Comando do MDB paulistano critica possível alinhamento do PSDB com 'extrema esquerda'

Política
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O presidente do MDB paulistano, Enrico Misasi, disse ao Estadão "não querer crer" que o PSDB, que segundo ele sempre se opôs "ferrenhamente" ao PT e ao PSOL em São Paulo, "vá se aliar com quem, na eleição passada, apoiou a extrema esquerda contra o prefeito Bruno Covas".

Embora não tenha citado nomes, a declaração do dirigente partidário faz referência a deputada Tabata Amaral (PSB), que tenta atrair os tucanos na eleição para a prefeitura de São Paulo. Em 2020, ela declarou apoio ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno contra Bruno Covas.

A parlamentar articulou a filiação de José Luiz Datena ao PSDB no início do mês em uma jogada para fechar a aliança com a sigla, que indicaria o apresentador como vice dela.

Misasi reagiu ao presidente municipal do PSDB, José Aníbal, que, como mostrou o Estadão, avisou ao ex-presidente da República Michel Temer (MDB) que não há chance do partido apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB).

Uma das justificativas apresentadas por ele é que a legenda não teria protagonismo desejado na coligação do prefeito, à qual chamou de "sopa de letrinhas" - a aliança é formada por PL, PSD, Republicanos, PP, Podemos, Avante, PRD, Solidariedade, Mobiliza e ainda deve receber o União Brasil.

"Quando decidiu apoiar Bruno Covas para prefeito de São Paulo, nas eleições municipais de 2020, o MDB foi o oitavo partido a unir-se à coligação encabeçada pelo tucano, que terminou por reunir 11 legendas. Em nenhum momento o PSDB tratou como 'sopa de letrinhas' a aliança, ao contrário do que faz agora, de forma desrespeitosa, o presidente municipal do PSDB, em relação à frente ampla do prefeito Ricardo Nunes", rebateu Enrico Misasi.

Emissários do prefeito têm tentado convencer o PSDB a apoiá-lo mesmo após o diretório municipal de São Paulo, liderado por Aníbal, descartar a possibilidade. Uma ala dos tucanos considera que seria incoerente não se coligar com o emedebista depois dele apoiar o partido há quatro anos, enquanto as principais lideranças querem uma candidatura própria encabeçada por Datena.

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