Cotado para presidir o PT, Edinho se livra de inquérito da Lava Jato

Política
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O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) decretou nesta segunda-feira, 3, o trancamento do inquérito que tramitava desde 2015 - na esteira da Operação Lava Jato - e envolvia o ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (governo Dilma Rousseff) e atual prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT). A investigação apurava suspeita de prática de corrupção quando Edinho atuou como tesoureiro da campanha à reeleição de Dilma, em 2014.

 

O colegiado manteve decisão do juízo da 1.ª Zona Eleitoral de Brasília que, em fevereiro, reconheceu "excesso de prazo" na condução do inquérito. Os desembargadores do TRE-DF concluíram que a continuidade das investigações passaria a "configurar violação ao direito da personalidade do paciente". Eles advertiram que toda investigação "causa evidente abalo moral, econômico e desprestígio pessoal".

 

"Por entender que uma tramitação de oito anos é desproporcional para com qualquer pessoa é que estou, nesse momento, reconhecendo o constrangimento ilegal", registrou o despacho da Justiça Eleitoral de primeiro grau, agora confirmada pelo TRE-DF.

 

Prefeito de Araraquara em seu segundo mandato, Edinho é próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o favorito do petista para presidir o PT a partir de 2025. Ele também é citado para assumir a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência.

 

UTC

 

O inquérito que envolvia Edinho havia sido aberto em setembro de 2015, a pedido do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e por ordem do Supremo Tribunal Federal. A investigação teve como base a delação do empresário Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC Engenharia.

 

Desde sua abertura, o inquérito tramitou em seis juízos diferentes - sem contar o próprio STF. Após o reconhecimento da competência da Justiça Eleitoral para analisar o caso, transcorreram oito anos. A defesa de Edinho destaca que, desde 2020, nenhuma diligência foi realizada.

 

Ao pedir o trancamento do inquérito que incomodava Edinho desde 2015, sua defesa fez menção ao caso de outro investigado, o deputado Marcos Pereira, ex-ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (governo Michel Temer) - neste episódio, o STF também reconheceu excesso de prazo e arquivou a investigação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um ataque de drone russo em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, feriu 47 pessoas, disseram autoridades ucranianas. Segundo o prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, os drones atingiram 12 locais da cidade na sexta-feira, 2, à noite. Edifícios residenciais, infraestrutura civil e veículos foram danificados no ataque, de acordo com o governador regional de Kharkiv, Oleh Syniehubov.

O ataque provocou um novo apelo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por apoio mais decisivo dos aliados do país. "Enquanto o mundo hesita com decisões, quase todas as noites na Ucrânia se transformam em um pesadelo, custando vidas. A Ucrânia precisa de uma defesa aérea reforçada. Decisões fortes e reais são necessárias de nossos parceiros - os Estados Unidos, a Europa, todos os nossos parceiros que buscam a paz", escreveu Zelensky, em publicação no X neste sábado.

O Ministério Público de Kharkiv disse que as forças russas usaram drones com ogivas termobáricas. Em uma declaração no mensageiro Telegram, o MP afirmou que armas termobáricas criam uma poderosa onda de explosão e uma nuvem quente de fumaça, causando destruição em larga escala. O promotor apontou que seu uso pode indicar uma violação deliberada do direito humanitário internacional.

A Rússia disparou um total de 183 drones explosivos e iscas durante a noite, disse a força aérea da Ucrânia. Desses, 77 foram interceptados e outros 73 perdidos, possivelmente tendo sido bloqueados de forma eletrônica. Moscou também lançou dois mísseis balísticos.

Enquanto isso, o Ministério da Defesa da Rússia disse que suas defesas aéreas derrubaram 170 drones ucranianos durante a noite. O ministério disse que oito mísseis de cruzeiro e três mísseis guiados também foram interceptados.

No sul da Rússia, cinco pessoas, incluindo duas crianças, ficaram feridas em um ataque de drone na cidade portuária de Novorossisk, que dá acesso ao Mar Negro, durante a noite, de acordo com o prefeito Andrey Kravchenko.

Uma mulher morreu na madrugada deste sábado, 03 (horário local), na cidade de Tessalônica, no norte da Grécia, quando uma bomba que carregava explodiu em suas mãos, informou a polícia.

A mulher, de 38 anos, aparentemente levava a bomba para a frente de um banco próximo por volta das 5h da manhã (23h da sexta, 02, no horário de Brasília), disseram os policiais.

Fachadas de lojas e veículos foram danificados pela explosão. Segundo a polícia, a mulher já era conhecida das autoridades por envolvimento em diversos assaltos anteriores e está sendo investigada por possíveis ligações com grupos extremistas de esquerda.

O Exército dos EUA confirmou nesta sexta-feira, 2, que haverá um desfile militar no aniversário do presidente Donald Trump em junho, como parte das comemorações do 250º aniversário do serviço.

Os planos para o desfile, conforme detalhado pela primeira vez pela The Associated Press na quinta-feira, preveem que cerca de 6.600 soldados marchem de Arlington, Virgínia, até o National Mall, juntamente com 150 veículos e 50 helicópteros. Até recentemente, os planos do festival de aniversário do Exército não incluíam um desfile maciço, que, segundo as autoridades, custará dezenas de milhões de dólares.

Trump há muito tempo deseja um desfile militar, e as discussões com o Pentágono sobre sua realização - em conjunto com o aniversário presidencial - começaram há menos de dois meses.

O desfile ocorre no momento em que o republicano e seu Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), dirigido por Elon Musk, cortaram departamentos, pessoal e programas do governo federal para economizar custos.

Na tarde de hoje, as autoridades do Exército comentaram que prosseguirão com o desfile, mas que ainda não há uma estimativa de custo.