'Tem que perguntar pra quem ficou com as joias', diz Michelle sobre indiciamento de Bolsonaro

Política
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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro evitou, neste sábado, 6, comentar o indiciamento pela Polícia Federal de seu marido, Jair Bolsonaro (PL), e outros 11 aliados no caso das joias sauditas. Ao ser questionada pelo Estadão após o fim da CPAC Brasil, respondeu: "Que joias? Você tem que perguntar para quem ficou com as joias. Eu não sei de nada", disse ela.

O ex-presidente também foi questionado e preferiu desconversar: "Indiciamento da PF? Eu falo ao vivo com a TV Globo", respondeu Bolsonaro. Ele discursou duas vezes ao longo do dia, mas evitou o assunto, dizendo apenas que a imprensa não iria desgastá-lo. Nas falas, ex-chefe do Executivo se limitou a dizer que está disponível para uma sabatina de duas horas na televisão para responder sobre qualquer assunto. No segundo pronunciamento afirmou que, apesar de ser alvo da PF, "não vai recuar".

A PF indiciou Bolsonaro na quinta-feira, 4, pelos supostos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso das joias sauditas. O relatório foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que agora pedirá à Procuradoria-Geral da República (PGR) para se manifestar sobre as conclusões da PF. Caberá à PGR decidir se apresenta uma denúncia contra Bolsonaro e outros 11 aliados também indiciados.

Segundo o relatório policial, o ex-presidente e seus correligionários "atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente para posteriormente serem vendidos no exterior".

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Opositores venezuelanos que estão refugiados na embaixada da Argentina em Caracas denunciaram neste sábado, 23, que policiais venezuelanos cercaram a embaixada e bloquearam o acesso a rua onde está a representação consular. A embaixada está sob custódia do Brasil, apesar do governo do ditador Nicolás Maduro ter revogado a custódia, sem indicar um país substituto.

Em uma publicação na plataforma X, o opositor Pedro Urruchurtu, coordenador de relações internacionais do partido Vente Venezuela, denunciou o cerco.

Além de Urruchurtu, Magalli Meda, o ex-deputado Omar González, Claudia Macero, Humberto Villalobos, e o ex-ministro Fernando Martínez Mottola, estão na embaixada argentina. Não se sabe porque Maduro iniciou um novo cerco a embaixada.

O diplomata e ex-candidato presidencial venezuelano Edmundo González Urrutia também se manifestou e condenou o cerco a embaixada.

Protestos

O novo cerco a embaixada ocorre no mesmo dia que a líder da oposição da Venezuela, María Corina Machada, convocou um protesto para o dia 1 de dezembro contra o regime do ditador Maduro.

"O tempo acabou para o regime", insistiu Machado em uma reunião com ativistas internacionais. "Sua única opção é aceitar os termos de uma negociação conosco". (Com AP)

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado, 23, Brooke Rollins, sua ex-assessora política, para liderar o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em seu segundo mandato, a partir de janeiro.

"Brooke tem um compromisso incomparável com o apoio ao agricultor americano, a defesa da autossuficiência alimentar dos Estados Unidos e a restauração das pequenas cidades americanas dependentes da agricultura", disse ele em comunicado divulgado no X (antigo Twitter).

Segundo fontes, a escolha foi uma decisão de última hora e surpreendente, já que Rollins não estava entre os candidatos com experiência mais aprofundada no setor agrícola esperados para o cargo.

A vice-presidente das Filipinas, Sara Duterte, afirmou neste sábado, 23, que contratou um assassino de aluguel para matar o presidente Ferdinand Marcos Jr, sua esposa e o presidente da Câmara dos Representantes se ela própria for morta, em uma ameaça pública que ela alertou que não era uma piada.

O secretário executivo Lucas Bersamin encaminhou a "ameaça ativa" contra o presidente Ferdinand Marcos Jr. para uma força de guardas presidenciais de elite "para ação adequada imediata". Não ficou claro quais ações seriam tomadas contra a vice-presidente.

O Comando de Segurança Presidencial imediatamente reforçou a segurança do atual mandatário e disse que considerava a ameaça da vice-presidente uma questão de segurança nacional.

O órgão de segurança disse que estava "coordenando com agências de segurança pública para detectar, dissuadir e defender contra toda e qualquer ameaça ao presidente".

Briga

O atual presidente concorreu com Sara Duterte como sua companheira de chapa nas eleições presidenciais de maio de 2022 e ambos venceram com vitórias esmagadoras em uma campanha de unidade nacional.

Os dois líderes, no entanto, rapidamente tiveram desavenças sobre diferenças importantes, incluindo em relação a como lidar com a China no disputado Mar da China.

Críticas

Sara Duterte se tornou uma crítica da atual gestão, acusando o presidente de corrupção, incompetência e perseguição política.

As ameaças contra a vida do presidente ocorreram após a chefe de gabinete da vice, Zuleika Lopez, ser presa ao dificultar um inquérito sobre o uso indevido do orçamento de Sara Duterte.

Em uma entrevista coletiva, Sara Duterte acusou o atual mandatário de incompetência como presidente e de ser um mentiroso. Ela também sinalizou que existe um plano para matá-la.

"Conversei com uma pessoa. Eu disse 'se eu for morta, você matará o presidente, a primeira-dama e o presidente da Câmara dos Deputados. Não é brincadeira'". A vice afirmou que o assassino de aluguel prometeu que mataria os políticos mesmo caso ela morresse.

Em meio às divisões políticas, o chefe do Exército das Filipinas, Romeo Brawner, emitiu uma declaração com a garantia de que as Forças Armadas das Filipinas, com 160 mil membros, permaneceriam apartidárias "com o máximo respeito por nossas instituições democráticas e autoridade civil".

"Pedimos calma", disse Brawner. "Reiteramos nossa necessidade de permanecermos unidos contra aqueles que tentarão quebrar nossos laços como filipinos."(Com AP)