Atlas: Nunes tem 40,9% e Boulos, 36,8% em eventual 2º turno; veja outros cenários

Política
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Nova pesquisa AtlasIntel para a Prefeitura de São Paulo divulgada nesta quarta-feira, 21, mostra que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem vantagem sobre o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) em uma eventual disputa de segundo turno. O emedebista aparece com 40,9%, enquanto Boulos tem 36,8%. A margem de erro é de dois pontos porcentuais.

No confronto entre Nunes e Boulos, 4,4% dos eleitores paulistanos não sabem em quem votariam e 18% declaram que votariam em branco ou nulo.

Em comparação com a pesquisa anterior feita pela AtlasIntel, divulgada em 8 de agosto, Boulos teve uma redução de cinco pontos porcentuais no embate contra Nunes. O prefeito recuou um ponto percentual - dentro da margem de erro do levantamento.

Esta é a primeira pesquisa AtlasIntel divulgada após o registro das candidaturas e depois do início da campanha e da realização dos primeiros três debates entre os principais candidatos a prefeito de São Paulo. O levantamento escutou 1.803 paulistanos de 16 anos ou mais entre os 15 e 20 de agosto e tem índica de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-02504/2024.

O levantamento mostrou que Boulos lidera as intenções de voto com 28,5%. Nunes, por sua vez, tem 21,8%. Em seguida, aparece o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), com 16,3%. A deputada federal Tabata Amaral (PSB) tem 12% e o apresentador José Luiz Datena (PSDB), 9,5%.

A economista Marina Helena (Novo) tem 4,3% das intenções de voto dos eleitores paulistanos. Altino (PSTU) aparece com 0,3% e Ricardo Senese (UP), 0,2%. João Pimenta, do PCO, não pontuou. Bebeto Haddad (DC), cuja candidatura foi confirmada no mesmo dia do registro da pesquisa, não foi incluído como opção de voto.

Nunes tem vantagem sobre Datena, mas aparece atrás de Tabata

Em eventual disputa de segundo turno entre Ricardo Nunes e José Luiz Datena, o prefeito teria uma vantagem maior sobre o adversário. O candidato à reeleição aparece com 40,8%, enquanto o tucano tem 28,7%. Brancos e nulos somam 27,2% e outros 3,3% não sabem.

O único cenário onde Nunes não aparece com vantagem é no embate com Tabata Amaral. A parlamentar registra 38,8% da preferência dos eleitores na sondagem, enquanto o prefeito tem 38,5%. A diferença de 0,3 ponto porcentual está dentro da margem de erro, o que configura um empate. Brancos e nulos somam 20,6% e 2% não sabem em quem votariam.

A vantagem de Tabata era maior na pesquisa anterior. A deputada aparecia com 43% da preferência e teve uma redução de quatro pontos porcentuais. Nunes teve uma oscilação positiva dentro da margem de erro, passando de 38% para 39%.

Boulos tem vantagem sobre Marçal, Tabata e Datena em cenários de segundo turno

Em um cenário de segundo turno entre Boulos e Pablo Marçal, o deputado do PSOL teria 38,4% das intenções de voto, enquanto Marçal, 35,4%. Brancos e nulos somam 24,2%, e 2% dos eleitores paulistanos não sabem.

Comparado com a pesquisa de 8 de agosto, Boulos caiu seis pontos porcentuais no cenário contra o ex-coach. Marçal, por sua vez, manteve as intenções de voto em 35%.

Nos dois primeiros debates realizados entre a publicação dos levantamentos, Marçal e Boulos protagonizaram embates acalorados, como no encontro realizado pelo Estadão, em parceria com o portal Terra e a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), no último dia 14.

Em um eventual segundo turno entre Boulos e Datena, a vantagem do deputado do PSOL é maior. Boulos registra 35,6% das intenções, enquanto o apresentador de televisão aparece com 27,5% na sondagem. Outros 34,4% votariam em branco ou nulo e 2,5% não sabem qual candidato escolheriam.

Se o segundo turno fosse entre Boulos e Tabata, o deputado teria uma ligeira vantagem dentro da margem de erro. O candidato do PSOL aparece com 29,8% das intenções, enquanto a deputada registra 29,1%. O cenário de confronto entre os dois tem o maior porcentual de brancos e nulos: 38,3%. Outros 2,7% não sabem em quem votariam.

Apesar da vantagem numérica, Boulos caiu oito pontos porcentuais no cenário de segundo turno contra Tabata Amaral. A deputada do PSB, por sua vez, cresceu dois pontos, se aproximando do deputado do PSOL.

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Após derrotar os conservadores em uma arrancada surpreendente, o novo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, se colocou como líder de um movimento global anti-Trump. No discurso da vitória, ele defendeu o multilateralismo como antídoto ao protecionismo americano e disse que a velha relação com o país vizinho acabou. "Trump está tentando nos dividir para que os EUA possam nos conquistar. Isso nunca vai acontecer."

O Partido Liberal, de Carney, caminhava a passos largos para uma derrota humilhante na eleição de segunda-feira, 28. De acordo com o agregador de pesquisa da emissora CBC, ele tinha apenas 22% das intenções de voto no dia 20 de janeiro, quando Donald Trump tomou posse em Washington. O Partido Conservador, chefiado por Pierre Poilievre, tinha mais que o dobro, 45%.

As ameaças de Trump, que impôs tarifas aos produtos canadenses e falou em transformar o país no 51.º Estado americano, provocaram um tsunami nacionalista, catapultando a candidatura de Carney. Nesta terça, 29, o resultado final da apuração mostrou uma vitória dos liberais sobre os conservadores (44% a 41%).

O partido de Carney elegeu 169 deputados - ficou a 3 da maioria absoluta de 172 e terá de fazer um governo de minoria, que significa negociar constantemente apoio no Parlamento. Os conservadores elegeram 144 deputados, mas Poilievre perdeu sua cadeira para o liberal Bruce Fanjoy, no distrito de Carleton, nos arredores da capital, Ottawa.

Sem um mandato parlamentar, Poilievre não pode atuar como líder do Partido Conservador e deve perder o direito de morar em Stornoway, residência oficial do líder da oposição - uma reviravolta extraordinária para uma estrela em ascensão da política canadense que, três meses atrás, já era tido como o futuro primeiro-ministro.

Anti-Trump

Carney foi a primeira pessoa a chefiar dois bancos centrais de países do G-7 - ele foi presidente do Banco do Canadá e do Banco da Inglaterra. Durante a campanha, ele usou o currículo para convencer os eleitores de que ele tinha a experiência necessária para conquistar credibilidade internacional e resistir à pressão de Trump.

O discurso duro contra o presidente americano rendeu votos. Ontem, falando a apoiadores após a confirmação da vitória, Carney não se esqueceu disso. "Vamos apoiar países amigos e vizinhos que estão na mira de Trump em uma crise que não criamos", disse. "Como venho avisando, os EUA querem nossas terras, nossos recursos, nossa água e nosso país."

Agora, com um mandato na mão - ele vinha atuando como premiê interino, após a saída de Justin Trudeau -, Carney indicou como pretende enfrentar a guerra comercial com os EUA. "Nosso velha relação com os EUA, baseada na integração, chegou ao fim. O sistema de comércio global aberto, ancorado pelos EUA, acabou." De acordo com o novo premiê, a saída para o Canadá será buscar novas parcerias na Europa, na Ásia e em outras partes do mundo. "Traçaremos um novo caminho, pois somos nós que decidimos o que acontece no Canadá."

Reação

Trump não comentou a vitória dos liberais. Tammy Bruce, porta-voz do Departamento de Estado, emitiu um comunicado protocolar. "Os EUA parabenizam o primeiro-ministro Mark Carney e seu partido pela vitória nas recentes eleições federais do Canadá."

O gabinete do premiê disse que ele conversou ontem com Trump por telefone. De acordo com relato do governo canadense, os dois concordaram em se encontrar em breve e o premiê avisou que vai adotar tarifas retaliatórias a produtos americanos. A Casa Branca não comentou a ligação. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais de 10 pessoas morreram nesta terça-feira, 29, após confrontos em um subúrbio da capital da Síria entre combatentes drusos e grupos pró-governo, disseram um monitor de guerra e um grupo ativista. Os dados de vítimas, no entanto, ainda são imprecisos.

Homens armados drusos sírios entraram em confronto nas últimas semanas com forças de segurança do governo e homens armados pró-governo no subúrbio de Jaramana, no sul de Damasco.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado no Reino Unido, afirmou que pelo menos 10 pessoas foram mortas, quatro delas agressores e seis moradores de Jaramana. O coletivo de mídia ativista Suwayda24 afirmou que 11 pessoas foram mortas e 12 ficaram feridas. Outros relatos indicam até 14 mortos.

Os confrontos começaram por volta da meia-noite de segunda-feira, 28, depois que uma mensagem de áudio circulou nas redes sociais em que um homem estaria criticando o profeta Maomé.

O áudio foi atribuído ao clérigo druso Marwan Kiwan. Mas ele afirmou em um vídeo postado nas redes sociais que não era responsável pelo áudio, o que irritou muitos muçulmanos sunitas.

"Nego categoricamente que o áudio tenha sido feito por mim", disse Kiwan. "Eu não disse isso, e quem o fez é um homem perverso que quer incitar conflitos entre partes do povo sírio."

Na terça-feira à noite do horário local, representantes do governo e autoridades de Jaramana chegaram a um acordo para encerrar os conflitos, indenizar as famílias das vítimas e trabalhar para levar os perpetradores à justiça, de acordo com uma cópia do acordo que circulou em Jaramana e foi vista pela Associated Press.

Não ficou imediatamente claro se a trégua será mantida por muito tempo, já que acordos semelhantes no passado fracassaram posteriormente.

O Ministério do Interior afirmou em comunicado que estava investigando o áudio, acrescentando que a investigação inicial demonstrou que o clérigo não era responsável. O ministério pediu à população que cumpra a lei e não aja de forma a comprometer a segurança.

A liderança religiosa drusa em Jaramana condenou o áudio, mas criticou duramente o "ataque armado injustificado" no subúrbio. Instou o Estado a esclarecer publicamente o ocorrido.

"Por que isso continua acontecendo de tempos em tempos? É como se não houvesse um Estado ou governo no comando. Eles precisam estabelecer postos de controle de segurança, especialmente em áreas onde há tensões", disse Abu Tarek Zaaour, morador de Jaramana.

No final de fevereiro, um membro das forças de segurança entrou no subúrbio e começou a atirar para o alto, o que levou a uma troca de tiros com homens armados locais, resultando na sua morte. Um dia depois, homens armados vieram do subúrbio de Mleiha, em Damasco, para Jaramana, onde entraram em confronto com homens armados drusos, resultando na morte de um combatente druso e no ferimento de outras nove pessoas.

Em 1º de março, o Ministério da Defesa de Israel disse que os militares foram instruídos a se preparar para defender Jaramana, afirmando que a minoria que prometeu proteger estava "sob ataque" pelas forças sírias.

Os drusos são um grupo minoritário que surgiu como um desdobramento do ismaelismo, um ramo do islamismo xiita, no século X. Mais da metade dos cerca de 1 milhão de drusos em todo o mundo vive na Síria. A maioria dos outros drusos vive no Líbano e em Israel, incluindo as Colinas de Golã, que Israel conquistou da Síria na Guerra do Oriente Médio de 1967 e anexou em 1981.

Desde janeiro de 2025, o poder na Síria está nas mãos de um governo de transição liderado pelo presidente interino Ahmed al-Sharaa, líder da coalizão islamista que em janeiro derrubou o regime do presidente Bashar al-Assad, agora no exílio. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta terça-feira, 29, que seu governo está se preparando para conversas com os Estados Unidos sobre novas sanções à Rússia, afirmando que é importante continuar a exercer pressão sobre as redes de influência de Moscou, bem como sobre todas as suas operações de fabricação e comércio.

"Estamos identificando exatamente os pontos de pressão que empurrarão Moscou de forma mais eficaz para a diplomacia. Eles precisam tomar medidas claras para acabar com a guerra, e insistimos que um cessar-fogo incondicional e total deve ser o primeiro passo. A Rússia precisa dar esse passo", escreveu o canal oficial de Zelensky no Telegram.

Além disso, o líder ucraniano enfatizou que o país está se esforçando para sincronizar suas sanções da forma mais completa possível com todas as da Europa.