'Poderes da República têm que funcionar como uma orquestra', diz Lula

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a necessidade de os Poderes da República funcionarem como uma "orquestra". De acordo com ele, é preciso que os presidentes dos Poderes tenham conhecimento dos problemas da população para saberem agir de forma mais rápida.

"Embora sejamos Poderes autônomos, temos que funcionar como uma orquestra. Ou seja, a gente não pode se encontrar apenas em jantares de vez em quando. A gente não pode se encontrar apenas para um fazer um ato solene em Brasília. é importante que a gente se encontre nos momentos de amargura do povo brasileiro", disse Lula em evento do governo federal de anúncio de medidas de assistência da gestão relacionadas ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira, 15. O evento ocorre em São Leopoldo.

Lula afirmou que, quando convida chefes de outros Poderes a viajar, é para que eles entendam a "necessidade de agilizar votações na Câmara e no Senado". "Estou chamando pra compartilhar elaboração das políticas."

"Não quero os presidentes da Câmara e do Senado estranho ao presidente da República; não quero o presidente da Suprema Corte estranho aos problemas do Poder Executivo; não quero que o Tribunal de Contas seja apenas um algoz para denunciar, quero que ele sinta, veja, para quando tiver que tomar decisão, tome sabendo o que está acontecendo no Brasil", comentou.

No discurso, Lula voltou a criticar disseminadores de fake news em meio à tragédia. Segundo Lula, ao citá-los como "vândalos que não querem argumento", "esse tipo de gente um dia será banido da política".

O chefe do Executivo também comentou que não tinha conhecimento que havia tantas pessoas negras no Rio Grande do Sul. Já em tom de brincadeira, ele falou a um prefeito do evento para "mandar uma carta" ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para liberar recurso para cesta básica aos animais.

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Incêndios devastadores estão assolando a área de Los Angeles, alimentados pelos fortes ventos e fazendo com que os moradores fujam das casas em chamas. Milhares de bombeiros estão lutando contra pelo menos três incêndios separados nesta quarta-feira, 8, desde a costa do Pacífico até Pasadena.

Com um número estimado de 1.000 estruturas destruídas e as chamas ainda se espalhando, o incêndio é o mais destrutivo da história de Los Angeles, de acordo com as estatísticas mantidas pela Wildfire Alliance, uma parceria entre o corpo de bombeiros da cidade e a MySafe:LA.

Através da rede social Truth, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse que o governador Gavin Newscum se recusou a assinar a declaração de restauração da água apresentada a ele, que teria permitido que milhões de galões de água, provenientes do excesso de chuva e do derretimento da neve do Norte, fluíssem diariamente para muitas partes da Califórnia.

"Agora o preço final está sendo pago. Exigirei que esse governador incompetente permita que a água doce, limpa e bonita flua para a Califórnia!", escreveu Trump.

*Com informações da Associated Press

A Dinamarca está "aberta ao diálogo" com os Estados Unidos para salvaguardar seus interesses no Ártico, afirmou nesta quarta-feira, 8, o chanceler do país nórdico, após Donald Trump ter dito que não descartava o uso da força para tomar o território autônomo dinamarquês.

O reino da Dinamarca, que inclui a Dinamarca continental, a Groenlândia e as Ilhas Faroé, está "aberto a um diálogo com os americanos sobre como podemos cooperar, talvez até mais de perto do que já fazemos", afirmou Lars Løkke Rasmussen.

O ministro das Relações Exteriores dinamarquês afirmou, durante uma coletiva de imprensa, que o derretimento do gelo e a abertura de novas rotas marítimas no Ártico estão provocando uma "rivalidade crescente entre as grandes potências" na região, com a presença tanto da China quanto da Rússia. É "legítimo que os Estados Unidos e a Otan, e portanto também o Reino da Dinamarca, estejam cientes disso", acrescentou.

Trump disse antes do Natal que o controle da Groenlândia era "uma necessidade absoluta" para "a segurança nacional e a liberdade em todo o mundo". Em uma coletiva em Mar-a-Lago, ele não descartou o uso da força para anexá-la, o que provocou preocupação e surpresa em Copenhague, assim como em outras capitais europeias.

No entanto, Løkke Rasmussen pediu calma. "Não é necessário dizer em voz alta tudo o que você pensa", disse o ministro. "Eu tento trabalhar com base nas realidades e acredito que todos deveríamos nos fazer um favor, diminuindo um pouco nosso ritmo cardíaco", acrescentou.

Também abordando os comentários de Trump em uma entrevista à emissora dinamarquesa TV2, a primeira-ministra Mette Frederiksen disse que não acreditava que os Estados Unidos usariam poder militar ou econômico para garantir o controle sobre a Groenlândia.

Frederiksen repetiu que acolheu com satisfação os EUA demonstrando maior interesse na região do Ártico, mas que isso teria que ser feito de uma forma que fosse "respeitosa" com a população da Groenlândia.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, sugeriu em tom sarcástico que a América do Norte, incluindo os Estados Unidos, poderia ser chamada de "América Mexicana", em resposta a fala do presidente eleito americano, Donald Trump, que demonstrou desejo de renomear o Golfo do México como "Golfo da América".

"Por que não chamamos a América do Norte de América Mexicana? Isso soa bonito, não é verdade?", defendeu Sheinbaum em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, enquanto mostrava um mapa com um desenho de 1607 da América do Norte e dizia que o Golfo do México é reconhecido internacionalmente desde então.

A presidente disse acreditar que o republicano é "mal informado" por também dizer que o país é governado por grupos criminosos e não pelo povo.