TSE volta a julgar cassação do senador bolsonarista Jorge Seif

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma na noite desta terça-feira, 16, o julgamento que pode cassar o mandato do senador bolsonarista Jorge Seif (PL-SC), acusado de abuso de poder econômico. A coligação Bora Trabalhar, autora do pedido, alega que o empresário Luciano Hang, dono da rede de varejo Havan, doou recursos à campanha de Seif sem a respectiva declaração dos valores na prestação de contas à Justiça Eleitoral.

 

Seif e Hang negam as irregularidades. O senador é empresário do setor de pesca industrial e pertence ao "núcleo duro" do bolsonarismo, tendo atuado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como secretário nacional de Pesca e Aquicultura. Cassado, Seif permaneceria oito anos inelegível.

 

O caso está pautado para uma sessão do TSE com início às 19 horas. O julgamento teve início em 4 de abril e foi suspenso antes que o ministro Floriano de Azevedo Marques, relator da ação, emitisse seu voto. Até aqui, houve espaço para manifestações das defesas de Seif e de Hang, da acusação e do Ministério Público Eleitoral. Os procuradores defendem a cassação do senador e a realização de uma nova eleição para o cargo.

 

Entenda o caso

 

A autora do pedido é a aliança de partidos composta por União Brasil, Patriota (extinto, fundido ao PRD) e PSD. A coligação sustenta que Seif teria usado estrutura de mídia da rede varejista Havan - como assessoria de imprensa e equipe de produção de vídeos - e cinco aeronaves de Luciano Hang, dono da empresa. O que está em discussão pelos magistrados é se esses serviços, estimados em R$ 380 mil, foram discriminados na prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral.

 

Em dezembro do ano passado, o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) rejeitou, por unanimidade, a acusação contra o parlamentar, mas houve recurso. Ao TSE, os autores também pedem que, em caso de cassação, seja nomeado ao cargo de senador Raimundo Colombo, ex-governador de Santa Catarina e segundo colocado na disputa ao Senado em 2022.

 

O Ministério Público concorda com a cassação, mas sugere a realização de uma eleição suplementar, o que estaria de acordo com um entendimento fixado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro de 2023.

 

Quem vota?

 

Votam os sete juízes do TSE, na seguinte ordem:

 

Floriano de Azevedo Marques (relator), da classe de advogados indicados à Corte pelo STF;

 

André Ramos Tavares, advogado;

 

Maria Isabel Diniz, juíza do Superior Tribunal de Justiça (STJ);

 

Raul Araújo, do STJ;

 

Kássio Nunes Marques, ministro do STF;

 

Cármen Lúcia, STF;

 

Alexandre de Moraes (presidente), STF.

 

O que dizem os envolvidos

 

"Tenho o sentimento muito profundo de que não há outro resultado possível a não ser a manutenção deste mandato que vocês me deram", disse Jorge Seif em um vídeo publicado nas redes sociais antes do início do julgamento no TSE. "Falo com verdade. Eu creio na Justiça e creio nas instituições", afirma.

 

Luciano Hang nega que tenha cedido aeronaves e colaboradores para trabalhar na campanha de Seif. "São alegações falsas, sem fundamento algum. Respeitamos os tribunais e suas decisões", diz o empresário, em nota.

Em outra categoria

Um motorista invadiu uma zona de pedestres na cidade de Mannhein, no sudoeste da Alemanha, e atropelou dezenas de pessoas que celebravam o carnaval nesta segunda-feira, 3, segundo a polícia. Uma pessoa morreu.

A polícia da cidade, que fica a 80 quilômetros de Frankfurt e perto da fronteira com a França, disse ainda que um suspeito foi preso. A polícia também pediu que os moradores locais permanecessem em casa.

Testemunhas ouvidas pela agência de notícias Reuters disseram que várias pessoas foram vistas caídas no chão após o atropelamento e que duas delas estavam sendo reanimadas pelas equipes de emergência.

A multidão atropelada participava de um desfile de rua de carnaval, que é celebrado em diversas regiões na Alemanha, ainda de acordo com a imprensa local.

O incidente ocorreu quando multidões se reuniam em cidades de várias regiões, incluindo a Renânia, na Alemanha, para desfiles que marcavam a temporada de carnaval.

Este é o segundo ataque como esse na Alemanha em menos de um mês. Em fevereiro, um motorista afegão atropelou dezenas de pessoas em Munique. O ataque, considerado terrorista pelas autoridades alemãs, matou mãe e filha e deixou diversas pessoas feridas.

A polícia estava em alerta máximo para os desfiles de carnaval deste ano depois que contas nas redes sociais ligadas ao grupo terrorista Estado Islâmico fizeram apelos para ataques durante os eventos nas cidades de Colônia e Nuremberg. Não foram registrados incidentes nessas cidades. (Com agências internacionais)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma publicação na Truth Social nesta segunda-feira, 3, e disse que "amanhã à noite será grandioso", sem dar detalhes a que se referia. A publicação acontece em meio a negociações de paz para a guerra entre Rússia e Ucrânia, e às vésperas das tarifas contra Canadá e México entrarem em vigor.

Minutos antes, Trump publicou na sua conta na Truth Social que "o único presidente que não deu nenhuma terra da Ucrânia para a Rússia de Putin é o presidente Donald J. Trump". "Lembre-se disso quando os democratas fracos e ineficazes criticam, e as fake news alegremente divulgam qualquer coisa que eles dizem!", acrescentou.

Na sexta-feira, 28, o republicano recebeu o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, na Casa Branca, porém os líderes tiveram uma discussão que resultou no cancelamento da reunião na qual se previa a assinatura de um acordo envolvendo minerais ucranianos. Após o ocorrido, Zelenski disse que o acordo está pronto para ser assinado e sinalizou que busca retomar as negociações com os EUA. Traders circulam a informação de que o presidente americano pode anunciar investimentos nesta semana.P

O ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, ressaltou a necessidade da Europa reforçar o investimento no setor de defesa, após o desentendimento entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, na Casa Branca, na sexta-feira, 28. A fala aconteceu em entrevista para a rádio France Inter, nesta segunda-feira.

De acordo com o representante francês, o encontro entre os líderes no Salão Oval poderia ter sido melhor. "Precisamos levantar a nossa defesa para deter a ameaça", disse ao mencionar a "terceira guerra mundial" citada pelo líder americano na semana passada.

Na ocasião, Barrot afirmou que o desejo é de paz "sólida e duradoura" e que o presidente da França, Emmanuel Macron, mantém contato frequente com o republicano.