Bolsonaro exonera diretor da PRF e designa chefe da PF para a embaixada em Madri

Política
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O presidente Jair Bolsonaro designou o diretor-geral da Polícia Federal Márcio Nunes de Oliveira para o cargo de adido da corporação na Embaixada do Brasil em Madri, por três anos. Quinto delegado a assumir a PF durante o atual governo, em meio a sucessivas crises envolvendo a cúpula da instituição, Márcio Nunes vai substituir na Espanha Delano Cerqueira Bunn.

A portaria foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira, 19, e também é assinada pelo ministro da Justiça Anderson Torres e o chefe do Itamaraty Carlos Alberto França.

A mudança não é a única no bojo do Ministério da Justiça e Segurança Pública a ser anunciada na manhã desta terça. O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, foi dispensado de suas funções. Aliado de Bolsonaro, ele é acusado de improbidade administrativa e uso indevido do cargo para beneficiar a candidatura do chefe do Executivo nas eleições de outubro.

No último dia 6, Silvinei já havia sido escolhido para uma cadeira na Comissão de Coordenação da Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro. Portaria assinada pelo Augusto Heleno, chefe do gabinete de segurança institucional da Presidência da República, no dia 6, também colocou Márcio Nunes no grupo.

Também foi publicada nesta terça, 19, a exoneração de Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo do cargo de Secretário de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele estava no cargo desde maio de 2021.

As cúpulas da PF, da PRF e da Seopi foram criticadas e colocadas sob suspeita durante o governo Bolsonaro. No caso da Polícia Federal, foi instaurado um inquérito para apurar suposta tentativa de interferência por parte do presidente.

Na PRF, Silvinei é investigado não só por improbidade, mas também por suposta prevaricação, violência política e omissão.

A Secretaria de Operações Estruturadas, área de inteligência do Ministério da Justiça, foi apontada como núcleo de monitoramento de ar opositores do governo.

O próximo chefe da Polícia Federal será o delegado Andrei Rodrigues, segundo anunciou o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino. Ele foi coordenador da segurança de Lula na campanha, faz parte da equipe de transição e também atuou na segurança da ex-presidente Dilma Roussef.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta sexta-feira, 14, que a Rússia deve aceitar a proposta feita pelos EUA, e já aprovada pela Ucrânia, de um cessar-fogo de 30 dias.

"A agressão russa na Ucrânia deve acabar. Os abusos devem acabar. As declarações dilatórias também", escreveu Macron na rede social X.

O presidente francês afirmou que conversou hoje com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após o progresso alcançado na reunião entre os EUA e a Ucrânia em Jeddah, na Arábia Saudita, na terça-feira.

"Amanhã, continuaremos trabalhando para fortalecer o apoio à Ucrânia e por uma paz forte e duradoura", acrescentou Macron.

Em comunicado conjunto divulgado após reunião nesta sexta-feira, 14, os ministros das Relações Exteriores do G7 destacaram que o grupo "não está tentando prejudicar a China ou frustrar seu crescimento econômico". O bloco afirmou que "uma China crescente, que jogue de acordo com as regras e normas internacionais, seria de interesse global". No entanto, o G7 expressou preocupação com as "políticas e práticas não comerciais da China", que estão levando a "capacidade excessiva prejudicial e distorções de mercado".

O grupo também pediu que a China "se abstenha de adotar medidas de controle de exportação que possam levar a interrupções significativas nas cadeias de suprimentos".

Coreia do Norte

Além das críticas à China, o G7 voltou sua atenção para a Coreia do Norte, exigindo que o país "abandone todas as suas armas nucleares e quaisquer outras armas de destruição em massa, bem como programas de mísseis balísticos, de acordo com todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU".

O grupo também expressou "sérias preocupações" com os roubos de criptomoedas realizados pelo regime norte-coreano e pediu a resolução imediata do problema dos sequestros de cidadãos estrangeiros.

América Latina

Em relação à América Latina, o G7 reiterou seu "apelo pela restauração da democracia na Venezuela", alinhado com as "aspirações do povo venezuelano que votou pacificamente por mudanças".

O grupo condenou a "repressão e detenções arbitrárias ou injustas de manifestantes pacíficos, incluindo jovens, pelo regime de Nicolás Maduro", e exigiu a "libertação incondicional e imediata de todos os presos políticos".

O comunicado também destacou que as ações de navios venezuelanos que ameaçam embarcações comerciais da Guiana são "inaceitáveis" e uma "violação dos direitos soberanos internacionalmente reconhecidos da Guiana".

Questionado sobre a possibilidade da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter sido "retirada da mesa", o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, confirmou a informação e afirmou que as relações com a Rússia devem ser normalizadas após o fim da guerra na Ucrânia. No entanto, ele destacou a necessidade de manter a pressão sobre Moscou.

"É normal que, se a guerra parar de alguma forma, tanto para a Europa quanto para os EUA, gradualmente se restaurarem relações normais com a Rússia. Mas ainda não chegamos lá, precisamos manter a pressão sobre eles", disse Rutte em entrevista à Bloomberg, enfatizando a importância de garantir que Moscou leve a sério as negociações para um cessar-fogo.

Rutte também afirmou que seria "difícil" para a Otan se envolver diretamente em um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mas destacou que a organização poderia "oferecer conselhos" às partes envolvidas nas conversas.

Ele se declarou "cautelosamente otimista" de que a paz possa ser alcançada ainda neste ano.