Damares pede que influenciador petista seja incluído no inquérito de milícias digitais

Política
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A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) enviou ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes solicitando a inclusão do influenciador petista Thiago dos Reis no inquérito 4874, conhecido popularmente como "inquérito das milícias digitais".

O pedido feito usa como base reportagem do Estadão, que revelou nesta terça-feira, 11, que Reis consegue audiência com vídeos que misturam desinformação e agressividade contra adversários políticos, e que beneficiam o governo Lula. Filiado ao PT, o youtuber de 36 anos pauta as bolhas digitais e acumula, sozinho, mais de 1 bilhão de visualizações no YouTube desde 2017. Procurado, Reis negou receber dinheiro ou informações do governo. Ele afirmou que seu canal defende a democracia, ao contrário do "gabinete do ódio" bolsonarista.

"A gênese do inquérito nº 4.874/DF é, justamente, o combate à desinformação. No contexto ora denunciado, a matéria jornalística aponta que o referido influenciador digital é alimentado por fontes do governo e suas publicações já alcançaram mais de 1 bilhão de acessos. A matéria jornalística citada indica que o cidadão ora denunciado age nos mesmos moldes daquele aparato que, no passado recente, a própria imprensa denominou 'gabinete do ódio', instalado no Palácio do Planalto", cita Marco Vinicius Pereira de Carvalho, advogado da parlamentar.

Com 1,5 milhão de inscritos no seu canal principal, Thiago dos Reis é uma das principais vozes em defesa do governo Lula nas redes sociais e tem a família Bolsonaro como um dos alvos preferenciais. Apesar de frequentemente divulgar informações falsas ou descontextualizadas, o influenciador é recomendado por petistas que o classificam como relevante na "luta democrática".

"Chama atenção o fato de inúmeras notícias no sentido de que o Palácio do Planalto vem amealhando influenciadores para propagarem notícias favoráveis ao governo e, nesse sentido, o denunciado é visto como um dos principais influenciadores digitais a serviço do governo, no entanto, suas publicações são recheadas de ódio, ataques e desinformação em desfavor de adversários políticos da esquerda", afirmou Carvalho em outro trecho do documento enviado ao ministro Moraes.

Aberto ainda durante o governo de Jair Bolsonaro, em 2021, o inquérito das milícias digitais apura ainda existência de grupo criminoso, forte nas redes sociais, que se articula contra adversários com intenção antidemocrática.

"Por certo, vossa excelência, ao manter o presente inquérito ativo, pretende atuar no combate a todo tipo de conduta eivada de desinformação nas redes sociais e, de forma imparcial, deve apurar a situação descrita na matéria jornalística indicada e inibir qualquer tipo de desinformação, que fere as liberdades democráticas ao induzirem o público a formarem opiniões, positivas ou negativas, muitas vezes, sob a influência de falsas premissas conscientemente propagadas, como rotineiramente ocorre com o denunciado", afirmou o advogado.

Nesta segunda-feira, 10, o Estadão mostrou que o Palácio do Planalto despacha com 'gabinete da ousadia' do PT para pautar redes e influenciadores governistas.

Como o Estadão revelou, há publicações de Reis em seu canal do youtube chamado Plantão Brasil, com distorções, invenções, títulos falsos ou descontextualizados. Entre os conteúdos populares, há títulos como "Foto de Michelle (Bolsonaro) beijando outro homem causa alvoroço", "Acabou pra ele - Anunciada a morte de Bolsonaro", "Micheque abandona Bolsonaro! Quase saíram no tapa ontem".

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Em comunicado conjunto divulgado após reunião nesta sexta-feira, 14, os ministros das Relações Exteriores do G7 destacaram que o grupo "não está tentando prejudicar a China ou frustrar seu crescimento econômico". O bloco afirmou que "uma China crescente, que jogue de acordo com as regras e normas internacionais, seria de interesse global". No entanto, o G7 expressou preocupação com as "políticas e práticas não comerciais da China", que estão levando a "capacidade excessiva prejudicial e distorções de mercado".

O grupo também pediu que a China "se abstenha de adotar medidas de controle de exportação que possam levar a interrupções significativas nas cadeias de suprimentos".

Coreia do Norte

Além das críticas à China, o G7 voltou sua atenção para a Coreia do Norte, exigindo que o país "abandone todas as suas armas nucleares e quaisquer outras armas de destruição em massa, bem como programas de mísseis balísticos, de acordo com todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU".

O grupo também expressou "sérias preocupações" com os roubos de criptomoedas realizados pelo regime norte-coreano e pediu a resolução imediata do problema dos sequestros de cidadãos estrangeiros.

América Latina

Em relação à América Latina, o G7 reiterou seu "apelo pela restauração da democracia na Venezuela", alinhado com as "aspirações do povo venezuelano que votou pacificamente por mudanças".

O grupo condenou a "repressão e detenções arbitrárias ou injustas de manifestantes pacíficos, incluindo jovens, pelo regime de Nicolás Maduro", e exigiu a "libertação incondicional e imediata de todos os presos políticos".

O comunicado também destacou que as ações de navios venezuelanos que ameaçam embarcações comerciais da Guiana são "inaceitáveis" e uma "violação dos direitos soberanos internacionalmente reconhecidos da Guiana".

Questionado sobre a possibilidade da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter sido "retirada da mesa", o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, confirmou a informação e afirmou que as relações com a Rússia devem ser normalizadas após o fim da guerra na Ucrânia. No entanto, ele destacou a necessidade de manter a pressão sobre Moscou.

"É normal que, se a guerra parar de alguma forma, tanto para a Europa quanto para os EUA, gradualmente se restaurarem relações normais com a Rússia. Mas ainda não chegamos lá, precisamos manter a pressão sobre eles", disse Rutte em entrevista à Bloomberg, enfatizando a importância de garantir que Moscou leve a sério as negociações para um cessar-fogo.

Rutte também afirmou que seria "difícil" para a Otan se envolver diretamente em um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mas destacou que a organização poderia "oferecer conselhos" às partes envolvidas nas conversas.

Ele se declarou "cautelosamente otimista" de que a paz possa ser alcançada ainda neste ano.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um apelo à comunidade internacional, especialmente aos Estados Unidos, para pressionar a Rússia e forçar o fim da guerra. "Vladimir Putin não terminará a guerra por conta própria, mas o poder dos Estados Unidos é suficiente para forçá-lo a fazer isso", afirmou Zelensky em comunicado, destacando que "são necessárias medidas fortes" para que o conflito chegue ao fim.

O líder ucraniano ressaltou que a pressão internacional "deve ser direcionada sobre a Rússia", a única parte que não quer a paz. "Somente ações decisivas podem pôr fim a essa guerra", disse ele, alertando que a Rússia não tem interesse em cessar-fogo e só busca prolongar o conflito.

Zelensky também fez um apelo aos Estados Unidos, pedindo que o país tome "medidas fortes" para ajudar a alcançar a paz. "Faço um apelo firme a todos que têm influência sobre a Rússia, especialmente os Estados Unidos, para tomarem medidas fortes que possam ajudar", afirmou.

Ele se mostrou confiante na capacidade dos Estados Unidos em exercer uma pressão eficaz sobre o Kremlin, enfatizando que a Ucrânia está "pronta para agir de forma rápida e construtiva" para avançar nas negociações.

O presidente ucraniano afirmou que o país está "perto do primeiro passo para a paz, um cessar-fogo", destacando que a proposta dos Estados Unidos de um cessar-fogo incondicional é um avanço importante. "A parte americana propôs iniciar com um cessar-fogo incondicional. Depois, durante o período de silêncio, poderíamos preparar um plano de paz confiável", disse.

Zelensky ainda criticou a postura de Putin, dizendo que ele "não pode sair desta guerra porque ficaria sem nada". "Putin faz tudo o que pode para sabotar a diplomacia", destacou, apontando que o líder russo tenta "envolver todos em discussões intermináveis" e impõe condições "inaceitáveis" para garantir que a guerra continue. Segundo o presidente ucraniano, "Putin não quer cessar-fogo" e sua única estratégia tem sido "bloquear qualquer diplomacia".