da Rússia e do Irã. "As três nações reiteraram que o envolvimento político e diplomático e o diálogo, baseados no princípio do respeito mútuo, continuam sendo a única opção viável e prática neste contexto", acrescentou Ma. O chanceler chinês Wang Yi também deve se reunir com os representantes.

Apesar de o Irã afirmar que não negociará sob pressão, suas autoridades enviam sinais contraditórios. O aiatolá Ali Khamenei já ironizou Trump, chamando seu governo de "opressor", mas o país enfrenta dificuldades econômicas devido às sanções e instabilidade política causada por protestos.

China e Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, participaram do acordo nuclear de 2015 ao lado de França, Reino Unido, Alemanha e União Europeia. Os EUA saíram do pacto em 2018, intensificando as tensões no Oriente Médio.

O Irã alega que seu programa nuclear tem fins pacíficos, mas enriquece urânio a 60%, nível próximo ao grau militar, bem acima do limite de 3,67% do acordo de 2015. Seu estoque também ultrapassa 8 mil kg, muito acima do permitido.

Pequim e Moscou mantêm relações estreitas com Teerã, sobretudo em acordos energéticos. O Irã também fornece drones à Rússia para a guerra na Ucrânia. Além disso, os três países compartilham o interesse em enfraquecer a influência dos EUA e das democracias liberais no cenário global. Fonte: Associated Press.

Dois juízes federais dos Estados Unidos proferiram decisões na quinta-feira, 13, exigindo que a administração do presidente Donald Trump recontrate milhares de trabalhadores do governo que haviam sido desligados após processos de demissões em massa. A avaliação dos juízes é que as demissões de funcionários que estavam em período probatório desrespeitaram a legislação.

O governo de Trump contesta as decisões. A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, descreveu a postura dos juízes como uma tentativa de invadir o poder do presidente de contratar e demitir funcionários. "A administração Trump lutará imediatamente contra essas ordens absurdas e inconstitucionais," disse Leavitt, em um comunicado.

A alegação do juiz distrital William Alsup, de São Francisco (Califórnia), é que as demissões realizadas em seis agências federais foram coordenadas pelo Escritório de Gestão de Pessoal e por um diretor interino do órgão que não tinha autoridade para atuar nesse caso. Já em Baltimore, o juiz distrital James Bredar constatou que o governo não seguiu as condições para demissões em grande escala, como o aviso prévio de 60 dias.

Pelo menos 24 mil funcionários em estágio probatório foram demitidos desde que Trump assumiu o cargo, no dia 20 de janeiro, de acordo com a decisão de Bredar. O governo não confirma o número de dispensas.

A Casa Branca argumenta que os Estados não têm o direito de tentar influenciar a relação do governo federal com os próprios trabalhadores. Os advogados do Departamento de Justiça argumentaram que as dispensas foram por questões de desempenho, e não demissões em larga escala sujeitas a regulamentos específicos.

A Casa Branca não retornou um pedido de comentário sobre o assunto. Fonte: Associated Press.