Boulos tem 35,6%; Nunes, 33,7%; Tabata, 14,7%; e Kim, 9,4% em São Paulo, diz pesquisa Atlas

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O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) tem 35,6% das intenções de voto para a Prefeitura de São Paulo, contra 33,7% do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), aponta a pesquisa Atlas/CNN Brasil divulgada nesta quarta-feira, 24. Ambos estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro de 2,5 pontos porcentuais (p.p.). A terceira colocada é a deputada Tabata Amaral (PSB), com 14,7%.

Em seguida, aparecem Kim Kataguiri (União) com 9,4% e Marina Helena (Novo) com 3,5%. Disseram votar nulo ou em branco 2,2% e 0,9% dos entrevistados não souberam ou não responderam. Altino Prazeres Jr. (PSTU) não pontuou.

O resultado da Atlas/CNN Brasil é semelhante aos das pesquisas Datafolha e RealTime Big Data divulgadas no início de março: Boulos e Nunes também têm empate técnico, embora os porcentuais de intenção de voto variem em cada levantamento.

O instituto Atlas Intel entrevistou 1.629 moradores da cidade de São Paulo entre os dias 18 e 22 de abril. O nível de confiança é de 95% e o método utilizado foi o Recrutamento Digital Aleatório (RDA). Diferente do tradicional no Brasil, onde os institutos de pesquisa abordam os entrevistados na rua ou em suas casas, o Atlas realiza as entrevistas online por meio de formulários que aparecem para os usuários durante a navegação na internet.

Todos os pré-candidatos cresceram na comparação com a pesquisa do mesmo instituto realizada entre os dias 25 e 30 de dezembro de 2023, com exceção do nome do PSTU. Os levantamentos não são diretamente comparáveis porque a lista de candidatos é diferente, mas são úteis para indicar os desdobramentos das articulações políticas nos últimos meses.

Na primeira pesquisa, o deputado federal bolsonarista Ricardo Salles (PL) tinha 17,6%. Porém, ele teve a candidatura barrada pelo PL, partido que, com o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decidiu apoiar a reeleição de Ricardo Nunes. Sem Salles, o prefeito cresceu 15,7 pontos porcentuais.

O número de indecisos também despencou. Há quatro meses, 14,1% não sabiam responder em quem votariam, índice que agora é de 0,9%. A eleição paulistana ganhou espaço no noticiário neste período por causa das articulações feitas pelos pré-candidatos.. Além do apoio de Bolsonaro a Nunes, Marta Suplicy retornou ao PT para ser vice de Boulos e o apresentador José Luiz Datena (PSDB) fez movimentos para se aliar com Tabata e pode ser colega de chapa da deputada.

A pré-candidata do PSB cresceu 8,5 pontos porcentuais, enquanto o crescimento de Boulos foi de 6,1 pontos, de Kataguiri, 4,1 p.p. e de Marina Helena, 2,9 p.p, sempre na comparação com dezembro. A primeira pesquisa também tinha Marcos Vinholi como candidato pelo PSDB.

Empate técnico se repete no segundo turno

A pesquisa também testou cenários de segundo turno entre Nunes e Boulos e Nunes e Tabata. Em ambos os cenários os pré-candidatos estão empatados dentro da margem de erro. Segundo a CNN Brasil, o instituto Atlas não realizou um cenário de enfrentamento entre Boulos e Tabata porque entende que eles disputam o mesmo eleitorado não-bolsonarista.

Nunes x Boulos:

Ricardo Nunes: 44,8%

Guilherme Boulos: 44,3%

Branco/nulo: 9,9%

Não souberam: 1%

Nunes x Tabata

Tabata Amaral: 44,3%

Ricardo Nunes: 42,6%

Branco/nulo: 11,4%

Não souberam: 1,7%

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A Índia anunciou nesta terça-feira, 6, o lançamento de mísseis contra nove alvos no Paquistão e na região da Caxemira após dias de tensões entre os dois países. As autoridades paquistanesas informaram que duas pessoas ficaram feridas e uma criança morreu.

O ataque escala as tensões entre os países vizinhos, que possuem armas nucleares.

As autoridades indianas informaram que os ataques foram direcionados contra "infraestruturas terroristas", em resposta ao ataque no território da Caxemira controlado pela Índia, que deixou 26 turistas hindus mortos no mês passado. O Paquistão prometeu retaliar.

A Índia culpa o Paquistão por apoiar grupos separatistas da Caxemira, uma região que é ocupada por Índia, Paquistão e China. Islamabad nega apoiar esses grupos.

Segundo o Ministério da Defesa da Índia, o ataque não teve nenhuma instalação militar do Paquistão como alvo. "Nossas ações foram focadas, comedidas e de natureza não escalonada", diz um comunicado. "A Índia demonstrou considerável contenção na seleção de alvos e no método de execução."

Os mísseis atingiram locais na Caxemira paquistanesa e na província de Punjab, no leste do país, de acordo com três autoridades de segurança paquistanesas. Um deles atingiu uma mesquita na cidade de Bahawalpur, em Punjab, e matou uma criança, além de deixar dois feridos.

Entenda as tensões atuais

No dia 22 de abril, um grupo armado atacou turistas na cidade de Pahalgam, na parte indiana da região, matando 25 indianos e 1 nepalês. O Paquistão negou envolvimento com o ataque, reivindicado por um grupo terrorista islâmico pouco conhecido chamado Frente de Resistência - que tinha hindus como alvo. A Índia acusa Islamabad de armar e abrigar o grupo. O Ministério da Defesa do Paquistão sugeriu que o ataque foi uma "operação de false flag".

No dia seguinte ao atentado, Nova Délhi expulsou diplomatas, suspendeu vistos e fechou fronteiras terrestres com o Paquistão. Islamabad respondeu suspendendo acordos bilaterais, fechando fronteira e espaço aéreo a companhias indianas, e impondo sanções comerciais.

Desde 24 de abril há registros de trocas diárias de tiros na Caxemira e ambos os exércitos estão em alerta máximo. Apesar dos arsenais nucleares, a tendência é que nenhum lado acione armas atômicas a menos que esteja encurralado. Mas mesmo confrontos convencionais poderiam ser devastadores.

Nos últimos dias, a Índia também suspendeu o Tratado das Águas do Indo, assinado em 1960, que garante o acesso do Paquistão ao rio Indo, responsável por 90% de sua irrigação. Em resposta, Islamabad afirmou que se a Índia reduzir a quantidade de água que lhe é atribuída, isso seria considerado um ato de guerra. (COM INFORMAÇÕES DA AP)

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou ter tido uma "conversa muito construtiva" com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após um encontro na Casa Branca nesta terça-feira, 6. Segundo Carney, o diálogo marcou o "começo do fim de um processo de redefinição da relação Canadá-EUA". O dirigente seguiu categórico ao rejeitar qualquer possibilidade de anexação do país ao vizinho.

"Canadá não está e nunca estará à venda", reiterou em entrevista coletiva, repetindo declaração anterior, em resposta a comentários de Trump sobre o país, eventualmente, se tornar o "51º estado americano". O premiê disse ter sido "muito claro" com o americano quanto à sua posição: "Fui muito claro com Trump que negociações serão feitas como dois países soberanos", afirmou. "É preciso separar o desejo da realidade. Pedi que ele parasse de falar sobre o Canadá se tornar o 51º estado dos EUA. É neste ponto que começa uma discussão séria", completou.

Ao comentar as tensões comerciais entre os dois países, Carney avaliou que "estabelecemos uma boa base hoje" para o avanço das conversas, mas reconheceu que "não tivemos decisões sobre tarifas". Ele ressaltou a complexidade do tema: "A discussão tarifária com os EUA é muito complexa. Estamos abordando uma grande quantidade de questões, por isso o progresso não será necessariamente evidente durante as negociações, mesmo que estejamos progredindo".

Ainda assim, o primeiro-ministro demonstrou otimismo. "Queremos seguir adiante com negociações comerciais com os americanos" e "veremos quanto tempo vai levar até os EUA tirarem as tarifas sobre o Canadá". Carney adiantou que ele e Trump concordaram em manter novas rodadas de diálogo nas próximas semanas, inclusive durante o encontro do G7.

Ao fim da reunião, o premiê destacou que "a postura de Trump e o quão concretas foram as discussões me fazem me sentir melhor". Apesar disso, reconheceu que "ainda temos muito trabalho pela frente e estamos totalmente empenhados". Por fim, assegurou ao republicano que "nossas medidas contra a entrada de fentanil nos EUA estão funcionando".

A comitiva de autoridades que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na viagem à Rússia contará com a participação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do vice-presidente da Câmara Elmar Nascimento (União-BA). Além disso, também contará com os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, e o assessor-chefe da Assessoria Especial, embaixador Mauro Vieira, de acordo com lista divulgada pelo Palácio do Planalto.

Esta será a terceira viagem feita por Lula da qual Alcolumbre participará. Os dois já estiveram juntos na comitiva que viajou ao Japão, em março, e à Itália para o velório do papa Francisco, em abril.

O início da viagem está previsto para esta terça-feira, 6, à noite, quando Lula partirá de Brasília às 22h rumo a Casablanca. A chegada do chefe do Executivo brasileiro à Rússia é esperada para quarta-feira, 7.

No país, o petista participará da celebração dos 80 anos do "Dia da Vitória", quando os russos celebram a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na segunda guerra mundial. Ainda, terá encontros bilaterais com o presidente Vladimir Putin e com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico.

Na reunião com Putin, Lula deve fazer uma menção à questão da necessidade de reequilibrar a balança comercial entre Brasil e Rússia. "Nós importamos dois produtos que são fundamentais, fertilizantes são fundamentais até para o nosso setor exportador, e diesel também, mas nós queremos ampliar as nossas exportações para a Rússia", disse o secretário de Ásia e Pacífico, embaixador Eduardo Paes Saboia.