Ramagem diz confiar nas urnas eletrônicas depois de afirmar que houve fraude em 2018

Política
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O deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ), disse que confia no processo eleitoral e na segurança das urnas eletrônicas nesta quarta-feira, 7. A declaração ocorreu após a Polícia Federal (PF) encontrar registros de trocas de mensagens em que o parlamentar dizia ter certeza de que houve fraude nas eleições de 2018.

Candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, Ramagem é investigado por supostos monitoramentos ilegais pela Abin de desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Todas as vezes que fiz comentários públicos sobre as urnas foi no sentido de aprimorar nosso sistema eleitoral. Nosso sistema eleitoral é válido, eu estou concorrendo, inclusive", afirmou, em sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo e o portal UOL.

As investigações da PF mostram documentos com táticas para explorar as "vulnerabilidades" das urnas politicamente. "Por tudo que tenho pesquisado, mantenho total certeza de que houve fraude nas eleições de 2018, com a vitória de Bolsonaro no primeiro turno. Todavia, ocorrida na alteração de votos", consta no arquivo.

O candidato afirmou que as declarações eram anotações pessoais e que nunca foram enviadas a ninguém. "Não fui contrário ao resultado do pleito de 2022, nunca expressei dessa forma. A gente não pode deixar de ter opinião e evoluir os nossos sistemas sempre. É um equívoco taxar as pessoas de não poderem fazer críticas", disse, na sabatina.

Ramagem negou ter determinado o monitoramento de desafetos políticos, magistrados e jornalistas quando esteve à frente da Abin. "Não sou acusado de nada, não há delito nenhum imputado a mim, inclusive eles (PF) estão se desdobrando para saber o crime que eu cometi. O crime que está tendo (sic) é de vazamento da Polícia Federal", afirmou.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta sexta-feira, 14, que a Rússia deve aceitar a proposta feita pelos EUA, e já aprovada pela Ucrânia, de um cessar-fogo de 30 dias.

"A agressão russa na Ucrânia deve acabar. Os abusos devem acabar. As declarações dilatórias também", escreveu Macron na rede social X.

O presidente francês afirmou que conversou hoje com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após o progresso alcançado na reunião entre os EUA e a Ucrânia em Jeddah, na Arábia Saudita, na terça-feira.

"Amanhã, continuaremos trabalhando para fortalecer o apoio à Ucrânia e por uma paz forte e duradoura", acrescentou Macron.

Em comunicado conjunto divulgado após reunião nesta sexta-feira, 14, os ministros das Relações Exteriores do G7 destacaram que o grupo "não está tentando prejudicar a China ou frustrar seu crescimento econômico". O bloco afirmou que "uma China crescente, que jogue de acordo com as regras e normas internacionais, seria de interesse global". No entanto, o G7 expressou preocupação com as "políticas e práticas não comerciais da China", que estão levando a "capacidade excessiva prejudicial e distorções de mercado".

O grupo também pediu que a China "se abstenha de adotar medidas de controle de exportação que possam levar a interrupções significativas nas cadeias de suprimentos".

Coreia do Norte

Além das críticas à China, o G7 voltou sua atenção para a Coreia do Norte, exigindo que o país "abandone todas as suas armas nucleares e quaisquer outras armas de destruição em massa, bem como programas de mísseis balísticos, de acordo com todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU".

O grupo também expressou "sérias preocupações" com os roubos de criptomoedas realizados pelo regime norte-coreano e pediu a resolução imediata do problema dos sequestros de cidadãos estrangeiros.

América Latina

Em relação à América Latina, o G7 reiterou seu "apelo pela restauração da democracia na Venezuela", alinhado com as "aspirações do povo venezuelano que votou pacificamente por mudanças".

O grupo condenou a "repressão e detenções arbitrárias ou injustas de manifestantes pacíficos, incluindo jovens, pelo regime de Nicolás Maduro", e exigiu a "libertação incondicional e imediata de todos os presos políticos".

O comunicado também destacou que as ações de navios venezuelanos que ameaçam embarcações comerciais da Guiana são "inaceitáveis" e uma "violação dos direitos soberanos internacionalmente reconhecidos da Guiana".

Questionado sobre a possibilidade da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter sido "retirada da mesa", o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, confirmou a informação e afirmou que as relações com a Rússia devem ser normalizadas após o fim da guerra na Ucrânia. No entanto, ele destacou a necessidade de manter a pressão sobre Moscou.

"É normal que, se a guerra parar de alguma forma, tanto para a Europa quanto para os EUA, gradualmente se restaurarem relações normais com a Rússia. Mas ainda não chegamos lá, precisamos manter a pressão sobre eles", disse Rutte em entrevista à Bloomberg, enfatizando a importância de garantir que Moscou leve a sério as negociações para um cessar-fogo.

Rutte também afirmou que seria "difícil" para a Otan se envolver diretamente em um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mas destacou que a organização poderia "oferecer conselhos" às partes envolvidas nas conversas.

Ele se declarou "cautelosamente otimista" de que a paz possa ser alcançada ainda neste ano.