Férias de Datena adiam 'Dia D' para definir candidatura a prefeito de São Paulo

Política
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O apresentador José Luiz Datena (PSDB) sairá de férias de seu programa na Band até domingo, 30, para dar início à pré-campanha a prefeito de São Paulo. A decisão foi encarada como uma tentativa de adiar a definição se o jornalista finalmente terá o nome na urna após quatro desistências em eleições anteriores. Tucanos e o próprio Datena garantem que desta vez ele irá até o fim.

 

A legislação eleitoral proíbe que as emissoras transmitam programas apresentados ou comentados por pré-candidatos a partir do dia 30 de junho. Contudo, as férias de Datena tiram o foco desta data e transferem as atenções para a convenção partidária que será realizada entre os dias 20 de julho e 5 de agosto, onde uma eventual candidatura será oficializada.

 

Outro ponto é se Datena retornará à apresentação após o fim do descanso. Em 2018, ele cumpriu o prazo e parou de apresentar o programa, mas voltou ao ar de forma repentina dias depois e sepultou sua pré-candidatura ao Senado.

 

Inicialmente, aliados disseram que o jornalista sairia do ar já nesta quinta-feira, 27, para descansar. No entanto, isso não ocorreu e ele apresenta normalmente o programa na Band. Apesar disso, a decisão de tirar férias não mudou e ele cumprirá o prazo do dia 30 de junho exigido pela legislação eleitoral.

 

Após as férias, o apresentador planeja tirar três meses de licença não remunerada para fazer a campanha eleitoral, conforme revelado pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmado pelo Estadão.

 

"Essa pesquisa só aumentou minha vontade de ser prefeito de São Paulo. Ficou claro que a cidade procura uma alternativa. Eu quero ser prefeito para tirar o crime organizado da prefeitura e dos serviços públicos", disse Datena nesta quinta-feira, ao comentar o resultado da pesquisa Quaest que o coloca em terceiro lugar, mas empatado tecnicamente com Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL).

 

De acordo com o levantamento, Nunes tem 22% das intenções de voto, Boulos 21% e Datena, 17%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A Quaest realizou entrevistas presenciais com 1.002 eleitores paulistanos entre os dias 22 e 25 de junho e o índice de confiabilidade é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-08653/2024.

 

Datena era filiado ao PSB e cotado para ser vice de Tabata Amaral (PSB). Em abril, a deputada articulou a ida do apresentador para o PSDB na tentativa de selar o apoio do partido, que indicaria o jornalista como companheiro de chapa dela.

 

O cenário, contudo, não se concretizou porque os tucanos decidiram lançar candidatura própria e fizeram o convite a Datena, que aceitou ser pré-candidato.

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O ministro federal da Informação do Paquistão, Attaullah Tarar, afirmou nesta quarta-feira (horário local), 7, que o país retaliou os recentes ataques da Índia e que três jatos e um drone indiano foram abatidos.

"A Índia realizou ataques covardes contra civis inocentes e mesquitas no Paquistão, desafiando a honra e o orgulho dessa nação. Agora, estejam preparados. Esta nação responsabilizará o inimigo por cada gota de sangue de seus mártires. As Forças Armadas estão dando uma resposta esmagadora, exatamente de acordo com os sentimentos do povo. A nação inteira está unida em orações e solidariedade aos nossos bravos oficiais e soldados", escreveu Tarar na rede X.

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, condenou os ataques aéreos da Índia e disse o país "tem todo o direito de dar uma resposta firme" ao "ato de guerra imposto pela Índia".

*Com informações da Associated Press

A Índia anunciou nesta terça-feira, 6, o lançamento de mísseis contra nove alvos no Paquistão e na região da Caxemira após dias de tensões entre os dois países. As autoridades paquistanesas informaram que duas pessoas ficaram feridas e uma criança morreu.

O ataque escala as tensões entre os países vizinhos, que possuem armas nucleares.

As autoridades indianas informaram que os ataques foram direcionados contra "infraestruturas terroristas", em resposta ao ataque no território da Caxemira controlado pela Índia, que deixou 26 turistas hindus mortos no mês passado. O Paquistão prometeu retaliar.

A Índia culpa o Paquistão por apoiar grupos separatistas da Caxemira, uma região que é ocupada por Índia, Paquistão e China. Islamabad nega apoiar esses grupos.

Segundo o Ministério da Defesa da Índia, o ataque não teve nenhuma instalação militar do Paquistão como alvo. "Nossas ações foram focadas, comedidas e de natureza não escalonada", diz um comunicado. "A Índia demonstrou considerável contenção na seleção de alvos e no método de execução."

Os mísseis atingiram locais na Caxemira paquistanesa e na província de Punjab, no leste do país, de acordo com três autoridades de segurança paquistanesas. Um deles atingiu uma mesquita na cidade de Bahawalpur, em Punjab, e matou uma criança, além de deixar dois feridos.

Entenda as tensões atuais

No dia 22 de abril, um grupo armado atacou turistas na cidade de Pahalgam, na parte indiana da região, matando 25 indianos e 1 nepalês. O Paquistão negou envolvimento com o ataque, reivindicado por um grupo terrorista islâmico pouco conhecido chamado Frente de Resistência - que tinha hindus como alvo. A Índia acusa Islamabad de armar e abrigar o grupo. O Ministério da Defesa do Paquistão sugeriu que o ataque foi uma "operação de false flag".

No dia seguinte ao atentado, Nova Délhi expulsou diplomatas, suspendeu vistos e fechou fronteiras terrestres com o Paquistão. Islamabad respondeu suspendendo acordos bilaterais, fechando fronteira e espaço aéreo a companhias indianas, e impondo sanções comerciais.

Desde 24 de abril há registros de trocas diárias de tiros na Caxemira e ambos os exércitos estão em alerta máximo. Apesar dos arsenais nucleares, a tendência é que nenhum lado acione armas atômicas a menos que esteja encurralado. Mas mesmo confrontos convencionais poderiam ser devastadores.

Nos últimos dias, a Índia também suspendeu o Tratado das Águas do Indo, assinado em 1960, que garante o acesso do Paquistão ao rio Indo, responsável por 90% de sua irrigação. Em resposta, Islamabad afirmou que se a Índia reduzir a quantidade de água que lhe é atribuída, isso seria considerado um ato de guerra. (COM INFORMAÇÕES DA AP)

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou ter tido uma "conversa muito construtiva" com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após um encontro na Casa Branca nesta terça-feira, 6. Segundo Carney, o diálogo marcou o "começo do fim de um processo de redefinição da relação Canadá-EUA". O dirigente seguiu categórico ao rejeitar qualquer possibilidade de anexação do país ao vizinho.

"Canadá não está e nunca estará à venda", reiterou em entrevista coletiva, repetindo declaração anterior, em resposta a comentários de Trump sobre o país, eventualmente, se tornar o "51º estado americano". O premiê disse ter sido "muito claro" com o americano quanto à sua posição: "Fui muito claro com Trump que negociações serão feitas como dois países soberanos", afirmou. "É preciso separar o desejo da realidade. Pedi que ele parasse de falar sobre o Canadá se tornar o 51º estado dos EUA. É neste ponto que começa uma discussão séria", completou.

Ao comentar as tensões comerciais entre os dois países, Carney avaliou que "estabelecemos uma boa base hoje" para o avanço das conversas, mas reconheceu que "não tivemos decisões sobre tarifas". Ele ressaltou a complexidade do tema: "A discussão tarifária com os EUA é muito complexa. Estamos abordando uma grande quantidade de questões, por isso o progresso não será necessariamente evidente durante as negociações, mesmo que estejamos progredindo".

Ainda assim, o primeiro-ministro demonstrou otimismo. "Queremos seguir adiante com negociações comerciais com os americanos" e "veremos quanto tempo vai levar até os EUA tirarem as tarifas sobre o Canadá". Carney adiantou que ele e Trump concordaram em manter novas rodadas de diálogo nas próximas semanas, inclusive durante o encontro do G7.

Ao fim da reunião, o premiê destacou que "a postura de Trump e o quão concretas foram as discussões me fazem me sentir melhor". Apesar disso, reconheceu que "ainda temos muito trabalho pela frente e estamos totalmente empenhados". Por fim, assegurou ao republicano que "nossas medidas contra a entrada de fentanil nos EUA estão funcionando".