Profissionais de Inteligência criticam o termo 'Abin paralela' por destruir a imagem do órgão

Política
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A União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) publicou uma nota nesta quinta-feira, 11, criticando a nomenclatura "Abin paralela", utilizada para se referir à investigação da Polícia Federal (PF). De acordo com a associação, a vinculação do nome da entidade ao termo "paralelo" é algo errôneo, pois os fatos mostram que os responsáveis são "pessoas externas às carreiras de Inteligência".

A Intelis diz lamentar a reincidência cíclica de ocorrências que mancham a imagem da Inteligência Estatal a partir de ações de agentes de fora da corporação, os quais depois de saírem de seus cargos "deixam os ônus de suas ações para os servidores orgânicos". A corporação afirma esperar que os responsáveis paguem pelos desvios.

"As crises se sucederão e atores externos seguirão destruindo a imagem e as capacidades do imprescindível serviço de Inteligência republicano do Brasil", diz o texto.

A estrutura revelada pela Operação Última Milha ficou conhecida como "Abin paralela" por ser uma investigação sobre como parte da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência, durante o governo de Jair Bolsonaro, foi utilizada para monitorar ilegalmente autoridade públicas e produzir notícias falsas.

Em uma nova fase iniciada nesta quinta-feira, 11, a PF cumpriu 5 mandatos de prisão preventiva. A ação tem como alvo o ex-chefe do órgão e atual deputado federal Alexandre Ramagem, além de influenciadores ligados ao gabinete do ódio.

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".