Bolsonaro deve ter alta na próxima 6ª, após 13 dias internado com erisipela

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve receber alta hospitalar em São Paulo na próxima sexta-feira, 17, depois de passar quase duas semanas internado com erisipela, uma infecção de pele causada por bactérias, e desconforto abdominal. A previsão é de que ele retorne a Brasília no mesmo dia e continue o tratamento médico em casa.

A informação foi repassada pelo advogado e assessor Fábio Wajngarten, que tem sido o responsável por distribuir à imprensa os boletins médicos sobre o estado de saúde de Bolsonaro. Ele garantiu que o período de internação de 13 dias, primeiro em Manaus (AM) e depois em São Paulo (SP), é considerado normal para casos do tipo.

Como mostrou o Estadão, a erisipela é uma doença de pele bastante comum. Inchaço nas pernas, baixa imunidade e má higienização de ferimentos são fatores que podem levar a esse problema. O tratamento dura de 7 a 14 dias e, nas primeiras 48 horas, a pessoa já começa a melhorar aos poucos. Se não tratada, a infecção pode se tornar generalizada, com risco de morte.

Ainda não há previsão de quando o político voltará às atividades normais dentro do PL. Bolsonaro cancelou todos os seus compromissos de maio depois de se sentir mal em uma agenda do PL Mulher na capital amazonense. Estavam marcados eventos de pré-campanha em Belém (PA) e Belo Horizonte (MG), por exemplo.

Por outro lado, o político continuou ativo nas redes sociais e recebeu visitas de aliados como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também esteve com ele no hospital no último sábado, 11, antes de viajar ao Vaticano.

Internação deve completar quase duas semanas

Depois de procurar atendimento médico por duas vezes em Manaus entre os dias 4 e 5 de maio, Bolsonaro foi transferido para o Hospital Vila Nova Star, na zona sul da capital paulista, na noite do dia 6, onde está internado desde então. Ele está sendo acompanhado pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, que o operou após a facada sofrida na campanha eleitoral de 2018, e pelo cardiologista Leandro Echenique.

O boletim médico mais recente, divulgado na manhã desta quarta-feira, 15, não menciona previsão de alta, mas informa que Bolsonaro "apresenta ótima evolução clínica" e segue recebendo antibióticos na veia, com "melhora progressiva do quadro infeccioso" na perna esquerda, o local acometido pela doença.

Em outra categoria

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recomendou cautela em relação às declarações que vêm sendo dadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e ponderou que ainda há incertezas sobre como será conduzida a nova gestão do republicano.

Em conversa com jornalistas ao deixar a sede da Pasta nesta quinta, 9, Haddad foi questionado sobre a declaração de Trump em que ameaçou tarifar em 100% os países do Brics caso o bloco avance nas discussões para criar uma moeda única ou apoiar outra para substituir o dólar. O Brasil está com a presidência dos Brics neste ano de 2025.

"O presidente Trump vai tomar posse, vai começar a tomar medidas efetivas. Nós só vamos nos colocar quando as decisões forem efetivamente tomadas. Senão fica muito difícil nós reagirmos a cada declaração pública de um secretário, de um ministro, do próprio presidente. Há uma certa incerteza em relação ao que efetivamente vai ser feito. Preocupa sempre, mas vamos ter cautela também para saber efetivamente o que vai acontecer", pontuou.

O bilionário Elon Musk expressou dúvidas quanto à possibilidade de alcançar a meta de cortes de US$ 2 trilhões no orçamento federal dos Estados Unidos durante o próximo mandato do presidente eleito Donald Trump. Essa cifra foi proposta pelo próprio bilionário logo após sua nomeação como líder do novo Departamento de Eficiência Governamental (Doge). A fala representa uma revisão em relação à meta inicial.

A declaração foi feita em entrevista ao estrategista político e presidente da Stagwell, Mark Penn, e transmitida em live no X. "Acho que tentaremos US$ 2 trilhões. Acho que esse é o melhor resultado possível", afirmou Musk. Ele também destacou que há uma "boa chance" de alcançar US$ 1 trilhão em cortes no orçamento, o que indicaria um ajuste em relação à meta mais ambiciosa que havia sido estabelecida anteriormente.

O ex-presidente do Uruguai, José Mujica, de 89 anos, declarou que o câncer de esôfago que trata desde abril do ano passado se espalhou para o fígado. Em entrevista ao jornal uruguaio Búsqueda, o político apontou que não existe uma expectativa do corpo médico para uma melhora em seu estado de saúde.

"Estou morrendo", declarou Mujica ao jornal uruguaio, em uma entrevista realizada na chácara do ex-presidente em Rincón del Cerro, zona rural da capital Montevidéu.