'Drones Bolsonaro': nome do ex-presidente estampa carcaça de pulverizadores agrícolas

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) virou nome de uma linha de drones para a pulverização de defensivos agrícolas. Os "Drones Bolsonaro" serão lançados nesta segunda-feira, 29, na Agrishow, a principal feira do agronegócio do País.

 

O nome do ex-presidente estampa a carcaça de quatro modelos. O mais simples custa R$ 96 mil e, segundo o fabricante, é capaz de pulverizar uma área de 12 hectares por hora. O modelo mais caro chega a R$ 197 mil e, além de contar com mais funcionalidades, pulveriza uma área de até 21 hectares por hora. "O agro não para, voa!", diz o slogan publicado no portal institucional da BR Dron, revendedora das máquinas produzidas pela marca chinesa DJI.

 

Dois dos sócios da empresa também estão envolvidos com o lançamento da linha de calçados com o nome de Bolsonaro. "Bolsonaro faz mais diferença que muito artista", diz ao Estadão Uugton Batista, sócio da BR Dron e porta-voz da empresa que lançou os calçados com o nome do ex-presidente. Além de opções como o "Chinelo Crocs Bolsonaro Puro Mito" e o "Tênis Patriota Style", a marca também conta com produtos direcionados ao público do agronegócio, como as "Botinas Bolsonaro".

 

Batista é amigo de Jair Bolsonaro desde 2018. Ele afirma que o ex-presidente foi notificado sobre o lançamento da linha de drones e negou o recebimento de royalties pela veiculação do próprio nome nos produtos.

 

Produtos 'Bolsonaro'

 

Além de drones e calçados, Jair Bolsonaro é o nome de um perfume lançado em março deste ano pelo maquiador e influenciador Agustin Fernandez. O maquiador também é responsável por uma linha de cosméticos inspirada na ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

 

Além dos perfumes, Michelle e o ex-presidente figuram nos rótulos de uma marca de vinhos. O catálogo de produtos "Bolsonaro" também conta com calendários, canecas e tábuas de churrasco, vendidos em uma loja virtual lançada em fevereiro de 2023 pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

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A China afirmou nesta quarta-feira, 5, que irá aumentar seu orçamento de defesa em 7,2% este ano. Os gastos planejados com a defesa do país em 2025 serão de 1,784665 trilhão de yuans (cerca de US$ 249 bilhões), de acordo com um relatório preliminar apresentado ao legislativo nacional para deliberação.

O aumento é a mesma porcentagem do ano passado, abaixo dos avanços porcentuais de dois dígitos de anos anteriores e refletindo uma desaceleração geral da economia. Os líderes do país estabeleceram uma meta de crescimento de cerca de 5% para este ano.

Os gastos militares da China continuam sendo os segundos maiores, atrás apenas dos EUA. Todavia, o Pentágono e muitos especialistas dizem que o gasto total chinês com defesa pode ser 40% maior devido a itens incluídos em outros orçamentos.

*Com informações da Associated Press

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou nesta quarta, 5,que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não pode "achar que pode violar qualquer acordo" que ponha fim à guerra na Ucrânia. Em seu discurso no Parlamento britânico, o premiê destacou que qualquer negociação deve incluir garantias de segurança para os ucranianos, a fim de assegurar uma "paz duradoura" no país.

"A maneira de garantir que tenhamos paz é assegurar que haja garantias para qualquer acordo que esteja em vigor, porque o maior risco de conflito é se Putin achar que pode violar qualquer acordo que possa ser alcançado", declarou.

Starmer reiterou a importância de o Reino Unido, os Estados Unidos, a Europa e a Ucrânia trabalharem juntos para encerrar o conflito e afirmou que "não devemos escolher entre os EUA e a Europa". No entanto, ele se esquivou de comentar se os EUA haviam interrompido o compartilhamento de informações de inteligência com a Ucrânia, junto à interrupção de fornecimento de ajuda militar ao país.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, telefonou a ele para "perguntar o que poderia ser feito em relação às tarifas" de 25% impostas sobre os produtos importados do Canadá, que entraram em vigor nesta terça, 4. Um dos principais motivos para a política tarifária de Trump, segundo ele, é o tráfico de fentanil que sai do Canadá em direção aos EUA.

Em uma publicação na Truth Social, o líder americano, no entanto, afirmou que os esforços do Canadá para combater a entrada do fentanil pelas fronteiras não são "bons o suficiente", ressaltando que muitas mortes ocorreram devido ao fentanil proveniente do Canadá e do México. Trump também afirmou que nada o convenceu de que o problema foi resolvido.

A ligação, que Trump descreveu como tendo terminado de maneira "um tanto amigável", também incluiu críticas a Trudeau por suas políticas de fronteira. O presidente americano acusou as "fracas" políticas do premiê canadense de permitir, segundo ele, a entrada de grandes quantidades de fentanil e de imigrantes ilegais nos Estados Unidos, o que resultaria em muitas mortes. Além disso, Trump sugeriu que Trudeau estaria utilizando a questão das tarifas e do fentanil como uma estratégia para se manter no poder.

Trump voltou a se referir a Trudeau como "governor", palavra em inglês que pode ser usada tanto para definir governador de estado como chefe de instituição pública. O presidente dos EUA tem provocado embates com o premiê canadense devido às repetidas ameaças de anexar o Canadá e transformá-lo no "51º estado dos Estados Unidos", uma ideia que já foi rejeitada pelo líder do país vizinho.