Tabata e Boulos vão dividir as atenções em evento do governo Lula em SP nesta 4ª

Política
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Pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, o deputado Guilherme Boulos (PSOL) e a deputada Tabata Amaral (PSB) vão dividir o palanque em evento do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, 3, na Praça da República, região central. Adversários nas eleições municipais deste ano, os parlamentares vão participar do lançamento do Programa Pé-de-Meia com o ministro da Educação, Camilo Santana (PT).

 

A iniciativa do governo federal vai pagar um incentivo financeiro aos alunos do ensino médio com o objetivo de promover a permanência e a conclusão escolar. O projeto de lei que originou o programa foi apresentado por Tabata em 2021. Nas redes sociais, a deputada publica vídeos sobre a "bolsa ensino médio" como parte de sua estratégia eleitoral para se tornar mais conhecida entre o eleitorado da capital.

 

Pesquisas recentes mostram que a pré-candidata do PSB ainda é pouco conhecida. Segundo a última pesquisa Datafolha, 47% dos paulistanos não conhecem Tabata, e outros 23% conhecem só de ouvir falar. Ela tem 8% de intenções de votos, sendo a terceira colocada no levantamento divulgado no início de março.

 

Com o apoio do presidente Lula, Boulos tem participado de eventos do governo federal na capital paulista para impulsionar sua candidatura. Além do lançamento do Pé-de-Meia, existe a expectativa de que o pré-candidato do PSOL participe de outros eventos na área da educação promovidos pela gestão petista ao longo deste semestre - como o anúncio da construção de institutos federais em bairros periféricos.

 

Boulos aparece na primeira posição na última pesquisa Datafolha, com 30% das intenções de votos. Logo na sequência, aparece o prefeito Ricardo Nunes (MDB), com 29%. Tecnicamente, os dois estão empatados. Tabata, por sua vez, está em empate técnico com a pré-candidata do Novo, Marina Helena, que marcou 7%.

 

O embate eleitoral entre Tabata e Boulos no primeiro turno das eleições municipais marca uma inflexão - ao menos por ora - da aliança que garantiu a vitória de Lula em 2022. Naquele ano, o PT e o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, estavam do mesmo lado. Neste ano, é esperado que Lula tenha protagonismo na campanha de Boulos, vindo à capital para ajudar o aliado. Alckmin, por seu lado, vai participar da campanha de Tabata.

 

Entretanto, nos bastidores, há uma percepção de que a contribuição de Alckmin para a eleição em São Paulo será discreta. No início deste ano, o vice-presidente participou virtualmente do lançamento da pré-campanha de Tabata na zona sul, justificando sua ausência com compromissos em Brasília. No entanto, no final do dia, ele compareceu à capital paulista e participou do evento em comemoração aos 90 anos da Universidade de São Paulo (USP).

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 22, que, caso não haja um acordo para encerrar o "ridículo" conflito entre Rússia e Ucrânia, não terá "outra escolha a não ser impor altos níveis de impostos, tarifas e sanções sobre qualquer coisa vendida pela Rússia para os Estados Unidos".

"Vamos acabar com esta guerra, que nunca teria começado se eu fosse presidente, de uma vez por todas! Podemos resolver isso da forma fácil ou difícil - e a forma fácil é sempre melhor", publicou o presidente dos EUA em sua própria rede social, a Truth Social.

Na mesma postagem, Trump pediu que os países negociem e cheguem a uma solução, alertando que o conflito "só vai piorar" caso não seja resolvido rapidamente.

"Vou fazer à Rússia, cuja economia está fraquejando, e ao presidente Putin, um grande favor", escreveu o republicano. "Não estou tentando prejudicar a Rússia. Amo o povo russo e sempre tive uma relação muito boa com o presidente Putin. Nunca devemos esquecer que a Rússia nos ajudou a vencer a Segunda Guerra Mundial", completou.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, alertou nesta quarta-feira, 22, para os múltiplos riscos associados às redes sociais e afirmou que as plataformas contribuem para uma erosão do sistema democrático. Em discurso durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Sánchez disse que as redes distorceram os objetivos originais, de criar um ambiente favorável ao diálogo.

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O premiê espanhol acusou as empresas que operam as mídias sociais de trabalharem para amplificar mensagens com as quais concordam, em detrimento dos argumentos opostos.

"Vamos fazer as redes sociais grandes outra vez", declarou, em uma referência ao slogan "Make America Great Again" do presidente dos EUA, Donald Trump.

Neste cenário, Sánchez informou que pretende propor à União Europeia o fim do direito ao anonimato na internet e uma transparência sobre os algoritmos que sustentam as plataformas. O primeiro-ministro também almeja aprovar a responsabilização pessoal dos donos das redes sociais pelo conteúdo.

Questionado sobre as relações com o presidente americano, Donald Trump, o premiê ressaltou que uma guerra comercial não do interesse da União Europeia nem dos EUA.

Para ele, os laços transatlânticos devem ser ainda mais fortalecidos.

Sánchez chamou atenção para a tentativa da UE de se aproximar de outras regiões e destacou que o acordo comercial com o Mercosul é importante.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agiu na terça-feira, 21, para acabar com as políticas de ação afirmativa na contratação de pessoal para o governo. Todas as equipes de diversidade, equidade e inclusão da Casa Branca serão colocadas em licença remunerada.

A medida veio um dia depois de Trump assinar um decreto que desmonta os programas de diversidade e inclusão do governo. Segundo o presidente americano, as contratações passarão a ser baseadas estritamente no mérito, sem o que chamou de "discriminação" que seria imposta pelas ações afirmativas.

Trump também ordenou a retirada de páginas do governo na internet sobre o assunto e o encerramento de treinamentos relacionados à diversidade. Fonte: Associated Press.