Kataguiri abandona candidatura para apoiar Nunes: 'Fui sabotado pelo meu partido'

Política
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O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) anunciou nesta quinta-feira, 1º, que desistiu de concorrer à Prefeitura de São Paulo. O parlamentar criticou a falta de aval do União Brasil e declarou seu apoio ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). "Fui sabotado pelo meu partido".

"Antes que digam que eu desisti, não desisti de disputar as eleições para a Prefeitura da cidade de São Paulo. Fui desistido e sabotado pelo meu partido, e é justamente por isso que não disputarei as eleições", disse.

O comunicado foi feito durante uma coletiva de imprensa realizada na sede do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo ao qual o parlamentar pertence, na zona oeste da capital paulista.

Kim se autodeclarava pré-candidato, mesmo sem o apoio do seu partido, o União Brasil. A expectativa é que a sigla oficialize o apoio à campanha de Nunes (MDB) nos próximos dias.

O parlamentar, um dos líderes do MBL, apareceu com 3% de intenção de voto na pesquisa mais recente da Genial/Quaest, divulgada na última terça-feira, 30. Segundo o levantamento do instituto, Nunes tem 20% das intenções de voto, seguido pelo apresentador José Luiz Datena (PSDB) e pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que aparecem com 19% cada. Os três estão empatados tecnicamente, considerando a margem de erro do levantamento, que é de 3,1 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Como mostrou a Coluna do Estadão, o União Brasil demorou a confirmar a aliança com Nunes por causa da insatisfação com a escolha do ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e coronel da reserva da Polícia Militar (PM) Ricardo de Mello Araújo para a vice. Milton Leite, presidente da Câmara Municipal (União-SP), também postulava a posição.

O presidente da Câmara de São Paulo aceitou a escolha, num acordo que envolve um revezamento com o PL no comando do Legislativo municipal em 2025, mas afirmou que o histórico na Rota poderia ser um problema para a campanha entrar em algumas regiões da cidade.

No final de julho, Nunes e o vereador voltaram a se reunir, e Leite afirmou que a relação entre eles melhorou em "90%". O apoio do União Brasil na capital pode significar até um minuto a mais de programa eleitoral gratuito. Além disso, o presidente da sigla e seus aliados têm capilaridade eleitoral nas periferias da cidade.

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou na manhã deste sábado que o presidente da Rússia, Valdimir Putin, terá, "mais cedo ou mais tarde" que se sentar à mesa para iniciar "negociações sérias" de paz.

Segundo o premiê britânico, Putin está tentando adiar um acordo de cessar-fogo de 30 dias, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky "mostrou mais uma vez e sem qualquer dúvida que a Ucrânia é a parte interessada na paz".

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa neste sábado, quando 26 líderes internacionais se reúnem no Reino Unido a fim de apoiar uma eventual trégua entre a Ucrânia e a Rússia.

"O grupo que eu convoquei hoje é mais importante do que nunca. Ele reúne parceiros de toda a Europa, bem como da Austrália e da Nova Zelândia e continua apertando as restrições sobre a economia da Rússia para enfraquecer a máquina de guerra de Putin e trazê-lo à mesa de negociações. E concordamos em acelerar nosso trabalho prático para apoiar um potencial acordou", afirmou o premiê.

Starmer disse ainda que o grupo entrará "em uma fase operacional" e que militares dos respectivos países se reunirão na próxima quinta-feira, 20, no Reino Unido "para colocar em prática planos fortes e robustos, para apoiar um acordo policial e garantir a segurança futura da Ucrânia".

Segundo o premiê, "o apetite da Rússia pelo conflito e pelo caos mina a segurança do Reino Unido", o que encarece o custo de vida, inclusive os custos de energia. "Então isso importa muito para o Reino Unido. É por isso que agora é a hora de se engajar em discussões sobre um mecanismo para gerenciar e monitorar falsas bandeiras", afirmou.

Na quinta-feira, Putin havia dito que concorda com a proposta de cessar-fogo, mas pontuou que o acordo deve levar a uma paz duradoura e eliminar as "causas raízes do conflito".

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou há pouco que o exército russo está acumulando tropas ao longo da fronteira leste do país. Isso, segundo ele, "indica que Moscou pretende continuar ignorando a diplomacia" e tem a intenção de atacar a região de Sumy.

"Está claro que a Rússia está prolongando a guerra. Estamos prontos para fornecer aos nossos parceiros todas as informações reais sobre a situação no front, na região de Kursk e ao longo de nossa fronteira", disse Zelensky, em publicação na rede social X.

A publicação também afirma que a situação na direção da cidade de Pokrovsk foi estabilizada, e que as tropas ucranianas continuam retendo agrupamentos russos e norte-coreanos na região de Kursk.

Segundo Zelensky, o programa de mísseis da Ucrânia teve "resultados tangíveis", com o míssil longo Neptune testado e usado "com sucesso" em combate.

O presidente também disse que o Ministério de Defesa da Ucrânia apresentou um relatório sobre novos pacotes de apoio de outros países. "Sou grato a todos os parceiros que estão ajudando", acrescenta.

O Hamas disse neste sábado que só libertará um refém americano-israelense e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade, que morreram em cativeiro, se Israel implementar o atual acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A organização chamou a proposta de um "acordo excepcional" destinado a colocar a trégua de volta nos trilhos.

Um alto oficial do Hamas disse que as conversas há muito adiadas sobre a segunda fase do cessar-fogo precisariam começar no dia da liberação de reféns e não ultrapassar uma duração de 50 dias. Israel também precisaria parar de barrar a entrada de ajuda humanitária e se retirar de um corredor estratégico ao longo da fronteira de Gaza com o Egito.

O refém americano-israelense Edan Alexander, 21 anos, cresceu em Nova Jersey, nos EUA, e foi raptado da sua base militar durante o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra. Ele é o último cidadão americano vivo detido em Gaza.

O Hamas também exige a liberação de mais prisioneiros palestinos em troca dos reféns, disse o oficial, que falou sob condição de anonimato.

Não houve comentários imediatos de Israel, onde os escritórios do governo estavam fechados para o Sabbath (descanso) semanal. O escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas na sexta-feira de "manipulação e guerra psicológica" quando a oferta foi inicialmente feita, antes de o Hamas detalhar as condições.