Ao lado de Tarcísio e Caiado em Ribeirão Preto, Bolsonaro diz que 'plantou sementes' em 4 anos

Política
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Ao lado dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), dois pretensos pré-candidatos ao Palácio do Planalto em 2026, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira, 29, que seus aliados não precisam se preocupar pois, caso não retorne ao comando do país no futuro, ele plantou sementes. O ex-presidente, que está inelegível por força de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tenta, com recursos, reverter a decisão, desfilou na Agrishow, na caçamba de uma caminhonete.

Bolsonaro também participou de uma cerimônia no evento no espaço da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado na feira. Além do ex-presidente e dos ex-governadores, estiveram presentes: a senadora e ex-ministra da Agricultura, Teresa Cristina (Progressistas), o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSD), o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, André do Prado (PL).

Tarcísio iniciou seu discurso elogiando e agradecendo a presença do ex-presidente. "Quem trabalhou com Bolsonaro é apaixonado por ele", afirmou o governador, acrescentando ainda que o ex-presidente "nunca trouxe para si nenhum mérito, nenhuma vitória". "Ele aprovou reformas que lastreiam e sustentam a economia até hoje", completou.

Tarcísio disse, ainda, que "não era ninguém" antes de Bolsonaro. Afirmou também que o ex-presidente assumiu o cargo em um momento "difícil", que incluiu pandemia de covid-19, recessão na Argentina e a guerra entre Ucrânia e Rússia.

"Ouso dizer que podemos ter alguém igual Tarcísio no futuro, igual muito difícil", elogiou Bolsonaro. "Se eu não voltar um dia fiquem tranquilos, plantamos ao longo desses 4 anos.", completou o ex-presidente.

Também presente ao evento, o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo Guilherme Piai foi outro que pediu o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro ao poder. "Volta, Bolsonaro", disse no palco.

No geral, a feira tem um dia mais tranquilo. Em alguns estandes, vendedores subiam em tratores para fotografar o ex-presidente. Em outros, mais distantes da avenida principal por onde passava a caminhonete, participantes ficaram sem alternativa para acompanhar a movimentação, por causa do excesso de visitantes. Alguns apoiadores que estavam presentes gritaram por "mito" e por "Bolsonaro". A reportagem, porém, só viu duas pessoas com roupas de apoio ao ex-presidente no local.

No domingo, 28, Tarcísio, Caiado e Bolsonaro não participaram da abertura oficial da feira. Eles estavam em uma manifestação de apoio ao ex-presidente no momento da abertura da Agrishow. A abertura da feira contou com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD).

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O plano proposto pelo Egito como alternativa à solução desejada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para Gaza visa reconstruir a região até 2030 mantendo a população local e a um custo de US$ 53 bilhões.

O documento de 112 páginas descreve um plano faseado, sendo a primeira etapa o início da remoção de munições não detonadas e a limpeza de mais de 50 milhões de toneladas de escombros deixados pelos bombardeios e ofensivas militares de Israel. Líderes do Oriente Médio estão reunidos no Cairo (Egito) para estabelecer o contraponto a Trump, que planeja a despovoação de Gaza para transformá-la em destino de praia.

Segundo o plano egípcio, centenas de milhares de unidades habitacionais temporárias seriam instaladas em Gaza e a população poderia viver enquanto a reconstrução acontece. Os escombros seriam reciclados e parte deles seria usada como preenchimento para criar terras expandidas na costa mediterrânea de Gaza.

Nos anos seguintes, o plano prevê a remodelação completa da faixa, construindo moradias e áreas urbanas "sustentáveis, verdes e caminháveis", com energia renovável. A ideia é renovar terras agrícolas, criar zonas industriais e, também, áreas amplas de parques.

Infraestrutura

O plano também prevê a abertura de um aeroporto, um porto de pesca, e um porto comercial.

De fato, o acordo de paz de Oslo, da década de 1990, já exigia a abertura de um aeroporto e um porto comercial em Gaza. Esses projetos murcharam quando o processo de paz entrou em colapso.

A cúpula organizada pelo presidente egípcio, Abdel-Fattah El-Sissi, teria incluído líderes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, cujo apoio é essencial para qualquer plano pós-guerra. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, chefe da autoridade apoiada pelo Ocidente e oponente do Hamas, participou.

Comando

O Hamas cederia o poder a uma administração interina de políticos independentes até que uma Autoridade Palestina reformada pudesse assumir o controle.

De sua parte, Israel descartou qualquer atuação da Autoridade Palestina em Gaza e, junto com os Estados Unidos, exigiu o desarmamento do Hamas. O Hamas, que não aceita a existência de Israel, disse que está disposto a ceder o poder em Gaza a outros palestinos, mas não desistirá de suas armas até que haja um Estado Palestino. Fonte: Associated Press.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.