Pablo Marçal diz que União Brasil quer sua 'alma' para apoiá-lo na eleição a prefeito de SP

Política
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Pablo Marçal, pré-candidato a prefeito de São Paulo do PRTB, disse nesta quarta-feira, 10, que o União Brasil, partido presidido pelo vereador Milton Leite na capital paulista, está "cobrando caro" para apoiá-lo na eleição. "O que eles estão me pedindo é caro pra mim. É a minha alma e eu não quero entregar isso", disse o influenciador durante sabatina promovida pelo site UOL e pelo jornal Folha de S.Paulo.

 

Ele indicou que quer crescer nas pesquisas de intenção de voto para fortalecer sua posição na negociação. Marçal disse ainda que seu candidato a presidente da República em 2026 é o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas que pode apoiar Ronaldo Caiado (União-GO) caso receba o apoio do União e o ex-chefe do Executivo não consiga reverter sua inelegibilidade.

 

"O União provavelmente vai andar com a gente. Só não selou ainda porque está caro demais o pedido deles", declarou Marçal.

 

À Coluna do Estadão na semana passada, Milton Leite disse que a relação com o atual prefeito "está uma m...." por causa da falta de espaço na Prefeitura e que a sigla está "a meio caminho do desembarque". No final de semana, o vereador disse ao Estadão que não conversou e não conhece Marçal, assim como as propostas dele. O União Brasil foi procurado, mas ainda não respondeu se quer comentar as declarações do influenciador.

 

De acordo com a última pesquisa Datafolha, publicada em 5 de julho, Marçal tem 10% das intenções de voto. Ricardo Nunes (MDB), com 24%, e Guilherme Boulos, com 23%, lideram a disputa. O apresentador José Luiz Datena (PSDB) tem 11% e Tabata Amaral (PSB), 7%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

 

Mesmo sem o apoio de Jair Bolsonaro (PL), que se aliou a Nunes, Marçal compareceu aos dois dias da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC Brasil), em Balneário Camboriú (SC), no final de semana - ele não foi convidado pela organização da conferência e disse ter pago o ingresso como os demais espectadores.

 

O influenciador afirmou que continua amigo do ex-presidente e que estava no evento porque era conservador. Normalmente, ele diz que não é nem de esquerda nem de direita, mas sim "governalista", termo cunhado por ele próprio que significa que a pessoa deve cuidar dela primeiro antes dos outros.

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".