Número 2 da PGR defende poder do MP para investigar e sugere parceria com Polícia

Política
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Ao defender a constitucionalidade do poder de investigação do Ministério Público, o vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand Filho, ressaltou como o trabalho conjunto com a Polícia pode resolver pontos ligados à apurações sobre o mesmo tema, abertas por ambos os órgãos. No entanto, destacou que tal argumento, de um suposto embate entre as instituições, não pode servir de base para a discussão sobre a retirada da atribuição do MP para realizar investigações criminais.

Em julgamento nesta quarta, 24, Hindemburgo ressaltou a Corte máxima já assentou a competência do MP para promover apurações criminais, em julgamento realizado em 2015. Ele destacou como os limites da atuação do MP nos inquéritos se dão pela figura do juiz de garantias, personagem criado no Pacote Anticrime.

A manifestação de Hindemburgo ocorreu na sessão Plenária do Supremo Tribunal Federal durante julgamento iniciado nesta quarta, 24. O número 2 da PGR sustentou a rejeição de ações que contestam o poder investigatório do MP, movidas pelo PL e pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil.

Após a manifestação de Hindemburgo, o ministro Edson Fachin, relator, defendeu as investigações criminais por parte do Ministério Público. Ele ressaltou que o 'monopólio de poderes' - no caso, um cenário em que o poder investigatório seria exercido só pelas polícias - é 'convite ao abuso'.

A discussão será retomada na tarde desta quinta, 25, com o voto do ministro Flávio Dino.

A avaliação de Hindemburgo é que as ações que questionam a prerrogativa do MP de investigar acabaram por mudar de escopo e hoje tratam mais sobre os limites da atuação dos promotores e procuradores no âmbito de apurações criminais.

A Corte pôs em pauta oito ações sobre o tema, entre elas os processos do PL (em tramitação desde 2003) e pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil.

Nessa linha, o vice-PGR lembrou da instituição, pelo Pacote Anticrime, da figura do juiz de garantias - um magistrado que fica responsável por decidir somente sobre a fase de inquérito, passando o processo para outro juiz quando a denúncia é oferecida pelo MP. Hindemburgo ressaltou como o Supremo validou a figura do juiz de garantias, estabelecendo que todos os atos do Ministério Público durante a fase de instrução da investigação têm de ser submetidos ao juízo.

"O MP não defende a ausência de fiscalização das suas atividades persecutórias. Considerada a generalidade dos procedimentos, o controle é inafastável, como ocorre com qualquer investigação, mas sem significar estreito monitoramento das atividades que não demandam decisão judicial nem substituição do órgão ministerial pelo órgão judicial", indicou.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

O policial disse a repórteres que o fogo começou na noite de terça-feira no hotel Rituraj, no centro de Calcutá, e foi controlado após uma operação que envolveu seis caminhões dos bombeiros. Ainda não se sabe a causa do incêndio.

A agência Press Trust of India, que gravou imagens das chamas, relatou que "várias pessoas foram vistas tentando escapar pelas janelas do prédio". O jornal The Telegraph, de Calcutá, noticiou que pelo menos uma pessoa morreu ao pular do terraço tentando escapar.

O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).