ACM Neto banca Caiado como candidato do União Brasil a presidente em 2026

Política
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Em palestra na Fundação Fernando Henrique Cardoso, o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União Brasil, Antônio Carlos Magalhães Neto, afirmou nesta terça-feira, 21, que, se depender dele e de outras lideranças do partido, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, será o candidato da legenda na próxima eleição presidencial.

 

Embora a prioridade agora seja a pauta municipal, Neto diz que o União terá um projeto próprio e que, nesse caso, o nome de Caiado surge naturalmente por sua experiência política e pelos resultados que tem obtido no Estado, principalmente nos setores de segurança e educação. "Não vejo muito espaço para a terceira via, na divisão desse campo. Claro que tem muitos fatores que poderão ser decisivos, entre eles, o dos governadores deste campo e é claro, o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro que será fundamental", disse ele.

 

Na análise de mais de duas horas que fez para a plateia da Fundação, Neto disse não ver no presidente Luiz Inácio Lula da Silva envolvimento e dedicação pessoal com o governo. Há pouco tempo, em entrevista, ele havia falado que o "governo de Lula cheirava a mofo". Mesmo assim, ele acredita que Lula será o candidato do PT em 2026 porque não existe nenhum movimento de renovação no partido e nas esquerdas. ACM Neto acredita que Lula continuará tendo vantagem no Nordeste. Segundo ele, na região, Lula construiu uma relação emocional e afetiva com as pessoas que é muito mais forte do que o petismo. "No fundo, muitos nordestinos enxergam nele uma oportunidade de sucesso que cada um gostaria de ter para sua própria vida", explicou.

 

ACM Neto assinalou que não se referia especificamente à força da máquina do governo, mas aos sentimentos e emoções que "Lula representa como ninguém na política brasileira". Em sua opinião, hoje, o mais difícil numa campanha é ter a capacidade de criticar, de ser a favor de certas coisas aqui e certas coisas ali, sem ser carimbado. "Se você hoje defende o casamento de pessoas do mesmo sexo e uma economia mais liberal, um governo mais produtivo, acabou. Está rotulado disso ou daquilo. Vira comunista e direitista ao mesmo tempo. De certa forma eu fiquei enquadrado nessa. Não me imponho concordar com tudo nem de um lado nem do outro, mesmo sabendo que o País vive esse quadro de polarização, do nós contra eles", afirmou.

 

Em sua opinião, a economia vai influenciar a eleição menos do que se imagina ."Eu confesso que não vejo muito espaço no País para uma terceira via e acho que isso só poderia acontecer se aparecesse um candidato que, como hipótese, conseguisse furar a bolha, saindo do centro e indo para a direita sem ficar refém do radicalismo de qualquer um dos lados", observa, acrescentando: "Terá que haver um movimento de um candidato, estou falando, mas não quer dizer que vai existir, como hipótese, de um jogo que possa se tornar mais equilibrado, de um candidato que saia do centro mas venha para a direita, que fure a bolha, que não fique refém do radicalismo, das ideias que são pregadas por um lado ou outro".

 

ACM Neto disse ainda acreditar que, em 2022, perdeu a eleição majoritária para o governo do Estado, por um conjunto de fatores e voltou a citar ‚entre eles, a ferrenha polarização que tomou conta do País. "Fui vítima, a principal, dessa polarização política do Brasil. Confesso que não me identificava nem com um lado nem com o outro e não tinha um representante que eu pudesse chamar de meu. Talvez se eu pudesse dizer: 'este é o meu candidato', a história tivesse sido outra" comentou.

 

O União Brasil já tem 12 pré-candidatos para as eleições municipais e Neto não acredita que os temas nacionais tomem conta da pauta. "A eleição municipal é fundamentalmente municipal, tirando São Paulo e alguma outra capital os temas são o buraco da rua, é a creche, o transporte", diz. Em São Paulo a nacionalização deverá acontecer por que os dois maiores adversários da política nacional terão candidatos aqui e farão campanha por eles.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, destacou a necessidade de aumentar os investimentos em defesa na Europa, em meio às ameaças russas e ao conflito na Ucrânia. Em pronunciamento, Macron afirmou que a segurança europeia está diretamente ameaçada pela guerra na Ucrânia, que se transformou em um "conflito global".

"A Rússia segue aumentando seu orçamento de armamento para a guerra, e a Europa precisa conseguir se defender sozinha, sem ajuda dos EUA", declarou. Ele ressaltou que a paz no continente só será possível com o fortalecimento da capacidade militar europeia. "Precisamos tomar decisões agora para a segurança da Ucrânia e da UE", afirmou.

Macron mencionou que a França dobrou seus gastos militares nos últimos dez anos e que está trabalhando para aumentar os investimentos em defesa na Europa. "Faremos uma reunião com chefes de defesa europeus em Paris na semana que vem", anunciou, reforçando a importância de uma estratégia conjunta. O líder francês também abordou a "dissuasão nuclear", afirmando que as armas nucleares são um pilar de proteção para a França. Ele ainda sugeriu um debate sobre a extensão do "guarda-chuva nuclear" francês a outros parceiros europeus. No entanto, ele deixou claro que a decisão final sobre o assunto caberá exclusivamente ao presidente da França.

Ele destacou que a guerra na Ucrânia não será decidida pela Rússia ou pelos EUA, mas sim por um esforço coletivo. "Precisamos de um acordo que garanta paz duradoura na Ucrânia", disse, acrescentando que "a paz não pode ser conquistada se abandonarmos a Ucrânia".

O francês ainda criticou as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, alertando para os impactos negativos que elas podem ter não apenas na Europa, mas em todo o mundo. "As tarifas de Trump vão impactar a economia americana e a economia europeia", disse, acrescentando que é preciso convencer o republicano de que essas medidas não são positivas.

A Suprema Corte dos Estados Unidos, de maioria conservadora, manteve nesta quarta-feira, 5, o bloqueio à ordem do presidente Donald Trump que congelava US$ 2 bilhões (R$ 11,6 bilhões) em pagamentos a organizações de ajuda internacional.

Dividida, a Suprema Corte formou a estreita maioria de 5-4 para manter a decisão da instância inferior, exigindo que o governo faça os pagamentos devidos. O resultado é uma derrota para o governo, que buscava repreender o juiz distrital Amir Ali por suspender o corte de gastos de Donald Trump.

Apesar da maioria conservadora na Corte, essa foi a segunda vez que o governo tentou, sem sucesso, persuadir o Supremo a intervir imediatamente contra um juiz de instância inferior em disputas legais envolvendo ações de Trump na Casa Branca.

A maioria dos juízes observou que o governo não contestou a ordem inicial de Ali, apenas o prazo imposto - que, de qualquer forma, já havia expirado na semana passada.

A votação dividiu a ala conservadora da Corte, composta por seis do total de nove juízes. O presidente do Supremo, John Roberts, e a juíza Amy Coney Barrett, indicada pelo próprio Donald Trump, votaram com os três progressistas para manter a ajuda internacional.

Na divergência, Samuel Alito questionou a autoridade de Amir Ali para ordenar a liberação dos recursos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e do Departamento de Estado.

"Um único juiz de distrito, que provavelmente não tem jurisdição, tem o poder de forçar o governo dos Estados Unidos a pagar (e provavelmente perder para sempre) US$ 2 bilhões dos contribuintes?", questionou.

"A resposta a essa pergunta deveria ser um sonoro 'Não', mas a maioria deste tribunal aparentemente pensa o contrário. Estou pasmo", disse Alito. Ele foi acompanhado na dissidência pelos conservadores Clarence Thomas, Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh.

O governo argumentou que a situação mudou porque substituiu o congelamento total decretado por Donald Trump por ordens individuais, resultando no cancelamento de 5,8 mil contratos da USAID e 4,1 mil concessões do Departamento de Estado, que totalizavam quase US$ 60 bilhões.

Na decisão, contudo, a Suprema Corte manteve a suspensão temporária de Amir Ali e instruiu o juiz a detalhar quais as obrigações devem ser cumpridas pelo governo. Na quinta-feira, Ali realizará uma audiência para decidir se mantém de forma mais duradoura o bloqueio ao decreto de Trump.

Entenda o caso

Logo após voltar à Casa Branca, Donald Trump ordenou o congelamento das contribuições da USAID e do Departamento de Estado a organizações de ajuda internacional. O decreto classificava os programas como desperdício de dinheiro e alegava que estariam desalinhados com os objetivos da política externa.

A ordem foi questionado na Justiça em ação que alertava contra a suspensão do financiamento de programas emergenciais em outros países.

O juiz Amir Ali, nomeado por Joe Biden, determinou no mês passado que o financiamento fosse restabelecido temporariamente. Passadas duas semanas, ele concluiu que o governo não demonstrava intenção de cumprir a ordem e estabeleceu o prazo para a liberação de pagamentos devidos.

O governo recorreu, classificando a ordem de Ali como "extremamente intrusiva e profundamente equivocada", além de protestar contra o prazo imposto para a liberação dos recursos.

O controvertido decreto é parte dos esforços de Donald Trump para cortar gastos do governo federal, em operação liderada pelo homem mais rico do mundo, o bilionário Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).

Um dos seus objetivos é cortar a ajuda da USAID, que tem programas de saúde e emergência em cerca de 120 países. Trump disse que a agência é "administrada por lunáticos radicais", enquanto seu novo braço direito a descreveu como uma "organização criminosa". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Em declaração conjunta publicada nesta quarta-feira, 5, os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Reino Unido pediram que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas seja mantido, que todos os reféns sejam libertados e que o fluxo contínuo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza seja garantido.

"Solicitamos a todas as partes que se envolvam de forma construtiva na negociação das fases subsequentes do acordo para ajudar a garantir sua implementação total e o fim permanente das hostilidades. Saudamos os esforços do Egito, do Catar e dos EUA na mediação e na busca de um acordo para a extensão do cessar-fogo".

Os ministros ainda afirmaram que o Hamas deve pôr fim "a seu tratamento degradante e humilhante" e reiteraram a solidariedade com o povo israelense diante dos ataques terroristas cometidos pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.