Boulos diz que governo Lula falha na comunicação e que conversou sobre o assunto com presidente

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) apontou problemas na comunicação do governo federal como a principal causa da queda na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Boulos, a gestão petista enfrenta dificuldades para comunicar suas realizações e combater notícias falsas nas redes sociais.

 

De acordo com pesquisa Datafolha divulgada em 30 de maio, a aprovação de Lula na capital paulista caiu de 45% em agosto de 2023 para 35% em maio deste ano. No mesmo período, a reprovação subiu de 25% para 34%. Tendências similares são observadas em outras pesquisas de opinião em nível nacional.

 

Apoiado por Lula na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Boulos vê a popularidade do presidente como um trunfo eleitoral. Na eleição geral de 2022, Lula venceu Jair Bolsonaro (PL) na capital paulista com 53,54% dos votos contra 46,46%. Boulos utiliza essa vantagem como argumento em favor de sua candidatura, especialmente pelo fato de que Bolsonaro apoia seu principal adversário, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

 

Em sabatina realizada pela Reag Investimentos e o canal MyNews, Boulos afirmou ter discutido a queda na aprovação de Lula com o presidente. "O governo do presidente Lula tomou uma série de medidas nesse um ano e meio", disse, mencionando o baixo nível de desemprego e o PIB acima das expectativas do mercado como exemplos de realizações do governo.

 

Boulos destacou que a comunicação é um problema reconhecido pelo governo, que está buscando soluções. "Mudou a forma de comunicação em relação ao primeiro governo Lula", comentou, ressaltando a necessidade de tornar a comunicação mais ágil e direta.

 

Ele citou como exemplo a crise no Rio Grande do Sul, para onde o governo federal liberou R$ 51 bilhões em várias medidas de socorro, incluindo R$ 5,1 mil para cada família atingida. No entanto, Boulos culpou a disseminação de notícias falsas que, segundo ele, prejudicam a percepção pública dessas ações. "A fake news tem uma rapidez e uma capacidade de se expressar que impacta na aprovação do governo", avaliou.

 

Boulos afirmou ainda que o governo está implementando medidas para melhorar sua comunicação e capacidade de combater notícias falsas. "O presidente já tomou e está tomando uma série de medidas que acho que vão melhorar muito a capacidade de rebater as fake news", concluiu.

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira, 1, impor sanções a qualquer pessoa que compre petróleo iraniano, um alerta feito após o adiamento das negociações planejadas sobre o programa nuclear de Teerã.

Trump fez a ameaça de sanções secundárias em uma postagem nas redes sociais. "Todas as compras de petróleo iraniano ou produtos petroquímicos devem parar agora!". Ele disse que qualquer país ou pessoa que compre esses produtos do Irã não poderá fazer negócios com os EUA "de nenhuma forma".

Não ficou claro como Trump implementaria tal proibição. Mas sua declaração corre o risco de agravar ainda mais as tensões com a China - principal cliente do Irã - em um momento em que o relacionamento está tenso devido às tarifas do presidente americano.

Com base em dados de rastreamento de petroleiros, a Administração de Informação de Energia dos EUA concluiu em um relatório publicado em outubro que "a China absorveu quase 90% das exportações de petróleo bruto e condensado do Irã em 2023". Trump, separadamente, impôs tarifas de 145% à China dentro de sua guerra comercial ao país.

Negociações adiadas

A ameaça de Trump nas redes sociais ocorreu após Omã anunciar que as negociações nucleares planejadas para o próximo fim de semana haviam sido adiadas.

O ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, fez o anúncio em uma publicação na plataforma social X. "Por razões logísticas, estamos remarcando a reunião EUA-Irã, provisoriamente planejada para sábado, 3 de maio", escreveu ele. "Novas datas serão anunciadas quando mutuamente acordadas."

Al-Busaidi, que mediou as negociações em três rodadas até o momento, não deu mais detalhes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, emitiu um comunicado descrevendo as negociações como "adiadas a pedido do ministro das Relações Exteriores de Omã". Ele disse que o Irã continua comprometido em chegar a "um acordo justo e duradouro".

Acordo nuclear

As negociações entre EUA e Irã buscam limitar o programa nuclear iraniano em troca do relaxamento de algumas das sanções econômicas que Washington impôs a Teerã. As negociações foram lideradas pelo Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, e pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Trump ameaçou repetidamente lançar ataques aéreos contra o programa iraniano se um acordo não for alcançado. Autoridades iranianas alertam cada vez mais que poderiam buscar uma arma nuclear com seu estoque de urânio enriquecido a níveis próximos aos de armas nucleares.

O acordo nuclear do Irã com potências mundiais, firmado em 2015, limitou o programa iraniano. No entanto, Trump retirou-se unilateralmente do acordo em 2018, desencadeando um maior enriquecimento de urânio por parte do Irã./Com Associated Press

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".

Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.