Desembargador nega habeas e mantém decreto de prisão de pagodeiro do PCC

Política
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O desembargador Sérgio Ribas, da 8ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou revogar a prisão preventiva do pagodeiro e empresário Vagner Borges Dias, o Latrell Brito, apontado pelo Ministério Público como "cabeça" de uma organização ligada ao PCC para esquema de fraudes em licitações de mais de R$ 200 milhões de prefeituras e câmaras municipais do interior e da região metropolitana.

O magistrado não viu "ilegalidade manifesta" que justificasse o decreto de prisão preventiva do pagodeiro e rejeitou a concessão da ordem em seu benefício. Latrell Brito está foragido desde que a Promotoria, amparada em ordem da 5ª Vara Criminal de Guarulhos (Grande São Paulo), deflagrou a Operação Munditia, dia 16, e prendeu três vereadores, entre outros suspeitos.

A decisão do desembargador foi assinada na sexta-feira, 26, no bojo de um habeas corpus movido pela defesa de Latrell Brito. A defesa do pagodeiro - a cargo dos criminalistas Rubens Catirce Junior e Leandro Sankari de Camargo Rosa -, pedia que, se não fosse revogada sua preventiva, que a detenção fosse substituída por medida cautelar alternativa ou prisão domiciliar.

Os advogados alegam que não há "motivação adequada" para a prisão de Vagner.O mérito do pedido ainda vai ser analisado pelo Tribunal de Justiça. A defesa argumenta a nulidade da investigação da Operação Munditia, que tem Vagner como um de seus alvos principais.

A alegação dos criminalistas é que o inquérito foi aberto após denúncia anônima, o que, segundo a defesa, "não autoriza a adoção de medidas constritivas, como busca domiciliar".Vagner Borges Dias é apontado pela Promotora como o líder da quadrilha alvo da Operação Munditia. Foi a partir das conversas interceptadas em seu celular que o Ministério Público abasteceu a investigação.

Diálogos recuperados pelos promotores mostram que ele levava uma vida de ostentação, com viagens ao exterior e carros de luxo. Ele detém o controle de amplo acervo de contratos com administrações municipais e câmaras de vereadores - negócios que seriam resultado da infiltração do PCC na máquina pública.

Os promotores também rastrearam um contrato fechado em 2020, no valor de R$ 14,1 milhões, por uma empresa do pagodeiro com o Metrô de São Paulo.

O Ministério Público destacou o teor de "violência e periculosidade" nos diálogos do pagodeiro via celular.

As mensagens do Whatsapp de Vagner mostram como ele tratava com servidores públicos e vereadores sobre a entrega de propinas que, segundo a Promotoria, garantiam a permanência do esquema em várias prefeituras e câmaras de São Paulo.

Também revelam a ligação de Latrell Britto com o PCC, afirma o MP, vez que alguns diálogos mostram que ele participou de uma "ideia" - julgamento do chamado tribunal do crime.

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Os líderes europeus respaldaram os planos da Comissão Europeia para aumentar os gastos em defesa. A reunião de emergência nesta quinta-feira, 6, em Bruxelas foi convocada depois que Donald Trump deu uma guinada na política dos Estados Unidos para Europa e a Ucrânia. Apesar da sinalização de apoio a Kiev, contudo, a cúpula falhou em chegar a um consenso sobre a guerra.

Os 27 líderes da União Europeia aprovaram a medida apresentada por Ursula von der Leyen, que prevê flexibilizar as rígidas normas fiscais do bloco para que os países possam gastar mais com defesa. Eles também pediram que a Comissão Europeia explorasse novas formas "para facilitar gastos significativos com defesa em nível nacional em todos os Estados-membros", disse o comunicado.

A estimativa é que a medida libere 800 bilhões de euros para rearmar os países europeus. O plano foi anunciado depois que os Estados Unidos suspenderam o apoio militar à Ucrânia. E o encontro em Bruxelas foi vista como uma tentativa de mostrar união frente ao afastamento entre Washington em Kiev.

Ao chegar na cúpula, o presidente ucraniano Volodmir Zelenski agradeceu pelo apoio que recebeu dos europeus. "Estamos muito agradecidos porque não estamos sozinhos", disse.

A Europa e a Ucrânia estão diante de "um momento decisivo", disse Ursula von der Leyen, ao receber Zelenski. "Temos que colocar a Ucrânia em posição de se defender sozinha", reforçou.

Apesar dos sinais de apoio à Ucrânia, os líderes da União Europeia falharam em chegar a um consenso sobre a defesa da Ucrânia, disse uma autoridade com conhecimento sobre a votação a portas fechadas em Bruxelas. Um país se recusou a assinar a declaração, disse a autoridade que falou sob condição de anonimato para discutir a cúpula em andamento, sem especificar de onde veio a divergência.

Segundo informações do The Guardian, foi a Hungria de Viktor Orbán, que não endossou a declaração da União Europeia, que pressionava contra as negociações propostas por Donald Trump e considerados benéficas para a Rússia. "Não pode haver negociações sobre a Ucrânia sem a Ucrânia", dizia o rascunho da declaração.

Zelenski descreveu as conversas com líderes da União Europeia como produtivas. Ele reafirmou o compromisso da Ucrânia com a paz e propôs medidas que poderiam levar ao fim da guerra. Isso inclui um cessar-fogo nos céus, com a interrupção dos ataques aéreos com mísseis, drones e bombas, e no mar, com a paralisação das operações militares no Mar Negro.

"Consideramos essas medidas iniciais como um prólogo para um acordo mais amplo e abrangente. A guerra deve terminar o mais rápido possível, e a Ucrânia está pronta para trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, com nossos parceiros nos Estados Unidos e na Europa pela paz", escreveu Zelenski nas redes sociais ao anunciar que vai à Arábia Saudita na segunda-feira, como parte das negociações envolvendo a Ucrânia e os EUA.

Ucrânia anuncia negociações com EUA

Sem dar mais detalhes, Zelenski anunciou ainda que representantes ucranianos e americanos retomaram a cooperação e disse esperar por uma reunião "significativa" na semana que vem.

"A Ucrânia é a mais interessada na paz", escreveu Zelenski. "Como dissemos ao Presidente Trump, a Ucrânia está trabalhando e trabalhará exclusivamente de forma construtiva para uma paz rápida e confiável."

A Ucrânia reclamava não ter sido chamada para as negociações dos Estados Unidos com a Rússia e reivindicava que o país vítima da agressão deveria estar presente em qualquer conversa sobre a paz. A relação ficou ainda mais delicada depois que Zelenski e Donald Trump protagonizaram um bate boca público durante encontro em Washington. Mais recentemente, Trump amenizou a briga em discurso para o Congresso dos EUA. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Curtis Miller, de 29 anos, morador da cidade de Barry, Vale do Glamorgan, no País de Gales, sobreviveu a um ataque de um tubarão de 136 kg durante uma expedição de pesca com amigos em Mossel Bay, uma cidade portuária no Oceano Índico, localizada no Cabo Ocidental da África do Sul, no dia 28 de fevereiro. Ele precisou de 91 pontos após o incidente, mas sobreviveu. As informações são da BBC.

Miller e seus amigos estavam na perseguição de tubarões quando um tubarão-de-dentes-roxos, fisgado por um dos amigos, o atacou. Ao tentar mover o tubarão para cima das rochas segurando sua cauda, o animal virou-se e mordeu seu braço, ferindo três artérias de Miller.

Apesar da gravidade dos ferimentos, que surpreenderam a equipe médica, Miller passou apenas uma noite no hospital antes de retornar ao País de Gales. Ele disse à BBC que a parte mais difícil da experiência foi informar sua mãe sobre o ataque.

Miller, um entusiasta da pesca de grandes peixes, afirmou que o incidente não o desencorajou. Ele planeja retornar à África do Sul no próximo ano para continuar sua aventura na pesca de tubarões.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que deve se encontrar com "parceiros americanos" na Arábia Saudita na próxima segunda-feira, 10, depois de reuniões bilaterais com o príncipe herdeiro saudita, em meio a negociações para encerrar a guerra com a Rússia. Segundo comunicado do líder ucraniano, "como dissemos ao presidente Trump, a Ucrânia está trabalhando exclusivamente por uma paz rápida e confiável".

Zelensky também classificou como "produtivo" o dia marcado por encontros com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, com o presidente da França, Emmanuel Macron, com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e com outras autoridades da Europa. O presidente ucraniano afirmou que está "preparando propostas adequadas", junto aos parceiros europeus, para parar a guerra e "garantir a segurança" para os ucranianos.

"A guerra deve acabar o mais rápido possível, e a Ucrânia está pronta para trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, com parceiros na América e na Europa pela paz", finaliza Zelensky.