Boulos diz que Nunes o chamou de vagabundo para 'agradar padrinho Bolsonaro'

Política
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Oficializado o candidato do PSOL na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, reagiu às falas do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), feitas nesta segunda-feira, 22, durante convenção do PL que confirmou a indicação do coronel Ricardo Mello Araújo como vice na chapa do emedebista.

"Na tentativa de agradar seu padrinho Bolsonaro, Nunes volta a me atacar pessoalmente com mentiras e fake news", diz o parlamentar, e chama atitude de seu principal adversário de "desequilíbrio incompatível com o cargo de prefeito da maior cidade do País."

A reação de Boulos surge depois do pré-candidato do MDB subir o tom e se referir ao político apoiado por Lula de "invasor", "vagabundo" e "sem-vergonha". "Quero agradecer a cada um dos senhores por dar esse voto de confiança para que a gente possa dar continuidade ao trabalho e vencer esse invasor, esse vagabundo, desse sem-vergonha", disse Nunes, sem citar Boulos nominalmente, mas referindo-se a ele.

A campanha do deputado federal seguirá, segundo ele, "denunciando as suspeitas de corrupção que envolvem a gestão Nunes", e ressalta que a capital paulista "não pode ficar refém do bolsonarismo."

O evento do PL, realizado na Câmara Municipal, não contou com nomes importantes do partido, como o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), principal defensor de que ele fosse o escolhido para a chapa. Também não compareceram o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto e nem o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas - do Republicanos, mas apoiador de Nunes.

O MDB ainda precisa aceitar, oficialmente, a indicação de Mello Araújo em sua própria convenção, que deve ocorrer no dia 3 de agosto.

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O Partido Liberal, que governa o Canadá, anunciará o próximo primeiro-ministro do país no dia 9 de março, após uma votação, disseram líderes da agremiação na quinta-feira, 9 de janeiro. O atual primeiro-ministro, Justin Trudeau, que pediu renúncia, permanecerá no cargo até a decisão.

Os principais candidatos são o ex-banqueiro central Mark Carney e a ex-ministra da Fazenda Chrystia Freeland, cuja renúncia abrupta no mês passado forçou a saída de Trudeau.

O próximo líder poderá ser o primeiro-ministro com o mandato mais curto da história do país, já que os três partidos de oposição prometeram derrubar o governo minoritário dos liberais assim que o Parlamento retomar as atividades, no dia 24 de março. Fonte: Associated Press.

Militantes da oposição e do governo mediram forças nesta quinta, 9, nas ruas de Caracas, na véspera da posse do ditador Nicolás Maduro para um terceiro mandato de seis anos. Enquanto os chavistas puderam circular pela capital, os opositores foram alvo de bloqueios.

No principal ato, a líder opositora, María Corina Machado, reapareceu em público após 5 meses para discursar sobre um caminhão em Chacao, região nobre de Caracas. Ao deixar o comício, opositores afirmam que ela foi interceptada "violentamente" e cercada por cerca de 15 motocicletas. Após alguns disparos, cuja direção foi esclarecida, ela teria sido derrubada da moto e levada à força.

Não ficou claro quem teria detido María Corina, embora o lugar estivesse lotado de policiais. Ainda conforme os opositores, durante a breve detenção, ela foi forçada a gravar vídeos. Fotos divulgadas pela oposição mostram ela de capacete na garupa de uma moto, sendo filmada por um agente com um colete onde se lê "divisão motorizada".

A própria María Corina tentou esclarecer o episódio em um vídeo em que aparece encapuzada, com a mesma roupa que usava sobre a moto. Ela fala baixo e garante estar bem : "Estou segura. Hoje, saímos para uma manifestação maravilhosa, me perseguiram. Deixei cair minha carteira, a carteirinha azul onde tinha meus pertences. Caiu na rua e estou viva e salva. A Venezuela será livre", afirmou.

Precedente

O ex-candidato González Urrutia também protestou contra a detenção de María Corina - ela foi impedida de disputar a eleição contra Maduro em julho de 2024. "Como presidente eleito, exijo a liberação imediata de María Corina. Às forças de segurança que a sequestraram, digo: não brinquem com fogo", disse o ex-diplomata, considerado pelos EUA como presidente eleito, que prometeu voltar a Caracas para assumir o cargo.

Durante a semana, dezenas de detenções foram denunciadas na Venezuela. Na quarta-feira, a ditadura anunciou a captura de dois americanos. No mesmo dia, uma coalizão de oposição relatou a detenção de Enrique Márquez, candidato nanico nas eleições de julho.

O regime negou relato de detenção da opositora. "Uma invenção, uma mentira", disse o ministro do Interior e Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello, o número 2 do chavismo. As ruas de Caracas amanheceram ontem tomadas por forças de segurança fortemente armadas. Dezenas de policiais e de agentes de inteligência foram mobilizados em pontos de concentração da oposição, onde o chavismo também instalou palcos com música alta.

A posse de Maduro reúne hoje uma camarilha de aliados internacionais, em uma festa para cerca de 2 mil convidados. Alguns presidentes não irão, mas devem enviar diplomatas, como Brasil, Colômbia e México.

Outros países sequer enviaram representantes, como o Chile. Ontem, o presidente chileno, Gabriel Boric, pediu a volta da democracia no país. "Sou de esquerda, mas digo: o governo de Maduro é uma ditadura. Temos de fazer todos os esforços para restaurar a lei e a democracia na Venezuela." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O parlamento do Líbano votou nesta quinta-feira, 9, para eleger o comandante do exército Joseph Aoun como chefe de estado, preenchendo um vácuo presidencial de mais de dois anos.

A votação ocorreu semanas depois que um tênue acordo de cessar-fogo interrompeu um conflito de 14 meses entre Israel e o grupo militante libanês Hezbollah, e em um momento em que os líderes do Líbano buscam assistência internacional para reconstrução.

Aoun, sem parentesco com o ex-presidente Michel Aoun, era amplamente visto como o candidato preferido dos Estados Unidos e da Arábia Saudita. A sessão foi a 13ª tentativa da legislatura de eleger um sucessor para Michel Aoun, cujo mandato terminou em outubro de 2022.