Lula sobre atentado contra Trump: Como sou defensor da democracia, acho que temos que condenar

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se manifestar em relação ao atentado contra Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e candidato do Partido Republicano à eleição deste ano.

Em declaração a jornalistas no Palácio do Itamaraty, nesta segunda-feira, 15, Lula afirmou ser "defensor da democracia" e que condena o atentado.

"A gente não pode ter dúvida de condenar qualquer manifestação antidemocrática, seja pela direita, seja pela esquerda", declarou. "Ninguém tem o direito de atirar numa pessoa porque não concorda com ela."

Questionado se o atentado fortalece a extrema-direita, Lula disse que o ocorrido "empobrece a democracia".

"Não sei se vai fortalecer alguém. Isso empobrece a democracia", disse. "Ao invés de a gente ficar analisando se alguém ganha com isso, o que nós temos que ter certeza é que a democracia perde."

Lula continuou: "Os valores do diálogo, os valores do argumento, os valores de sentar em uma mesa da forma mais diplomática para encontrar soluções para os problemas vão pelo ralo".

Na sequência, Lula disse novamente que condena o atentado.

"Se tudo vai se encontrar na base da bordoada, na base da violência, na base do murro, na base do tiro, na base da faca, para onde é que vai a democracia? E como eu sou um defensor da democracia, eu acho que nós temos que condenar", afirmou.

O presidente brasileiro já havia dito na rede social X, no sábado, 13, que "o atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado".

A postagem foi ao ar no mesmo dia em que Trump saiu ferido na orelha após um tiro em um comício na Pensilvânia. O candidato republicado foi retirado às pressas do evento.

A declaração de Lula ocorreu pouco antes de receber o presidente da Itália, Sergio Matarella, em um almoço com autoridades no Itamaraty.

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O Departamento de Estado americano disse que o embaixador da África do Sul nos Estados Unidos, Ebrahim Rasool, - que foi declarado "persona non grata" na semana passada - tem até sexta-feira, 21, para deixar o país.

Depois que o secretário de Estado, Marco Rubio, determinou que o embaixador não era mais bem-vindo nos EUA e publicou sua decisão na rede social X, os funcionários da embaixada sul-africana foram convocados ao Departamento de Estado e receberam uma nota diplomática formal explicando a decisão, disse a porta-voz do departamento, Tammy Bruce.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da África do Sul, Chrispin Phiri, afirmou em uma entrevista nesta segunda, 17, que Rasool ainda estava nos EUA, mas que sairia o mais rápido possível.

O porta-voz-chefe do Pentágono, Sean Parnell, disse nesta segunda-feira, 17, que os Estados Unidos usarão uma "força letal avassaladora" até que seu objetivos sejam atingidos no Iêmen.

"Esse é um ponto muito importante, pois também não se trata de uma ofensiva sem fim. Não se trata de mudança de regime no Oriente Médio. Trata-se de colocar os interesses americanos em primeiro lugar", declarou Parnell em coletiva de imprensa.

Segundo ele, o Pentágono está perseguindo um conjunto muito mais amplo de alvos no Iêmen do que durante o governo do ex-presidente Joe Biden e que os Houthis podem impedir mais ataques dos EUA dizendo apenas que interromperão seus atos.

Durante o fim de semana, os EUA lançaram ataques aéreos contra os Houthis no Iêmen, matando pelo menos 53 pessoas, enquanto o presidente norte-americano, Donald Trump, advertiu que "o inferno cairá" se o grupo continuar atacando os navios do Mar Vermelho.

O presidente da China, Xi Jinping, visitará Washington "em um futuro não tão distante", segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O republicano, no entanto, não especificou os temas que estarão na pauta do encontro bilateral, que ocorre em meio à escalada da guerra comercial entre as duas potências, marcada pela imposição de tarifas, além de tensões geopolíticas.

Durante visita ao Kennedy Center, em Washington, Trump também informou que conversará na terça-feira, 18, de manhã com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

O líder norte-americano expressou preocupação com o conflito entre Rússia e Ucrânia, classificando a situação como "não boa na Rússia e nem na Ucrânia".

O republicano defendeu um acordo para encerrar a guerra, que se arrasta desde a invasão russa em fevereiro de 2022. "Queremos cessar-fogo e acordo da paz na Ucrânia", afirmou, sem apresentar detalhes sobre possíveis propostas ou condições em negociação entre Washington, Moscou e Kiev.

Na área econômica, Trump celebrou a arrecadação gerada pelas tarifas comerciais já em vigor. "Já estamos arrecadando bastante dinheiro com tarifas", declarou.

O presidente dos EUA ainda destacou que o dia 2 de abril, data de início da imposição das tarifas recíprocas às importações nos EUA, representa "a liberação do nosso país".