Alckmin diz que governo Bolsonaro foi de retrocessos e cita colapso na educação

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O vice-presidente diplomado, Geraldo Alckmin (PSB), repetiu nesta quinta-feira, 22, que houve retrocessos no atual governo em diversas áreas, com destaque para os colapsos na Educação e na Saúde. "O governo federal andou para trás", criticou novamente. "Fico feliz que na PEC da Transição, os mais expressivos recursos serão destinados no orçamento para a Saúde", completou.

Alckmin atacou a política ambiental do atual governo, citando o aumento de 59% no desmatamento da Amazônia nos últimos quatro anos. "Somente nos últimos 30 dias, houve 1.226% de aumento de queimadas. Essa devastação das florestas não é de agricultores, é de grileiros", acusou.

O vice-presidente também classificou como "absurda" a distribuição de armas no atual governo que, segundo ele, levou a um forte aumento de feminicídios. Ele criticou a gestão dos estoques reguladores de alimentos e a falta de manutenção e prevenção das rodovias federais, que estariam sem contrato em 93% da malha.

A transição também acusa a gestão atual de falta de transparência, citando os sigilos de 100 anos do presidente Jair Bolsonaro. "Verificamos que 26% dos pedidos de acesso à informação foram negados pelo governo federal", acrescentou. Ele ainda voltou a dizer que o Brasil perdeu protagonismo nos fóruns internacionais, lembrando a dívida de R$ 5,5 bilhões com organismos multilaterais.

Alckmin entregou nesta quinta ao presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o relatório final com uma síntese do trabalho dos 32 grupos técnicos do gabinete de transição. "Mais de 5 mil pessoas participaram voluntariamente na transição, como foi na campanha e será no governo. Tivemos os melhores quadros técnicos da academia e dos Poderes da República. São quadros técnicos extremamente preparados dando a sua contribuição", afirmou, lembrando que o gabinete de transição utilizou apenas 23 cargos dos 50 que poderiam ser nomeados.

Para Alckmin, o Brasil "deve muito a Lula". "Não fosse a sua liderança, o seu carisma, a sua forma de ouvir o povo brasileiro, não estaríamos aqui. Transição é travessia, e a caravela chegou a um porto seguro com suas velas aladas para a esperança", concluiu.

Em outra categoria

Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.