Convenção do União Brasil mantém indecisão no apoio a Nunes; definição será da executiva

Política
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A convenção partidária do União Brasil de São Paulo realizada na manhã deste sábado, 20, transferiu para a executiva municipal da sigla a competência de decidir se haverá coligação majoritária com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) ou com o influenciador Pablo Marçal (PRTB), ou mesmo se a legenda lançará candidatura própria à prefeitura da capital paulista.

"Delegou-se poder à comissão executiva municipal acerca dos destinos de qual candidatura a prefeito estaremos deliberando na próxima semana, se Deus quiser, ou o quanto antes possível", afirmou o presidente do União Brasil, vereador Milton Leite.

O presidente da legenda, que também preside a Câmara Municipal de São Paulo, voltou a repetir que a relação com o prefeito Ricardo Nunes "melhorou muito", mas que ainda está em discussão "pequenos pontos" que serão dirimidos.

Leite chegou a fazer um ultimato para que o atual prefeito ajustasse a articulação política com o União Brasil tendo em vista a aliança para a reeleição. Em entrevista à Coluna do Estadão, o vereador disse que a relação com Nunes estava "uma m..." e que ele tinha dez dias para firmar a parceria com o partido.

Na última sexta-feira, 19, Nunes e o vereador voltaram a se reunir e Leite disse que a relação melhorou em "90%". Ainda assim, o apoio não está garantido. No evento deste sábado, o vereador reforçou que se a aliança for fechada com Nunes, o partido exigirá "um governo de coalizão nos moldes europeus", em que o União Brasil tenha peso na governança.

A cédula de votação distribuída durante a convenção perguntou aos filiados se eles desejavam delegar à comissão executiva do diretório municipal de São Paulo a decisão de apoiar candidatos a prefeito de outros partidos. Já era esperado que a definição da candidatura ou da coligação fosse transferida para a executiva.

A votação ainda definiu a lista de vereadores que vão concorrer neste ano e delegou à executiva municipal a competência de preencher as vagas remanescentes. Leite não foi oficializado como candidato a vereador. O presidente da Câmara Municipal disse que a situação em torno da sua candidatura se "acalmou um pouco", mas que "ficou em aberto o cargo majoritário" - ou seja, há a possibilidade de ele próprio ser o candidato do União Brasil a prefeito em vez de a sigla apoiar algum outro nome.

Como mostrado pelo Estadão, uma ala do partido já vinha ameaçando lançar Leite para o cargo, diante do impasse para formar a coligação majoritária. O vereador, procurado pela reportagem, disse que não iria comentar o assunto.

O apoio do União Brasil na capital pode significar até um minuto a mais de programa eleitoral gratuito. Além disso, o presidente da sigla e seus aliados têm capilaridade eleitoral nas periferias da cidade.

Esses fatores empoderaram ainda mais Milton Leite, que está no quarto mandato consecutivo como presidente da Câmara Municipal de São Paulo. Durante a convenção de hoje, ele buscou destacar essa relevância, "O União Brasil sai muito fortalecido. Nós sabemos que na urna, no dia da eleição, nós significamos 8% de votos contra ou a favor de quem nós somarmos. Isso decide a eleição em São Paulo".

O apoio da sigla é cobiçado tanto pelo atual prefeito quanto por Pablo Marçal, que, embora tenha atingido a casa dos 10% de intenção de votos nas pesquisas eleitorais mais recentes, conta com uma estrutura partidária pequena.

Durante sabatina realizada pelo jornal Folha de S.Paulo em parceria com o UOL, Marçal disse que o partido de Milton Leite está "cobrando caro" para apoiá-lo na eleição. "O que eles estão me pedindo é caro pra mim. É a minha alma e eu não quero entregar isso", disse o influenciador

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