Ricardo Nunes ouve crítica por escolha de ex-Rota como vice em primeiro evento após anúncio

Política
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O prefeito Ricardo Nunes (MDB) ouviu críticas pela escolha do coronel da reserva Ricardo de Mello Araújo (PL) como seu vice na campanha de reeleição à Prefeitura de São Paulo. As críticas surgiram na manhã deste sábado, 22, um dia após a confirmação do militar na chapa do emedebista.

Durante evento de inauguração de um campo de futebol, o líder comunitário Guilherme Corrêa repreendeu a indicação do coronel Mello Araújo ao posto de vice. "Nós que somos favela não aceitamos mais armas na comunidade. A gente quer livros, Bíblia, pessoas com o olhar social. Favela é tudo menos arma. Favela não tem vagabundo", afirmou.

A declaração de Corrêa foi feita no palco montado para o evento da Prefeitura. Nunes acompanhou as críticas ao lado do líder comunitário, que publicou um vídeo sorrindo ao lado do prefeito após o evento. O caso ocorreu na primeira agenda pública de Nunes após o anúncio do vice e foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo.

Ex-comandante da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Mello Araújo foi indicado ao posto de vice de Nunes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Inicialmente, o entorno do prefeito demonstrou resistência ao nome do ex-Rota, mas acabou cedendo diante do risco de perder o apoio de Bolsonaro, especialmente com a entrada do coach Pablo Marçal (PRTB) na disputa.

Bolsonarista, Mello Araújo ecoa o discurso do ex-presidente com ataques ao Judiciário e defesa da pauta conservadora de costumes. Ele foi diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) durante o governo Bolsonaro.

A ideia da campanha de Nunes é destacar a gestão de Mello Araújo na Ceagesp, o apresentando como um técnico, e não um político, e o envolvendo na formulação do plano de governo na área de segurança pública. Embora a segurança pública seja responsabilidade do governo estadual, ela tem se mostrado uma prioridade para os eleitores paulistanos nas pesquisas eleitorais mais recentes.

A gestão de Mello Araújo na Ceagesp foi marcada pela militarização da empresa pública e por confrontos com o Sindicato dos Empregados em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo (Sindbast). O ex-comandante da Rota preencheu a maioria dos cargos comissionados com policiais militares aposentados e instalou um clube de tiro na sede da companhia, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital.

Mello Araújo tentou expulsar o Sindbast da Ceagesp, mas foi impedido pela Justiça. A direção da entidade acusa o coronel de invadir o sindicato com seguranças armados após a decisão judicial. Em nota divulgada na época, o Sindbast afirmou que os funcionários e diretores da entidade foram intimidados pelos homens armados que acompanhavam Mello Araújo.

Em 2017, o então comandante da Rota, Mello Araújo, fez uma declaração polêmica em entrevista ao portal UOL. Na ocasião, ele afirmou que os PMs que atuam na região nobre e na periferia de São Paulo adotam formas diferentes de abordagem. À época, o Comando Geral da Polícia Militar defendeu o então tenente-coronel, afirmando que a declaração foi retirada de contexto.

Em outra categoria

A cratera "Voragine" do vulcão Etna, o mais ativo da Europa, voltou a entrar em erupção na última terça-feira, 2. As novas explosões foram vigorosas, com fragmentos incandescentes irrompendo com força do topo do vulcão, que fica na Sicília, no sul da Itália, e tem aproximadamente três mil metros de altitude. As informações são do jornal italiano La Repubblica.

O vulcão exibiu uma cascata de lava com magma no interior da "Bocca Nuova", com um brilho que chegou a iluminar o rosto e os olhos de quem observava, afirma o jornal.

Considerado patrimônio mundial da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) desde 2013, o Etna não apresenta perigos, pois a sua lava desce em direção a uma área desabitada há anos. No entanto, o guia vulcanológico Francesco Ciancitto disse ao La Repubblica que observações podem ser arriscadas se não forem acompanhadas por um especialista, devido às imprevisibilidades do vulcão.

Centenas de milhares de residências na Jamaica estão sem energia elétrica, depois que o furacão Beryl passou pela costa sul da ilha na noite de quarta-feira. A tempestade de categoria quatro - uma das mais poderosas que já atingiu o país - trouxe mais de 12 horas de chuva forte, causando preocupações com inundações repentinas, segundo informações da BBC.A costa sul da Jamaica, na tarde de quarta-feira, derrubou a energia elétrica e arrancou telhados de casas.

O primeiro-ministro Andrew Holness disse que a Jamaica não tinha visto o "pior do que poderia acontecer". "Podemos fazer o máximo que pudermos, o que for humanamente possível, e deixamos o resto nas mãos de Deus", disse Holness.

Várias estradas no interior da Jamaica foram afetados por árvores caídas e postes de serviços públicos, enquanto algumas comunidades na seção norte ficaram sem eletricidade, de acordo com o Serviço de Informações do governo.

A JPS, provedor de energia na Jamaica, informou que 65% - ou cerca de 400.000 de seus clientes - estavam sem energia na manhã de quinta-feira, segundo a BBC.

Venezuela, Caribe, México

Classificado como um furacão de categoria 4, Beryl já causou pelo menos sete mortes e danos significativos no sudeste do Caribe e na Venezuela.

Na última segunda-feira, 1º, ventos de 148 quilômetros por hora atingiram as ilhas Granadinas e Carriacou, em Granada. De acordo com o New York Times, cerca de 98% dos edifícios nas ilhas, onde vivem cerca de 6 mil pessoas, foram danificados ou destruídos, incluindo a principal unidade de saúde de Carriacou, o Hospital Princess Royal, bem como seu aeroporto e marinas. Houve devastação nas colheitas, queda de árvores e destruição de postes de energia. As ilhas ficaram sem luz até a noite da última terça-feira, 2.

O Beryl deve atingir o México nesta quinta-feira, 4, após passar próximo ou sobre as Ilhas Cayman. Na Península de Iucatã, as autoridades fecharam escolas e prepararam centenas de abrigos. Soldados e técnicos foram mobilizados para garantir a segurança das linhas de energia./ Com informações de agências internacionais

A divisão de computação em nuvem da Amazon construirá um serviço ultrassecreto para o governo da Austrália, a fim de melhorar a capacidade desse importante aliado de compartilhar e analisar informações e impulsionar a resiliência de suas comunicações no setor de defesa.

A Austrália informou que investirá ao menos 2 bilhões de dólares australianos, ou US$ 1,3 bilhão, ao longo da próxima década para estabelecer e operar o serviço. O acordo envolve uma parceria estratégica entre o Australian Signals Directorate (ASD), o serviço de inteligência encarregado da cibersegurança, e a Amazon Web Services.

O serviço em nuvem secreto "proverá um espaço colaborativo de último tipo para nossa comunidade de inteligência e defesa para armazenar e acessar dados ultrassecretos", afirmou Rachel Noble, diretora-geral do serviço de inteligência do país. O modelo apoiará uma maior colaboração com os Estados Unidos e auxiliará operações militares australianas, enquanto incorpora novas tecnologias, como inteligência artificial e aprendizado de máquina, disse o governo.

Órgãos do país têm sido alvos de vários ataques cibernéticos importantes nos últimos anos, entre eles um em 2019 contra o Parlamento. Os EUA já apontaram a China como maior ameaça nessa frente, mas Pequim tem negado envolvimento em episódios do tipo.

Em outubro, a Microsoft informou que investiria 5 bilhões de dólares australianos nos próximos dois anos na Austrália, para expandir seus serviços de computação em nuvem e a infraestrutura de IA, enquanto também manteria uma parceria com o serviço de inteligência do país.