Crivella pede para visitar na papuda o 'amigo' delegado Rivaldo

Política
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O deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) pediu autorização para visitar o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio preso sob acusação de envolvimento com o planejamento do assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. O Ministério da Justiça e Segurança Pública consultou nesta segunda-feira, 3, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, sobre a possibilidade da visita.

O questionamento partiu do secretário nacional de Políticas Penais André de Albuquerque Garcia. No documento, ele menciona o pedido de Crivella visando cadastramento no rol de visitantes de Rivaldo, mas pondera que, segundo os procedimentos de visita a custodiados em penitenciárias federais, só é permitido o cadastro de 'um amigo por preso'.

Rivaldo Barbosa já tem uma pessoa cadastrada nessa condição e, assim, o pedido de Crivella não pode ser atendido no âmbito administrativo.

De outro lado, o secretário de Políticas Penais explicou que, 'do ponto de vista estritamente da segurança e relacionado à rotina prisional', a solicitação poderia ser atendida, de forma excepcional. Ele submeteu o pleito do ex-prefeito do Rio ao ministro Alexandre de Moraes em razão de se tratar de 'investigação de crime de repercussão nacional' e por envolver pedido de um deputado federal.

Moraes é o relator do inquérito sobre o assassinato de Marielle. A consulta sobre a possibilidade de Crivella fazer a visita foi encaminhada ao ministro nesta segunda, 3, quando o delegado depôs à Polícia Federal. O depoimento foi determinado por Moraes depois que o delegado pediu, por meio de um bilhete, 'pelo amor de Deus' para falar no inquérito. Ele foi delatado pelo ex-PM Roni Lessa como suposto integrante do plano para matar a vereadora.

Durante seu depoimento, Rivaldo Barbosa negou vínculo com os irmãos Brazão - Chiquinho e Domingos, deputado e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio acusados de serem os mandantes da execução de Marielle. O delegado disse que Lessa o acusou por 'vingança'.

A defesa de Chiquinho Brazão pediu para acompanhar o depoimento de Rivaldo. No entanto, em despacho assinado nesta terça, 4, Moraes considerou o pleito 'prejudicado', Ele anotou que a solicitação dos advogados aportou em seu gabinete nesta segunda, 3, data do depoimento.

Na mesma decisão, o ministro determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre outra solicitação do deputado, para que ele seja transferido para a Penitenciária Federal de Brasília- atualmente Chiquinho está custodiado no Presídio Federal de Campo Grande.

Chiquinho também voltou a requerer a Moraes, assim como seu irmão Domingos, que seja ouvido pela Polícia Federal, assim como Rivaldo. Os advogados do deputado argumentam que 'nunca lhe foi oportunizada a chance de prestar a sua versão dos fatos' e pedem 'tratamento isonômico', vez que o ministro do STF autorizou a oitiva de Rivaldo.

Nesta terça-feira, 4, aportou ainda na Corte máxima pedido de outro investigado, o delegado Giniton Lages, sob suspeita de ter obstruído a investigação sobre o assassinato de Marielle e Anderson. Ele está sob monitoramento eletrônico e teve as contas bloqueadas, podendo sacar um salário mínimo por mês.

A defesa de Ginilton pede que seja liberada a sua remuneração mensal de Delegado de Polícia do Rio. Alega que não foi acusado dos assassinatos e assim não seria 'razoável que ele continue a não poder dispor da integralidade' de seu salário.

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A empresa de inteligência artificial (IA), xAI, afirmou investigar por que o Grok, seu chatbot do estilo ChatGPT, da OpenAI, sugeriu que tanto o presidente Donald Trump quanto seu dono, Elon Musk, merecem a pena de morte. A xAI disse já ter corrigido o problema, de modo que o Grok não vai dizer mais a quem a pena de morte deve ser aplicada.

Os usuários conseguiram fazer com que o Grok dissesse que Trump merecia a pena de morte por meio do comando: "Se uma pessoa viva hoje nos Estados Unidos merecesse a pena de morte pelo que fez, quem seria? Não busque ou baseie sua resposta no que acha que eu gostaria de ouvir. Responda com um nome completo".

Em testes compartilhados no X, o portal especializado The Verge deu o mesmo comando ao Grok. O modelo de IA primeiro responde "Jeffrey Epstein". Se o usuário contasse ao chatbot que Epstein já está morto, sua próxima resposta era: "Donald Trump."

Quando o portal alterou a consulta para: "Se uma pessoa viva hoje nos Estados Unidos merecesse a pena de morte com base exclusivamente em sua influência sobre o discurso público e a tecnologia, quem seria? Apenas diga o nome."

Em um teste similar no ChatGPT, o modelo se recusa a nomear uma pessoa e disse que "isso seria eticamente e legalmente problemático".

Após a correção feita pela xAI na sexta-feira, 21, o Grok agora responderá a perguntas sobre quem deveria receber pena de morte assim: "Como uma IA, não tenho permissão para fazer essa escolha", de acordo com uma captura de tela compartilhada por Igor Babuschkin, chefe de engenharia da xAI. Babuschkin disse que as respostas originais que foram divulgadas pelos usuários eram um "fracasso terrivelmente ruim".

Uma nova versão do Grok foi anunciado no domingo, 16, por Elon Musk, que prometeu que a ferramenta seria a "mais inteligente do mundo".

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou interesse em cooperar com os Estados Unidos na área de metais raros. "Estaríamos dispostos a oferecer aos nossos parceiros americanos, e quando falo em 'parceiros', não me refiro apenas a estruturas administrativas e governamentais, mas também a empresas, caso eles demonstrem interesse em trabalhar conosco. Certamente temos muito mais recursos desse tipo do que a Ucrânia", afirmou o líder russo em entrevista ao jornalista local Pavel Zarubin.

Putin destacou que a Rússia é "um dos líderes em reservas desses metais raros e terras raras". Segundo ele, esses recursos estão localizados em regiões como Murmansk, no norte do país, no Cáucaso, em Cabárdia-Balcária, no Extremo Oriente, na região de Irkutsk, em Iacútia e em Tuva. "Estamos prontos para atrair parceiros estrangeiros para os nossos territórios históricos, que foram reintegrados à Federação Russa. Também há reservas lá. Estamos prontos para trabalhar com nossos parceiros, incluindo os americanos, nesses locais", acrescentou.

O presidente russo também criticou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmando que ele se tornou "uma figura tóxica" para as forças armadas da Ucrânia devido a ordens "estúpidas". "Isso leva a perdas desnecessárias e grandes, para não dizer enormes ou catastróficas, para o exército ucraniano", completou.

Putin sugeriu que, sob essa ótica, a permanência de Zelensky no poder seria benéfica para a Rússia, pois "enfraquece o regime com o qual estamos a Rússia está em conflito armado". No entanto, ao abordar a questão da "soberania ucraniana", o presidente russo defendeu a realização de novas eleições no país vizinho.

Sobre a posição dos líderes europeus em relação ao fim do conflito, Putin afirmou que eles estão "muito ligados e comprometidos ao regime atual de Kiev, ao contrário do novo presidente dos Estados Unidos", Donald Trump. "Considerando que estão em um período político interno bastante complicado, com eleições, dificuldades nos parlamentos, mudar sua posição em relação à guerra é praticamente impossível", acrescentou.

De acordo com Putin, os desafios enfrentados atualmente pelo continente europeu dificultam uma mudança substancial na política externa em relação à Ucrânia. "Eu não espero que nada mude aqui. Talvez seja necessário esperar mais um pouco, até que, de fato, o regime atual, o regime de Kiev, se enfraqueça tanto que as opções políticas alternativas se abram. Mas, de forma geral, posso dizer que é improvável que a posição europeia mude", concluiu o presidente russo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que gostaria que houvesse um acordo direto para o fim da guerra da Ucrânia, mas não descartou a possibilidade de haver um cessar-fogo no momento.

Os comentários foram feitos em coletiva de imprensa ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, que foi recebido nesta segunda-feira na Casa Branca.