Moraes: Alguns alienígenas tiveram conhecimento da coragem do Poder Judiciário

Política
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Em meio a embate com o empresário Elon Musk, dono do X, ministro do Supremo Tribunal Federal afirmou que liberdade de expressão não é 'liberdade de agressão' nem permite 'defesa da tirania'

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se manifestou publicamente nesta quarta-feira, 10, sobre a polêmica iniciada pelo empresário Elon Musk, dono da rede social X, que ameaçou levantar restrições a perfis bloqueados na plataforma por ordem judicial.

"Talvez alguns alienígenas não saibam, mas passaram a aprender e tiveram conhecimento, da coragem e seriedade do Poder Judiciário brasileiro", reagiu o ministro.

Como resposta aos ataques do empresário, Moraes o incluiu como investigado no inquérito das milícias digitais. A Polícia Federal investiga se o bilionário cometeu crime, como obstrução de Justiça ou incitação ao crime.

"A população brasileira, as pessoas de bem, sabem que liberdade de expressão não é liberdade de agressão, não é liberdade para proliferação do ódio, do racismo, da misoginia, da homofobia, não é liberdade de defesa da tirania", emendou o ministro.

Moraes pediu a palavra depois que o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, saiu em sua defesa no plenário.

Gilmar Mendes afirmou que o colega tem sido "vítima de injustas agressões físicas e virtuais". Elon Musk chegou a defender que Moraes deveria renunciar ao cargo ou sofrer um impeachment, insuflando uma onda de ataques ao ministro.

"Aos propagadores do caos, alerto que hostilidades endereçadas a quaisquer dos ministros desta casa ofendem a cada um de nós", afirmou Gilmar Mendes. "Esta Corte não se furtará a garantir que a ordem jurídica brasileira seja aplicada sem relativizações."

O decano cobrou ainda a regulamentação das redes sociais pelo Congresso. Ele defendeu que a atualização da legislação é o caminho para enfrentar a circulação de fake news e de discursos antidemocráticos na internet.

"As manifestações veiculadas na rede social X, antigo Twitter, apenas comprovam a necessidade de que o Brasil, de uma vez por todas, regulamente de modo mais preciso o ambiente virtual", disse o ministro ao defender que o Marco Civil da Internet tem se mostrado "inapropriado a impedir abusos de toda sorte".

"Apenas com a elaboração de uma nova legislação será possível estabelecer, com mais segurança, os direitos e deveres de todas aqueles que de disponham a atuar na internet, sem que haja espaço para agressões, mentiras, golpismos e outros males que têm assolado o País nos últimos anos."

O PL das Fake News, formatado para resolver o vácuo legislativo, previa a responsabilização das plataformas por conteúdos que circulassem nas redes. O texto chegou a ser aprovado no Senado, mas foi alvo de uma campanha negativa encabeçada pelas big techs e acabou travado na Câmara. A reação das plataformas é, inclusive, investigada no STF. Um grupo de trabalho foi criado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a elaboração de um novo texto. A avaliação é a de que o projeto anterior foi politizado e não teria o apoio necessário para ser aprovado.

Em seu pronunciamento, Gilmar Mendes chamou de "retórica nefasta" o discurso, popular entre a extrema-direita, de que a liberdade de expressão na internet vem sendo limitada pelo Judiciário.

"O que existe é mero interesse escuso, voltado à obtenção de rendoso lucro às custas da divulgação de inverdades com propósitos políticos cada vez mais claros", disparou.

"A liberdade de manifestação não se confunde com libertinagem, nem permite veiculação de discurso de ódio dolosamente e muito bem remunerados, propagadores de fake news, não raro endereçados a minar a própria estabilidade institucional da nação brasileira, pondo em xeque pilares básicos da nossa democracia", emendou ao lembrar que as redes sociais foram usadas na articulação dos atos golpistas do 8 de Janeiro.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, se uniu aos colegas e prometeu uma resposta do Poder Judiciário às investidas antidemocráticas.

"No Brasil, as instituições venceram e nós estamos procurando preservá-las contra o continuado ataque de quem não se conforma com o regime democrático. No regime democrático, quem perde pode disputar a próxima eleição e não tentar desestabilizar e desacreditar quem está exercendo o poder majoritário conquistado nas urnas."

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Os líderes europeus respaldaram os planos da Comissão Europeia para aumentar os gastos em defesa. A reunião de emergência nesta quinta-feira, 6, em Bruxelas foi convocada depois que Donald Trump deu uma guinada na política dos Estados Unidos para Europa e a Ucrânia. Apesar da sinalização de apoio a Kiev, contudo, a cúpula falhou em chegar a um consenso sobre a guerra.

Os 27 líderes da União Europeia aprovaram a medida apresentada por Ursula von der Leyen, que prevê flexibilizar as rígidas normas fiscais do bloco para que os países possam gastar mais com defesa. Eles também pediram que a Comissão Europeia explorasse novas formas "para facilitar gastos significativos com defesa em nível nacional em todos os Estados-membros", disse o comunicado.

A estimativa é que a medida libere 800 bilhões de euros para rearmar os países europeus. O plano foi anunciado depois que os Estados Unidos suspenderam o apoio militar à Ucrânia. E o encontro em Bruxelas foi vista como uma tentativa de mostrar união frente ao afastamento entre Washington em Kiev.

Ao chegar na cúpula, o presidente ucraniano Volodmir Zelenski agradeceu pelo apoio que recebeu dos europeus. "Estamos muito agradecidos porque não estamos sozinhos", disse.

A Europa e a Ucrânia estão diante de "um momento decisivo", disse Ursula von der Leyen, ao receber Zelenski. "Temos que colocar a Ucrânia em posição de se defender sozinha", reforçou.

Apesar dos sinais de apoio à Ucrânia, os líderes da União Europeia falharam em chegar a um consenso sobre a defesa da Ucrânia, disse uma autoridade com conhecimento sobre a votação a portas fechadas em Bruxelas. Um país se recusou a assinar a declaração, disse a autoridade que falou sob condição de anonimato para discutir a cúpula em andamento, sem especificar de onde veio a divergência.

Segundo informações do The Guardian, foi a Hungria de Viktor Orbán, que não endossou a declaração da União Europeia, que pressionava contra as negociações propostas por Donald Trump e considerados benéficas para a Rússia. "Não pode haver negociações sobre a Ucrânia sem a Ucrânia", dizia o rascunho da declaração.

Zelenski descreveu as conversas com líderes da União Europeia como produtivas. Ele reafirmou o compromisso da Ucrânia com a paz e propôs medidas que poderiam levar ao fim da guerra. Isso inclui um cessar-fogo nos céus, com a interrupção dos ataques aéreos com mísseis, drones e bombas, e no mar, com a paralisação das operações militares no Mar Negro.

"Consideramos essas medidas iniciais como um prólogo para um acordo mais amplo e abrangente. A guerra deve terminar o mais rápido possível, e a Ucrânia está pronta para trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, com nossos parceiros nos Estados Unidos e na Europa pela paz", escreveu Zelenski nas redes sociais ao anunciar que vai à Arábia Saudita na segunda-feira, como parte das negociações envolvendo a Ucrânia e os EUA.

Ucrânia anuncia negociações com EUA

Sem dar mais detalhes, Zelenski anunciou ainda que representantes ucranianos e americanos retomaram a cooperação e disse esperar por uma reunião "significativa" na semana que vem.

"A Ucrânia é a mais interessada na paz", escreveu Zelenski. "Como dissemos ao Presidente Trump, a Ucrânia está trabalhando e trabalhará exclusivamente de forma construtiva para uma paz rápida e confiável."

A Ucrânia reclamava não ter sido chamada para as negociações dos Estados Unidos com a Rússia e reivindicava que o país vítima da agressão deveria estar presente em qualquer conversa sobre a paz. A relação ficou ainda mais delicada depois que Zelenski e Donald Trump protagonizaram um bate boca público durante encontro em Washington. Mais recentemente, Trump amenizou a briga em discurso para o Congresso dos EUA. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Curtis Miller, de 29 anos, morador da cidade de Barry, Vale do Glamorgan, no País de Gales, sobreviveu a um ataque de um tubarão de 136 kg durante uma expedição de pesca com amigos em Mossel Bay, uma cidade portuária no Oceano Índico, localizada no Cabo Ocidental da África do Sul, no dia 28 de fevereiro. Ele precisou de 91 pontos após o incidente, mas sobreviveu. As informações são da BBC.

Miller e seus amigos estavam na perseguição de tubarões quando um tubarão-de-dentes-roxos, fisgado por um dos amigos, o atacou. Ao tentar mover o tubarão para cima das rochas segurando sua cauda, o animal virou-se e mordeu seu braço, ferindo três artérias de Miller.

Apesar da gravidade dos ferimentos, que surpreenderam a equipe médica, Miller passou apenas uma noite no hospital antes de retornar ao País de Gales. Ele disse à BBC que a parte mais difícil da experiência foi informar sua mãe sobre o ataque.

Miller, um entusiasta da pesca de grandes peixes, afirmou que o incidente não o desencorajou. Ele planeja retornar à África do Sul no próximo ano para continuar sua aventura na pesca de tubarões.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que deve se encontrar com "parceiros americanos" na Arábia Saudita na próxima segunda-feira, 10, depois de reuniões bilaterais com o príncipe herdeiro saudita, em meio a negociações para encerrar a guerra com a Rússia. Segundo comunicado do líder ucraniano, "como dissemos ao presidente Trump, a Ucrânia está trabalhando exclusivamente por uma paz rápida e confiável".

Zelensky também classificou como "produtivo" o dia marcado por encontros com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, com o presidente da França, Emmanuel Macron, com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e com outras autoridades da Europa. O presidente ucraniano afirmou que está "preparando propostas adequadas", junto aos parceiros europeus, para parar a guerra e "garantir a segurança" para os ucranianos.

"A guerra deve acabar o mais rápido possível, e a Ucrânia está pronta para trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, com parceiros na América e na Europa pela paz", finaliza Zelensky.