Janja tem 5 vezes mais buscas no Google que Marina, ministra do Meio Ambiente, na crise do RS

Política
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Primeira-dama e o ministro da Secom, Paulo Pimenta, participaram de ações de socorro a vítimas da enchente gaúcha. Em entrevista, Marina diz que seu objetivo 'não é aparecer'

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi ofuscada por outras figuras do governo Lula (PT) durante a crise provocada pelas severas enchentes no Rio Grande do Sul nos últimos dias. Pelo menos é o que sugerem os dados do Google Trends, ferramenta do mecanismo de busca que permite comparar quantas vezes um determinado termo foi procurado pelos internautas.

 

Nos últimos dez dias, desde que a crise se aprofundou, os brasileiros buscaram quase cinco vezes mais pelo termo "Janja", apelido da primeira-dama, no Google do que por "Marina Silva", embora a pasta da ex-senadora tenha um papel fundamental a cumprir no enfrentamento aos efeitos da emergência climática.

 

Até mesmo o nome do ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) foi mais buscado no Google do que o de Marina Silva. Pimenta, que é gaúcho, se envolveu pessoalmente na resposta à tragédia que se abateu sobre o Estado. Na média, o termo "Janja" registrou 39 pontos, ante 12 de "Paulo Pimenta" e 8 de "Marina Silva".

 

O "recall" de Marina Silva só é maior que o do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT). Ex-governador do Amapá, o pedetista registra menos de 1 ponto na comparação com os outros três nomes na ferramenta do Google. Junto com Marina Silva, a pasta dele tem várias atribuições na crise que atinge o Rio Grande do Sul.

 

Em entrevista ao jornal O Globo neste domingo, Marina Silva disse que o objetivo de sua participação no governo "não é aparecer". "No primeiro ano reduzir o desmatamento em 50%, não é uma entrega? Dos 80 programas do Plano Plurianual, 54 têm ações de sustentabilidade. Temos uma ação que faz com que o programa de agricultura de baixo carbono, que representava 0,8%, passa a ser contemplado em todo o Plano Safra. São entregas. O objetivo não é aparecer. Se for para aparecer, não precisa ser ministro", disse ela.

 

Em meio à crise no Rio Grande do Sul, a pasta ministerial de Marina Silva é alvo de nova investida do Centrão no Congresso, e pode perder parte do controle do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, que tem R$ 10,1 bilhões disponíveis para aportes no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul começaram com maior intensidade no dia 27 de abril, na região Vale do Rio Pardo, no centro do Estado. Mas foi apenas em 29 de abril que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu o primeiro alerta vermelho para a situação das chuvas. No dia 2 de maio, o número de vítimas fatais cresceu, com 19 novos óbitos registrados em apenas 24h. É também neste dia que o assunto começa a disparar nas buscas dos brasileiros no Google.

 

Os dados da ferramenta indicam ainda que o pico de interesse pelas enchentes, até agora, se deu no dia 6 de maio - foi quando o número de buscas por "Rio Grande do Sul" atingiu o apogeu no Google. O dia 6, última segunda-feira, foi marcado também pelo nível mais alto do Guaíba, o lago que margeia Porto Alegre.

 

Na manhã daquele dia, o corpo d'água atingiu a cota de 5,33 metros. A segunda-feira também viu o fechamento por tempo indeterminado do aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha - ele já estava interditado desde a sexta-feira, 3. Ainda segundo o Google Trends, as enchentes provocaram o pico de buscas dos brasileiros sobre o Estado nos últimos cinco anos

 

A primeira-dama capturou a atenção das redes sociais em vários momentos durante a crise. O primeiro foi no sábado, 4, quando opositores a acusaram de ir ao Rio de Janeiro para acompanhar o show da cantora Madonna, na praia de Copacabana - na verdade, a socióloga não apareceu no evento.

 

No domingo, 5, ela estava no Rio Grande do Sul. Visitou o Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, uma das cidades mais afetadas pela enchente, e um projeto social local que estava ajudando a resgatar animais atingidos pela água.

 

Lula e vários de seus ministros também estavam no Rio Grande do Sul naquele momento, inclusive Paulo Pimenta e Marina Silva.

 

Janja, que já conta com 1,2 milhão de seguidores no X (antigo Twitter) e mais 2,3 milhões no Instagram, também "hitou" com postagens sobre o cavalo Caramelo - batizado depois pela petista de "Valente Caramelo", e com a adoção de uma cadelinha resgatada em Canoas.

 

Só a postagem sobre Caramelo, resgatado do teto de uma casa, teve 74 mil curtidas no X.

 

A cachorrinha sem raça definida foi batizada de "Esperança".

 

"Esperança, União e Reconstrução: é isso que o Brasil e o Rio Grande do Sul precisam! Muito obrigada à Associação 101 Viralatas e à Secretaria Municipal de Bem-estar Animal. Seja bem-vinda, Esperança! Suas irmãs Resistência e Paris já te amam", escreveu Janja na postagem no Instagram.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira, 1, impor sanções a qualquer pessoa que compre petróleo iraniano, um alerta feito após o adiamento das negociações planejadas sobre o programa nuclear de Teerã.

Trump fez a ameaça de sanções secundárias em uma postagem nas redes sociais. "Todas as compras de petróleo iraniano ou produtos petroquímicos devem parar agora!". Ele disse que qualquer país ou pessoa que compre esses produtos do Irã não poderá fazer negócios com os EUA "de nenhuma forma".

Não ficou claro como Trump implementaria tal proibição. Mas sua declaração corre o risco de agravar ainda mais as tensões com a China - principal cliente do Irã - em um momento em que o relacionamento está tenso devido às tarifas do presidente americano.

Com base em dados de rastreamento de petroleiros, a Administração de Informação de Energia dos EUA concluiu em um relatório publicado em outubro que "a China absorveu quase 90% das exportações de petróleo bruto e condensado do Irã em 2023". Trump, separadamente, impôs tarifas de 145% à China dentro de sua guerra comercial ao país.

Negociações adiadas

A ameaça de Trump nas redes sociais ocorreu após Omã anunciar que as negociações nucleares planejadas para o próximo fim de semana haviam sido adiadas.

O ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, fez o anúncio em uma publicação na plataforma social X. "Por razões logísticas, estamos remarcando a reunião EUA-Irã, provisoriamente planejada para sábado, 3 de maio", escreveu ele. "Novas datas serão anunciadas quando mutuamente acordadas."

Al-Busaidi, que mediou as negociações em três rodadas até o momento, não deu mais detalhes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, emitiu um comunicado descrevendo as negociações como "adiadas a pedido do ministro das Relações Exteriores de Omã". Ele disse que o Irã continua comprometido em chegar a "um acordo justo e duradouro".

Acordo nuclear

As negociações entre EUA e Irã buscam limitar o programa nuclear iraniano em troca do relaxamento de algumas das sanções econômicas que Washington impôs a Teerã. As negociações foram lideradas pelo Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, e pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Trump ameaçou repetidamente lançar ataques aéreos contra o programa iraniano se um acordo não for alcançado. Autoridades iranianas alertam cada vez mais que poderiam buscar uma arma nuclear com seu estoque de urânio enriquecido a níveis próximos aos de armas nucleares.

O acordo nuclear do Irã com potências mundiais, firmado em 2015, limitou o programa iraniano. No entanto, Trump retirou-se unilateralmente do acordo em 2018, desencadeando um maior enriquecimento de urânio por parte do Irã./Com Associated Press

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".

Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.