"Precisamos voltar a um STF que seja menos proeminente o mais rápido possível", diz Barroso

Política
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse hoje que é preciso voltar a uma corte suprema "menos proeminente" o mais rápido possível, embora seja necessário prosseguir com os processos contra a tentativa de golpe e invasores da Praça dos Três Poderes "por um pouco mais de tempo".

Barroso fez as afirmações em uma mesa de perguntas e respostas ao lado do cientista político norte-americano Steven Levitsky. Eles participam do "Brazil Conference at Harvard & MIT", evento organizado por pesquisadores brasileiros em Boston, nos Estados Unidos.

"Precisamos voltar a um STF que seja menos proeminente o mais rápido possível. Mas não podemos fingir que essas coisas (tentativa de golpe e invasão dos três poderes) não aconteceram", disse. O presidente do Supremo avaliou o processo como recado para que outras pessoas não acreditem que podem repetir os ataques. "Infelizmente ainda precisamos seguir nesses processos por um pouco mais de tempo", completou.

Em seguida, Barroso disse que uma sociedade que precisa de pacificação, os processos geram tensão e que seria desejável veredictos mais rápidos, que respeitassem o Estado de Direito. "Mas aí surgiram investigações mostrando que estávamos mais perto de um golpe de Estado do que imaginávamos", continuou.

Nas palavras de Barroso, entre o fim de 2022 e o dia 8 de janeiro de 2023, o País e as instituições democráticas ficaram "por um triz". "Chegamos muito perto do impensável no Brasil. Estávamos mais próximos ao colapso do que achávamos, constatamos agora", disse o presidente do STF.

Promessas não cumpridas

Antes, em longo discurso sobre os riscos impostos ao Estado brasileiro sob o governo Jair Bolsonaro, Barroso fez uma espécie de mea-culpa da democracia.

"O populismo autoritário avançou também devido ao fracasso da democracia, de promessas de igualdade e prosperidade não cumpridas. A democracia tem de estar consciente que ainda não chegou ao ponto de cumprir suas promessas para muitas pessoas. Se não houver democracia real esses populistas vão voltar", disse.

Temor

Segundo o magistrado, o que mais o preocupa é a escalada de índices de violência no País.

"Um problema na América Latina e no Brasil são as altas taxas de violência. A extrema direita explora medo das pessoas e por isso vencem (eleições). Essa é a minha maior preocupação no Brasil", disse.

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ironizou o presidente da Argentina, Javier Milei, neste sábado, 15, e sugeriu que ele invista no café colombiano, após o argentino usar as suas redes sociais para promover uma criptomoeda chamada $LIBRA e depois recuar.

"Presidente investidor, o café colombiano está crescendo em preço internacional como nunca antes. E também é vendido por quilo", disse Petro.

E completou: "Não é feito por magnatas vigaristas, mas pelos camponeses de minha terra, é muito bom, tem gosto de paz, tem aroma de beleza e decência."

Postagem de Milei gerou polêmica e foi apagada

Milei fez publicações sobre a $LIBRA no X - antigo Twitter - e no Instagram, na sexta-feira, 14, mas apagou poucas horas depois. Em um post fixado no topo do perfil, o libertário afirmou que a moeda, supostamente criada pela iniciativa privada, seria dedicada a financiar pequenas e médias empresas no país.

Ele também publicou o site da criptomoeda e um QR Code para acessar seu token. Depois do post de Milei, o ativo recém-criado se valorizou exponencialmente e, em seguida, perdeu quase todo seu valor.

Com a postagem do presidente argentino, o valor da criptomoeda cresceu rapidamente. Contudo, pouco depois os detentores originais do ativo, com quem Milei havia se encontrado, começaram a vender rapidamente a criptomoeda, o que fez o valor despencar, fazendo milhares de investidores perderem dinheiro.

Defensores de Milei chegaram a acreditar que a publicação fosse uma fraude ou a ação de algum hacker.

Segundo a assessoria do presidente, de fato, ele publicou a mensagem, mas não está envolvido com o projeto, e apenas deu publicidade à iniciativa para que a população não suspeitasse que ela poderia se tratar de um golpe.

No X, ao excluir a postagem original, o presidente argentino disse que não estava por dentro dos detalhes do projeto, e que, depois de entender melhor, decidiu não divulgá-lo mais.

"Para os ratos imundos da casta política que querem se aproveitar dessa situação para causar danos, gostaria de dizer que cada dia confirma o quão baixos são os políticos e aumenta nossa convicção de expulsá-los", completou Milei.

O episódio despertou a ira da oposição argentina, que promete inquirir o governo sobre o caso no retorno do ano legislativo, no mês que vem.

A Coalizão Cívica promete abrir uma CPI sobre o caso e começa a preparar um pedido de impeachment do presidente.

Pelo menos 15 pessoas morreram em um tumulto em uma estação de trem em Nova Délhi, capital da Índia, neste sábado, 15, informou uma autoridade. O ministro-chefe interino de Nova Délhi, Atishi (que usa apenas um nome) disse que os corpos foram levados para o Hospital Lok Nayak Jai Prakash Narain, na capital.

O tumulto aconteceu no final deste sábado, quando milhares de pessoas estavam reunidas na estação ferroviária de Nova Délhi, esperando para embarcar em um trem para o local do festival hindu Maha Kumbh, no norte da Índia.

O primeiro-ministro Narendra Modi disse que estava "angustiado com o tumulto".

"Meus pensamentos estão com todos aqueles que perderam seus entes queridos. Rezo para que os feridos tenham uma recuperação rápida. As autoridades estão ajudando todos aqueles que foram afetados por essa confusão", disse ele no X, antigo Twitter.

O ministro das Ferrovias, Ashwini Vaishnaw, disse que foi ordenada uma investigação para descobrir o que levou ao tumulto.

Pelo menos 30 pessoas morreram em uma confusão no festival de seis semanas no mês passado, depois que milhões de hindus se reuniram para dar um mergulho nas águas sagradas do rio. / Com AP

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse neste sábado, 15, durante a Conferência de Segurança de Munique, que chegou a hora da criação de "forças armadas da Europa" e que a luta de seu país contra a Rússia provou que já existe uma base para isto. O líder ucraniano afirmou que o continente europeu não pode descartar a possibilidade de que "os americanos possam dizer não à Europa em questões que a ameaçam", e observou que muitos líderes já falam sobre como a Europa precisa de suas próprias forças armadas. "Eu realmente acredito que chegou a hora. As forças armadas da Europa devem ser criadas", disse em painel.

Zelensky também fez alusão a uma conversa telefônica entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, após a qual Trump disse que os dois líderes provavelmente se encontrariam em breve para negociar um acordo de paz sobre a Ucrânia.

Trump mais tarde garantiu a Zelensky que ele também teria um assento à mesa para acabar com a guerra que foi desencadeada pela invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia em 2022. "A Ucrânia nunca aceitará acordos feitos pelas nossas costas sem o nosso envolvimento, e a mesma regra deve se aplicar a toda a Europa", afirmou. "Alguns dias atrás, o presidente Trump me contou sobre sua conversa com Putin. Ele não mencionou nenhuma vez que a América precisa da Europa na mesa. Isso diz muito. Os velhos tempos acabaram, quando a América apoiava a Europa só porque sempre apoiou." Fonte: Associated Press.