Políticos reagem a decisão do X de fechar escritórios no Brasil

Política
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A decisão a rede social X (ex-Twitter) de Elon Musk de fechar seu escritório no Brasil repercutiu neste sábado, 17, entre políticos, sobretudo a oposição. O X alegou ameaças e censura por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que relata inquéritos sobre a atuação do dono da plataforma em campanhas de desinformação contra as instituições brasileiras. O X é acusado de descumprir decisões judiciais no Brasil. Em despacho que motivou a decisão de Musk, o ministro descreve que a representante legal da rede social, Rachel de Oliveira Villa Nova, agiu de má-fé para evitar intimação judicial e descumprir ordens anteriores. O ministro decretou a prisão de Rachel por desobediência a decisões judiciais, aplicou multa de R$ 20 mil por dia e determinou o seu afastamento da direção da empresa. Em princípio, o fechamento não impede que a rede continue sendo acessada no País, a não ser que uma ordem judicial assim estabeleça.

Presidente da Constituição e Justiça da Câmara, a deputada federal Carol de Toni (PL-SC) foi uma das primeiras a se manifestar. "Estamos cada vez mais distantes da liberdade e da democracia. A decisão judicial exibida pelo X, mostra que os nossos tribunais perseguem pessoas e enaltecem a censura. Que lástima", disse a parlamentar.

O também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que "em breve não teremos rede X no Brasil". E saiu em defesa de Musk. "Após não censurar perfis por determinação de Alexandre de Moraes, a rede X de @elonmusk foi multada. Caso não pague a multa, Alexandre de Moraes ordenou a prisão da representante do X no Brasil. Diante disso, Elon Musk anunciou o encerramento das operações da rede X no Brasil. Provavelmente o X vai cair no Brasil, terá sua URL bloqueada e a X sairá da Apple Store ainda nesta eleição", lamentou.

Mais tarde, o deputado compartilhou um vídeo no qual pede que os apoiadores baixem programas de VPN para simular uma localização fora o País. Com isso, continuaria sendo possível acessar o X mesmo com uma ordem de bloqueio em território nacional. Por enquanto, não há qualquer decisão que determine a retirada da plataforma do ar.

"Na Venezuela, o Maduro bloqueou a rede X. Então quem está na Venezuela dá noite para o dia com o seu celular e abria a Rede X, o antigo Twitter, e não conseguia mais ver. Mas existe uma maneira de você ver a rede X no seu celular, que é baixar um VPN. Entra na sua loja de aplicativos, seja a Apple Store, a da Google, o Android, etc., qualquer coisa. Entra lá e baixe agora um VPN. VPN é um aplicativo que mostra o seu celular em outro país. Então quando o Maduro bloqueou o X na Venezuela, as pessoas pegam o celular com VPN, ele aparece que está em outro país, e não na Venezuela, e assim elas têm acesso", afirmou.

Marcel van Hattem (Novo-RS) afirmou que "o povo brasileiro em uma escolha a fazer - democracia ou Alexandre de Moraes", e Nikolas Ferreira (PL-MG) aproveitou uma publicação de Elon Musk para fazer, em inglês, uma convocação por um ato pedindo o impeachment do ministro do STF no dia 7 de setembro, em São Paulo.

Um dos poucos governistas se manifestar, o deputado federal Mário Jerry (PCdoB-MA) foi ao ataque contra o bilionário. "Respeita o Brasil, @elonmusk! Maior bandoleiro da idade mídia é esse malucão bilionário da extrema direita mundial, operador da barbárie cibernética", criticou no próprio X.

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Um voo da American Airlines de Nova York para Nova Délhi pousou com segurança em Roma (Itália) na tarde de domingo, 23, após ser desviado devido a uma preocupação de segurança, que depois foi considerada "não credível", disse a companhia aérea.

A American Airlines informou que o Voo 292 "foi inspecionado pelas autoridades" após aterrissar no Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci e "autorizado a reembarcar". A companhia não esclareceu a causa da preocupação de segurança, mas acrescentou que uma inspeção era necessária de acordo com o protocolo antes que o voo pudesse pousar em Nova Délhi. Segundo a Aeronáutica italiana, no entanto, a suspeita era de um explosivo a bordo.

'Senti um pouco de pânico'

Dois caças da Aeronáutica italiana escoltaram o avião da American Airlines. Caminhões de bombeiros estavam visíveis na pista de pouso de um lado do avião após ele ter aterrissado.

Neeraj Chopra, um dos passageiros a bordo, disse que o capitão anunciou que o avião precisaria dar meia-volta cerca de três horas antes de pousar em Nova Délhi devido a uma mudança no "status de segurança".

Chopra, que estava viajando de Detroit para visitar a família, descreveu o clima no avião como calmo após o anúncio inicial, mas disse que começou a se sentir estressado quando o capitão anunciou que caças escoltariam o avião até Roma. "Senti um pouco de pânico, tipo, o que está acontecendo aqui?", disse Chopra à Associated Press. "Deve ter algo maior acontecendo aqui."

'O voo mais longo para a Europa que já fiz'

O passageiro Jonathan Bacon, 22 anos, de Dayton, Ohio, começou a prestar atenção no rastreador de voo na poltrona à sua frente após o anúncio do capitão sobre um "desvio devido a um problema de segurança", observando a forte curva do avião para longe de Nova Délhi e a rota de volta para Roma.

Os passageiros não tinham conexão com a internet durante grande parte do voo, disse Bacon, com apenas alguns acessos esporádicos que os alertaram para os primeiros relatos sobre a situação cerca de duas horas antes do pouso.

Após o pouso, Bacon disse que todos os passageiros foram levados para um ônibus e transportados até o terminal, onde cada passageiro e seus pertences pessoais passaram por novas verificações de segurança, que foram demoradas e "um pouco mais intensas", especialmente para os recém-chegados.

Mais de duas horas após o pouso, Bacon e seu amigo disseram que ainda estavam esperando pelas suas bagagens despachadas, que também estavam passando por verificações de segurança. "Foi definitivamente o voo mais longo para a Europa que já fiz", disse Bacon.

Um porta-voz do aeroporto disse que as operações estavam continuando normalmente.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

A matéria publicada anteriormente tinha um equívoco no primeiro parágrafo. O líder do partido União Democrática Cristã (CDU), Friedrich Merz, é o provável próximo chanceler da Alemanha. Seu partido foi o mais votado na eleição deste domingo e, portanto, deve ocupar a liderança do país num governo de coalizão. Segue a nota corrigida:

O líder do partido União Democrática Cristã (CDU) e provável próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, afirmou que espera convencer os representantes dos Estados Unidos de que há um interesse mútuo ter boas relações transatlânticas, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 24. Na ocasião, ele disse que conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, no domingo, 23, e os líderes discutiram o que será conversado com o presidente americano, Donald Trump.

"Temos que considerar o pior cenário possível para as relações com os Estados Unidos", defendeu.

Merz também disse que será "chanceler de toda a Alemanha" e não apenas para os eleitores de seu partido, e que quer construir uma coligação com o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, que ficou em terceiro lugar após a apuração, atrás do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita.

O chanceler conservador eleito na Alemanha, Friedrich Merz, do partido União Democrática Cristã (CDU), afirmou que espera convencer os representantes dos Estados Unidos de que há um interesse mútuo em ter boas relações transatlânticas, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 24. Na ocasião, ele disse que conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, no domingo, 23, e os líderes discutiram o que será conversado com o presidente americano, Donald Trump.

"Temos que considerar o pior cenário possível para as relações com os Estados Unidos", defendeu.

Merz também disse que será "chanceler de toda a Alemanha" e não apenas para os eleitores de seu partido, e que quer construir uma coligação com o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, que ficou em terceiro lugar após a apuração, atrás do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita.