Moro nega concorrer em 2026 e diz que apoiará nome contra Lula

Política
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Após ter sido absolvido pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE), o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) afirmou nesta quarta-feira, 22, que não tem planos para disputar o Palácio do Planalto em 2026 e apoiará um projeto para derrotar o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-juiz da Operação Lava Jato disse que pretende estar ao lado de um dos governadores cotados para concorrer daqui a dois anos: Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; ou Romeu Zema (Novo), de Minas.

Em entrevista à imprensa um dia após o resultado de seu julgamento na Justiça Eleitoral, o parlamentar declarou que seu foco é o Senado e vai continuar na oposição ao governo Lula. "Sempre fui e sempre serei oposição ao governo Lula. Em 2026, estarei defendendo um projeto para derrotar o PT. Temos um plano no União Brasil com o governador Ronaldo Caiado. Meu plano em 2026 é apoiar um candidato", disse ele.

Anteontem, por unanimidade, o TSE rejeitou recursos do PT e do PL que pediam a cassação do senador, o que o livrou de oito anos de inelegibilidade. A Corte concluiu que não houve abuso nos gastos da pré-campanha de 2022 e não ficou comprovado que Moro usou a pré-candidatura ao Planalto para ter mais visibilidade na disputa pelo Senado. Ele já havia sido absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). PL e PT não vão apresentar recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro

Para Moro, o TSE fez um "julgamento técnico" e rejeitou acusações "falsas e mentirosas". Afirmou também que não tem mantido contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas fez um agradecimento ao ex-chefe do Executivo pela tentativa de desmobilizar recursos do PL no processo na Justiça Eleitoral.

"O presidente Bolsonaro e, diga-se, a bancada dos senadores do PL pediram que não fosse interposto nenhum recurso ou que houvesse desistência (da ação contra ele). Infelizmente, lideranças locais, mais especificamente (os deputados) Paulo Martins e Fernando Giacobo, não acolheram o pedido do presidente Bolsonaro", frisou o parlamentar.

Moro declarou também que "boatos" sobre uma eventual cassação foram "exagerados". "O TSE, ontem (anteontem), no julgamento unânime, técnico, independente, rejeitou as acusações falsas e mentirosas que foram feitas buscando a cassação do meu mandato."

O senador relembrou o período em que atuou como juiz da Operação Lava Jato e afirmou que, "durante quatro anos, a lei foi aplicada no País, mesmo frente a pessoas poderosas". "Diziam que era impossível combater no Brasil a grande corrupção e acabar com a impunidade. E nós fizemos a Lava Jato, produto, sim, das instituições brasileiras, mas em relação ao qual eu tive uma participação relevante."

Ministério

Na sequência, Moro recordou sua passagem pelo Ministério da Justiça do governo Bolsonaro e atribuiu a queda no número de assassinatos à sua gestão. "Falavam que, se nós isolássemos as lideranças do crime organizado, iriam fazer com que o País ficasse de pernas para o ar. Pois bem, nós fizemos, isolamos as lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital) em presídios federais de segurança máxima, acabamos com a comunicação deles com o mundo externo não monitorado", disse.

O senador também citou a sua vitória como senador, nas eleições de 2022, e relatou que havia sido aconselhado a disputar o pleito no Paraná para deputado federal. "Muita gente dizia que era impossível ser eleito naquele cenário de polarização entre Lula e Bolsonaro como candidato independente, mas fui lá e ganhamos a eleição", afirmou. "O julgamento (na Justiça Eleitoral) se insere nesse cenário. Muitos afirmavam que era impossível a preservação do meu mandato, que eram favas contadas."

Questionado sobre os recentes embates entre o Legislativo e o Judiciário, o senador defendeu o fim do que chamou de "espírito de revanchismo" e "polarização exacerbada".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, se declarará culpado na acusação de espionagem e roubo de documentos sigilosos, como parte de um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O acordo, revelado em documentos judiciais apresentados nesta segunda-feira, 24, põe fim a uma longa saga jurídica que se estendeu por mais de um continente e permitirá que Assange volte a morar na Austrália. Segundo o WikiLeaks, ele foi libertado da prisão do Reino Unido onde esperava uma extradição aos EUA e retornou ao país natal na noite desta segunda-feira, 24.

Assange deve comparecer na quarta-feira, 26, ao tribunal federal nas Ilhas Marianas, um território dos Estados Unidos no Pacífico Ocidental, para se declarar culpado de uma acusação criminal de espionagem, por conspirar para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais de defesa nacional, disse o Departamento de Justiça em uma carta apresentada em corte. Após a audiência, ele estará oficialmente livre das acusações.

A confissão de culpa traz uma conclusão ao caso. Assange, editor do WikiLeaks, se tornou conhecido mundialmente e seu caso provocou um debate sobre liberdade de imprensa dentro e fora dos EUA.

Seus defensores dizem que ele agiu como um jornalista ao expor irregularidades militares dos EUA. Os investigadores, por outro lado, afirmaram repetidamente que as suas ações violaram leis destinadas a proteger informações sensíveis e colocaram em risco a segurança nacional do país.

Uma audiência está marcada para a manhã de quarta-feira, 26. A audiência está ocorrendo lá devido à oposição de Assange em viajar para o território continental dos EUA e à proximidade da corte com a Austrália.

O acordo garante que Assange admitirá a culpa, ao mesmo tempo que o poupará de qualquer pena adicional de prisão. Ele passou anos escondido na embaixada do Equador em Londres depois que as autoridades suecas solicitaram sua prisão sob acusações de estupro, antes de ser preso no Reino Unido.

Os promotores concordaram com uma sentença equivalente aos cinco anos que Assange já passou em uma prisão britânica de segurança máxima enquanto lutava para evitar a extradição para os EUA para enfrentar acusações, um processo que se desenrolou em uma série de audiências em Londres.

No mês passado, ele ganhou o direito de recorrer de uma ordem de extradição depois dos seus advogados argumentarem que o governo dos EUA forneceu garantias "claramente inadequadas" de que ele teria as mesmas proteções à liberdade de expressão que um cidadão americano se fosse extraditado do Reino Unido.

A acusação do Departamento de Justiça revelada em 2019 acusava Assange de encorajar e ajudar a analista de inteligência do Exército dos EUA, Chelsea Manning, a roubar telegramas diplomáticos e arquivos militares que o WikiLeaks publicou em 2010. Os promotores acusaram Assange de prejudicar a segurança nacional ao publicar documentos que prejudicaram os EUA e seus aliados e ajudou seus adversários.

Os documentos expuseram segredos militares americanos no Iraque e no Afeganistão, além de conversas de diplomatas do Departamento do Estado no mundo todo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Autoridades da Coreia do Sul anunciaram nesta segunda-feira, 24, que encontraram parasitas de fezes humanas nos sacos de lixo enviados pela Coreia do Norte em balões. Uma análise feita nos pacotes detectou solo com "lombrigas, tricurídeos e oxiúros", segundo o Ministério da Unificação da Coreia do Sul, que também assegurou serem baixos os riscos de infecção pelos parasitas. Os sacos também traziam roupas com estampas de personagens ocidentais, como Mickey Mouse, Ursinho Pooh e Hello Kitty, estragadas, e roupas infantis com muitos remendos. As informações são da BBC.

O Ministério da Unificação da Coreia do Sul sugeriu que o solo pode ter sido infectado pelos parasitas porque fezes humanas possivelmente foram usadas em vez de fertilizantes químicos na Coreia do Norte, diz a emissora britânica.

Segundo a BBC, mais de 1,5 mil balões cheios de lixo foram lançados pela Coreia do Norte em direção ao território sul-coreano desde maio. O exército da Coreia do Sul alertou a população recentemente a não tocar nos balões brancos e nos sacos plásticos enviados por Pyongyang porque estavam cheios de "resíduos sujos e lixo".

O envio desses balões seria uma medida de retaliação a uma campanha iniciada por ativistas sul-coreanos e opositores do líder norte-coreano, Kim Jong Un, em que balões contendo comida, remédios, dinheiro e panfletos com críticas foram enviados à Coreia do Norte.

No início do mês, ativistas sul-coreanos enviaram balões com 200 mil panfletos anti-Pyongyang, pendrives com músicas de K-pop e doramas (dramas sul-coreanos), além de cédulas de US$ 1 a partir de uma cidade que fica na fronteira dos países.

A BBC ressalta ainda que outro conjunto de balões foi enviado através da fronteira para a Coreia do Sul nesta segunda-feira, com as autoridades alertando as pessoas para tomarem cuidado com a queda de objetos.

Um trio de pescadores salvou 38 cachorros de um possível afogamento em um lago no estado do Mississippi, nos Estados Unidos, no dia 8 de junho. Os cães tinham entrado na água para perseguir um cervo durante uma "fox hunt" (prática em que cães são usados para caçar animais). Os donos dos cães de caça estimam que os animais passaram aproximadamente uma hora nadando e certamente não sobreviveriam sem a ajuda dos pescadores, considerados heróis na mídia local e nacional. As informações são do jornal britânico The Guardian.

Segundo o jornal, os agentes de seguros Bob Gist e Brad Carlisle e o guia de pesca Jordan Chrestman estavam em uma viagem recreativa a Grenada, Mississippi, cerca de 160 quilômetros ao sul de Memphis, para pescar em um lago local. No início do passeio, eles avistaram o que parecia ser uma cabeça balançando na água, contou Bob Gist ao JonesboroRightNow.com, um veículo de comunicação da sua cidade natal em Arkansas.

Logo ficou claro que também havia inúmeras outras cabeças na água - e todas pertenciam a cães de caça. Os donos dos cães observavam horrorizados da costa, a cerca de um quilômetro e meio de distância, quando Gist, Carlisle e Chrestman perceberam que tinham de agir para que os cães tivessem alguma chance de sobreviver. Os cães estavam visivelmente exaustos enquanto se mexiam freneticamente.

De acordo com o JonesboroRightNow.com, Chrestman puxou o barco até cada cachorro enquanto Gist e Carlisle pegavam o máximo de animais que podiam. Eles trouxeram alguns a bordo e os levaram de barco de volta à costa. Depois, segundo a AP, fizeram mais duas viagens semelhantes, resgatando um total de 38 cães. Posteriormente, os caçadores e donos dos cães ofereceram um pagamento ao trio, mas eles recusaram - em vez disso, disseram aos donos dos cães: "quando vocês nos virem em apuros, venham nos ajudar".