Janja quer amiga no ministério e congestiona vagas da esquerda no governo

Política
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A futura primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, quer a ex-funcionária de Itaipu Maria Helena Guarezi no Ministério da Mulher. Amigas e conterrâneas do Paraná, elas trabalharam juntas na hidrelétrica. A indicação feita pela mulher do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) congestiona os espaços cobiçados por lideranças da esquerda no primeiro escalão do governo.

A ativista e jornalista Anielle Franco, irmã da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) - que foi assassinada em 2018 - era uma das cotadas para a pasta da Mulher. A presidente do PCdoB, Luciana Santos, vice-governadora de Pernambuco, também estava no páreo. Com o interesse de Janja em emplacar a amiga, porém, uma ala do PSOL tenta indicar Anielle para o Ministério da Promoção da Igualdade Racial.

A interlocutores, Lula garantiu que as duas pastas serão criadas em "homenagem às mulheres e aos negros que o elegeram". O movimento negro, porém, faz pressão para que o chefe da nova pasta seja Martvs das Chagas, secretário de Planejamento do Território e Participação Popular da Prefeitura de Juiz de Fora (MG) e secretário nacional de combate à discriminação do PT.

A confirmação do petista no novo Ministério da Promoção da Igualdade Racial dificultaria a participação de Anielle e Luciana no primeiro escalão. Além da definição na pasta voltada às mulheres, o professor Silvio Almeida já teria sido designado para o Ministério dos Direitos Humanos.

Assim como Maria Helena, Anielle Franco fez parte da equipe de transição do governo, dedicada ao tema "Mulheres". Luciana Santos, por sua vez, integrou o Conselho Político da transição.

O governo Lula terá 37 ministérios, como informou o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Na sala em que despacha na sede do governo de transição, em Brasília, Costa tem um mapa da nova Esplanada e trabalhou nas últimas semanas dividindo as "caixinhas", como interlocutores chamam as estruturas dentro de cada ministério.

O presidente diplomado decidiu criar o Ministério dos Povos Originários. A pasta passará a comandar a Fundação Nacional do Índio (Funai), hoje ligada à Justiça. Lula também trará de volta à Esplanada o Ministério da Pesca.

Economia será desmembrada em Fazenda, Planejamento, Gestão e Indústria e Comércio. Já o Ministério da Infraestrutura deixará de existir no modelo que tem hoje, dando lugar a uma pasta que cuidará de Portos e Aeroportos e outra responsável por Transportes.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta sexta-feira, 14, que a Rússia deve aceitar a proposta feita pelos EUA, e já aprovada pela Ucrânia, de um cessar-fogo de 30 dias.

"A agressão russa na Ucrânia deve acabar. Os abusos devem acabar. As declarações dilatórias também", escreveu Macron na rede social X.

O presidente francês afirmou que conversou hoje com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após o progresso alcançado na reunião entre os EUA e a Ucrânia em Jeddah, na Arábia Saudita, na terça-feira.

"Amanhã, continuaremos trabalhando para fortalecer o apoio à Ucrânia e por uma paz forte e duradoura", acrescentou Macron.

Em comunicado conjunto divulgado após reunião nesta sexta-feira, 14, os ministros das Relações Exteriores do G7 destacaram que o grupo "não está tentando prejudicar a China ou frustrar seu crescimento econômico". O bloco afirmou que "uma China crescente, que jogue de acordo com as regras e normas internacionais, seria de interesse global". No entanto, o G7 expressou preocupação com as "políticas e práticas não comerciais da China", que estão levando a "capacidade excessiva prejudicial e distorções de mercado".

O grupo também pediu que a China "se abstenha de adotar medidas de controle de exportação que possam levar a interrupções significativas nas cadeias de suprimentos".

Coreia do Norte

Além das críticas à China, o G7 voltou sua atenção para a Coreia do Norte, exigindo que o país "abandone todas as suas armas nucleares e quaisquer outras armas de destruição em massa, bem como programas de mísseis balísticos, de acordo com todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU".

O grupo também expressou "sérias preocupações" com os roubos de criptomoedas realizados pelo regime norte-coreano e pediu a resolução imediata do problema dos sequestros de cidadãos estrangeiros.

América Latina

Em relação à América Latina, o G7 reiterou seu "apelo pela restauração da democracia na Venezuela", alinhado com as "aspirações do povo venezuelano que votou pacificamente por mudanças".

O grupo condenou a "repressão e detenções arbitrárias ou injustas de manifestantes pacíficos, incluindo jovens, pelo regime de Nicolás Maduro", e exigiu a "libertação incondicional e imediata de todos os presos políticos".

O comunicado também destacou que as ações de navios venezuelanos que ameaçam embarcações comerciais da Guiana são "inaceitáveis" e uma "violação dos direitos soberanos internacionalmente reconhecidos da Guiana".

Questionado sobre a possibilidade da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter sido "retirada da mesa", o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, confirmou a informação e afirmou que as relações com a Rússia devem ser normalizadas após o fim da guerra na Ucrânia. No entanto, ele destacou a necessidade de manter a pressão sobre Moscou.

"É normal que, se a guerra parar de alguma forma, tanto para a Europa quanto para os EUA, gradualmente se restaurarem relações normais com a Rússia. Mas ainda não chegamos lá, precisamos manter a pressão sobre eles", disse Rutte em entrevista à Bloomberg, enfatizando a importância de garantir que Moscou leve a sério as negociações para um cessar-fogo.

Rutte também afirmou que seria "difícil" para a Otan se envolver diretamente em um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mas destacou que a organização poderia "oferecer conselhos" às partes envolvidas nas conversas.

Ele se declarou "cautelosamente otimista" de que a paz possa ser alcançada ainda neste ano.