Debate na Band: Marçal, Boulos e Tabata ganham evidência nas redes, diz FGV

Política
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Estudo da FGV Comunicação Rio obtido com exclusividade pelo Estadão revela que o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) concentrou a repercussão das maiores polêmicas do primeiro debate dos candidatos à Prefeitura de São Paulo. Autor de ataques que envolvem expressões como "comedor de açúcar" e "para-choque de comunista", o empresário protagonizou os principais embates da noite, especialmente com Tabata Amaral (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL).

"Temas abordados durante o debate, como mobilidade urbana, educação e violência urbana tiveram baixa repercussão nas redes. A troca de acusações entre candidatos foi o principal motor do engajamento digital, tanto na repercussão entre apoiadores quanto na produção de vídeos e conteúdos publicados nas redes dos candidatos", diz o relatório.

O relatório da FGV Comunicação Rio analisou publicações no X, Facebook, Instagram, TikTok e YouTube referentes à noite do debate televisivo da Band e à manhã seguinte. De acordo com o estudo, apesar de contar com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e liderar a corrida eleitoral na pesquisa Datafolha, empatado tecnicamente com Boulos, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, teve uma presença discreta nas redes, mesmo entre os apoiadores da direita.

Os candidatos fizeram 238 postagens, gerando 5,1 milhões de interações. Destas, 85% ocorreram no Instagram. Marçal foi o candidato com o maior volume e engajamento em todas as redes, com 91 posts no período analisado, seguido por Boulos (61) e Tabata Amaral (49). Datena e Nunes tiveram um desempenho modesto em todas as plataformas.

"Em relação ao conteúdo, há uma diferença relevante na abordagem entre os candidatos: enquanto Tabata e Boulos usam a rede para confirmar e provar acusações contra Marçal, o candidato do PRTB investe em uma intensa produção de cortes com propaganda negativa contra adversários a partir de controvérsias geradas no próprio debate, sem acionar o elemento de prova das acusações e apostando em reforçar a imagem de que teria 'vencido' os adversários", afirma o relatório.

As trocas de acusações entre os candidatos durante o debate também ganharam destaque nas redes, evidenciando a conexão entre a performance dos candidatos e suas estratégias digitais, diz o estudo.

Nesse contexto, a fala de Marçal chamando Boulos de "comedor de açúcar" teve grande repercussão entre seus apoiadores. Associações entre Boulos, Datena e o presidente Lula (PT) também foram amplamente compartilhadas pelos apoiadores de Marçal. Por outro lado, os seguidores de Boulos divulgaram uma sentença em que Marçal foi condenado por furto qualificado e intensificaram críticas à gestão de Nunes, com foco em suspeitas de irregularidades em licitações da Prefeitura de São Paulo.

Apesar da diversidade de candidatos, no X o debate se dividiu em dois grupos, de acordo com o relatório. O campo conservador, em azul (veja a foto abaixo), mobilizou 50,5% das interações e 46,3% dos perfis, enquanto o campo progressista, em laranja, somou 41,4% da interações e 40,8% dos perfis:

Direita fragmentada nas redes

Apesar de contar com o apoio de Jair Bolsonaro e liderar a disputa pela prefeitura de São Paulo, empatado com Boulos no último Datafolha, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, teve uma atuação discreta nas redes, mesmo entre os apoiadores da direita. "Perfis de grande relevância na defesa do ex-presidente, em diferentes redes, se uniram na repercussão positiva das falas de Marçal, especialmente motivados pela linguagem ácida e acusatória contra os adversários. Essa tendência já vinha sendo observada ao longo da pré-campanha, mas se intensificou durante o debate, abrindo uma indefinição em relação ao engajamento em torno da candidatura de Nunes", afirma o relatório.

Boulos, por outro lado, parece conseguir aglutinar o campo progressista, mostra a análise de publicações do Facebook. Além de compartilhar pesquisas de intenção de voto que mostram a força do candidato nas urnas, a campanha e os apoiadores de Boulos apelam a uma retórica mais bem-humorada, a partir de montagens iconográficas, e combativa, destacando principalmente os embates com Marçal.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, destacou a necessidade de aumentar os investimentos em defesa na Europa, em meio às ameaças russas e ao conflito na Ucrânia. Em pronunciamento, Macron afirmou que a segurança europeia está diretamente ameaçada pela guerra na Ucrânia, que se transformou em um "conflito global".

"A Rússia segue aumentando seu orçamento de armamento para a guerra, e a Europa precisa conseguir se defender sozinha, sem ajuda dos EUA", declarou. Ele ressaltou que a paz no continente só será possível com o fortalecimento da capacidade militar europeia. "Precisamos tomar decisões agora para a segurança da Ucrânia e da UE", afirmou.

Macron mencionou que a França dobrou seus gastos militares nos últimos dez anos e que está trabalhando para aumentar os investimentos em defesa na Europa. "Faremos uma reunião com chefes de defesa europeus em Paris na semana que vem", anunciou, reforçando a importância de uma estratégia conjunta. O líder francês também abordou a "dissuasão nuclear", afirmando que as armas nucleares são um pilar de proteção para a França. Ele ainda sugeriu um debate sobre a extensão do "guarda-chuva nuclear" francês a outros parceiros europeus. No entanto, ele deixou claro que a decisão final sobre o assunto caberá exclusivamente ao presidente da França.

Ele destacou que a guerra na Ucrânia não será decidida pela Rússia ou pelos EUA, mas sim por um esforço coletivo. "Precisamos de um acordo que garanta paz duradoura na Ucrânia", disse, acrescentando que "a paz não pode ser conquistada se abandonarmos a Ucrânia".

O francês ainda criticou as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, alertando para os impactos negativos que elas podem ter não apenas na Europa, mas em todo o mundo. "As tarifas de Trump vão impactar a economia americana e a economia europeia", disse, acrescentando que é preciso convencer o republicano de que essas medidas não são positivas.

A Suprema Corte dos Estados Unidos, de maioria conservadora, manteve nesta quarta-feira, 5, o bloqueio à ordem do presidente Donald Trump que congelava US$ 2 bilhões (R$ 11,6 bilhões) em pagamentos a organizações de ajuda internacional.

Dividida, a Suprema Corte formou a estreita maioria de 5-4 para manter a decisão da instância inferior, exigindo que o governo faça os pagamentos devidos. O resultado é uma derrota para o governo, que buscava repreender o juiz distrital Amir Ali por suspender o corte de gastos de Donald Trump.

Apesar da maioria conservadora na Corte, essa foi a segunda vez que o governo tentou, sem sucesso, persuadir o Supremo a intervir imediatamente contra um juiz de instância inferior em disputas legais envolvendo ações de Trump na Casa Branca.

A maioria dos juízes observou que o governo não contestou a ordem inicial de Ali, apenas o prazo imposto - que, de qualquer forma, já havia expirado na semana passada.

A votação dividiu a ala conservadora da Corte, composta por seis do total de nove juízes. O presidente do Supremo, John Roberts, e a juíza Amy Coney Barrett, indicada pelo próprio Donald Trump, votaram com os três progressistas para manter a ajuda internacional.

Na divergência, Samuel Alito questionou a autoridade de Amir Ali para ordenar a liberação dos recursos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e do Departamento de Estado.

"Um único juiz de distrito, que provavelmente não tem jurisdição, tem o poder de forçar o governo dos Estados Unidos a pagar (e provavelmente perder para sempre) US$ 2 bilhões dos contribuintes?", questionou.

"A resposta a essa pergunta deveria ser um sonoro 'Não', mas a maioria deste tribunal aparentemente pensa o contrário. Estou pasmo", disse Alito. Ele foi acompanhado na dissidência pelos conservadores Clarence Thomas, Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh.

O governo argumentou que a situação mudou porque substituiu o congelamento total decretado por Donald Trump por ordens individuais, resultando no cancelamento de 5,8 mil contratos da USAID e 4,1 mil concessões do Departamento de Estado, que totalizavam quase US$ 60 bilhões.

Na decisão, contudo, a Suprema Corte manteve a suspensão temporária de Amir Ali e instruiu o juiz a detalhar quais as obrigações devem ser cumpridas pelo governo. Na quinta-feira, Ali realizará uma audiência para decidir se mantém de forma mais duradoura o bloqueio ao decreto de Trump.

Entenda o caso

Logo após voltar à Casa Branca, Donald Trump ordenou o congelamento das contribuições da USAID e do Departamento de Estado a organizações de ajuda internacional. O decreto classificava os programas como desperdício de dinheiro e alegava que estariam desalinhados com os objetivos da política externa.

A ordem foi questionado na Justiça em ação que alertava contra a suspensão do financiamento de programas emergenciais em outros países.

O juiz Amir Ali, nomeado por Joe Biden, determinou no mês passado que o financiamento fosse restabelecido temporariamente. Passadas duas semanas, ele concluiu que o governo não demonstrava intenção de cumprir a ordem e estabeleceu o prazo para a liberação de pagamentos devidos.

O governo recorreu, classificando a ordem de Ali como "extremamente intrusiva e profundamente equivocada", além de protestar contra o prazo imposto para a liberação dos recursos.

O controvertido decreto é parte dos esforços de Donald Trump para cortar gastos do governo federal, em operação liderada pelo homem mais rico do mundo, o bilionário Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).

Um dos seus objetivos é cortar a ajuda da USAID, que tem programas de saúde e emergência em cerca de 120 países. Trump disse que a agência é "administrada por lunáticos radicais", enquanto seu novo braço direito a descreveu como uma "organização criminosa". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Em declaração conjunta publicada nesta quarta-feira, 5, os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Reino Unido pediram que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas seja mantido, que todos os reféns sejam libertados e que o fluxo contínuo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza seja garantido.

"Solicitamos a todas as partes que se envolvam de forma construtiva na negociação das fases subsequentes do acordo para ajudar a garantir sua implementação total e o fim permanente das hostilidades. Saudamos os esforços do Egito, do Catar e dos EUA na mediação e na busca de um acordo para a extensão do cessar-fogo".

Os ministros ainda afirmaram que o Hamas deve pôr fim "a seu tratamento degradante e humilhante" e reiteraram a solidariedade com o povo israelense diante dos ataques terroristas cometidos pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.