Gleisi diz que privatização da Sabesp é 'maior negociata dos últimos tempos'

Política
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Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) criticou nesta quarta-feira, 24, a privatização da Sabesp. Segundo ela, a empresa foi vendida a toque de caixa e abaixo do que realmente vale. O governo de São Paulo concluiu nesta terça, 23, a desestatização da companhia de saneamento em uma cerimônia na B3.

"A venda da Sabesp, realizada a toque de caixa pelo bolsonarista Tarcísio Freitas, é a maior negociata dos últimos tempos", escreveu a petista no X (ex-Twitter). "A maior empresa de saneamento do País foi vendida sem concorrência, por um preço muito menor do que ela vale, abaixo até da cotação em Bolsa, e um acionista com apenas 15% do capital vai comandar o negócio", acrescentou.

O chefe do Executivo paulista, Tarcísio de Freitas, durante entrevista coletiva na B3, defendeu o modelo de venda da Sabesp, em que o investidor de referência, a Equatorial Energia, pagou R$ 67 por ação. Ele argumenta que a companhia, que será a acionista de referência, precisará fazer investimentos pesados para cumprir a universalização do saneamento básico até 2029.

Gleisi disse que o contrato de privatização não prevê qualquer obrigação contratual em relação à expansão do acesso à água e a esgoto e nem melhorar o serviço. "Países e grandes cidades do mundo inteiro estão reestatizando empresas de saneamento, vendidas na onda liberal do século passado, porque água não é negócio particular, é serviço público", afirma a deputada na publicação. "Não existe mesmo bolsonarista moderado: nem na política nem na sede de vender o estado", conclui.

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Bombardeiros B-2 de longo alcance dos Estados Unidos atacaram bunkers usados por rebeldes houthis no Iêmen nesta quinta-feira, 17. A extensão dos danos causados pela ofensiva não foi revelada.

Foi a primeira vez que tais aeronaves foram empregadas no combate ao grupo rebelde, que há meses ataca navios no Mar Vermelho, em meio à guerra de Israel contra o Hamas, na Faixa de Gaza.

O canal de notícias via satélite dos houthis relatou ataques aéreos ao redor da capital do Iêmen, Sanaa, que o grupo controla desde 2014. O reduto de Saada também foi alvo dos bombardeiros B-2.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse que "cinco locais de armazenamento subterrâneo de armas" foram atingidos. "Esta foi uma demonstração única da capacidade dos Estados Unidos de alvejar instalações que nossos adversários buscam manter fora de alcance, não importa quão profundamente enterradas, reforçadas ou fortificadas", afirmou Austin. Fonte: Associated Press.

O magnata da tecnologia Elon Musk, que é a pessoa mais rica do mundo, investiu mais de US$ 70 milhões (o equivalente a R$ 400 milhões) na campanha do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e de outros republicanos, tornando-se um dos maiores doadores das eleições americanas, de acordo com informações de financiamento divulgadas nesta semana.

Desde o meio do ano, Musk fez uma doação para o America PAC, um super comitê de ação política que ele lançou em maio para ajudar Trump na disputa pela Casa Branca. Rapidamente, o bilionário se tornou um ator central no esforço eleitoral de Trump.

"O America PAC está apenas buscando o senso comum e valores centristas", disse Musk, que é o fundador da Space X e da Tesla, na última terça-feira em sua rede social X, logo após a quantia de dinheiro que ele contribuiu ser tornada pública em um registro de financiamento de campanha.

Super comitês como o America PAC de Musk podem arrecadar e gastar quantias ilimitadas de dinheiro, mas são normalmente proibidos de coordenar seus esforços com os candidatos que apoiam. Uma decisão recente da Comissão Eleitoral Federal, que regula campanhas políticas federais, permitiu que candidatos e esses grupos de grandes gastos trabalhem juntos em chamadas operações de "campo", que são os exércitos de pessoas enviados para bater de porta em porta e ajudar a mobilizar os eleitores.

Embora os candidatos e partidos políticos tradicionalmente organizem e paguem por tais esforços, a campanha de Trump tem lutado para arrecadar dinheiro este ano e recorreu a alguns grupos externos para realizar o trabalho, com o America PAC de Musk sendo o principal deles.

Mas, ao fazer isso, a campanha terceirizou uma função central para um grupo de organizações inexperientes que operam de forma independente. A decisão do governador da Flórida, Ron DeSantis, de contar com um grupo externo para fazer a campanha de porta em porta é apontada como uma das razões para o fracasso de sua candidatura presidencial.

Até agora, o America PAC gastou mais de US$ 38 milhões (R$ 215 milhões) em esforços de campanha de porta a porta, de acordo com divulgações de financiamento de campanha.

Grande parte do dinheiro do America PAC foi pago a um punhado de empresas de consultoria, incluindo várias ligadas a Phil Cox, ex-assessor de campanha presidencial de Ron DeSantis e ex-diretor executivo da Associação de Governadores Republicanos. Empresas sob o guarda-chuva das diversas companhias de Cox já receberam pelo menos US$ 21 milhões (R$ 119 milhões) desde agosto, mostram os registros.

O fato de Trump terceirizar grande parte de seus esforços para mobilizar eleitores não é a única estratégia não convencional que sua campanha adotou este ano. Sua campanha e aliados também abandonaram a abordagem tradicional de conquistar eleitores independentes ou moderados. Em vez disso, estão tentando impulsionar a participação de apoiadores de Trump que raramente votam, uma abordagem nova, mas arriscada.

Os Estados Unidos e um grupo de dez países planejam estabelecer uma equipe de monitoramento de sanções multilaterais para acompanhar e relatar violações e evasões das medidas de sanções estipuladas contra a Coreia do Norte.

"Estamos alinhados em nosso compromisso de manter a paz e a segurança internacionais e de salvaguardar o regime global de não proliferação, além de enfrentar a ameaça decorrente dos programas de armas de destruição em massa e mísseis balísticos da República Popular Democrática da Coreia, que violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU", diz um comunicado conjunto divulgado nesta quarta-feira, 16.

O texto foi elaborado em conjunto com a Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, República da Coreia e Reino Unido.

A intenção de estabelecer uma equipe de monitoramento ocorre à luz do veto que dissolveu o painel de peritos do Comitê 1718 do Conselho de Segurança da ONU este ano, segundo o comunicado.