Eleições em SP: quando sai a nova pesquisa eleitoral sobre a disputa à Prefeitura

Política
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Após a rodada de pesquisas eleitorais da semana passada mostrar mudanças na disputa pelo Executivo da capital paulista, já há data para a divulgação do próximo levantamento a medir os índices de intenção de voto para os candidatos à Prefeitura de São Paulo. A próxima pesquisa a ser divulgada é do instituto Quaest e será publicada na quarta-feira, 28.

O período de coleta é do domingo, 25, até terça-feira, 27. O instituto vai entrevistar 1.200 paulistanos de 16 anos ou mais, de forma presencial. O levantamento, que foi contratado pela TV Globo, está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número SP-08379/2024.

Será a primeira pesquisa da Quaest a medir as intenções de voto do eleitor de São Paulo após o registro das candidaturas. O levantamento anterior da empresa foi divulgado em 30 de julho e apontava, em um dos cenários estimulados, empate triplo entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB), com 20% das intenções de voto, o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), com 19% cada.

Pablo Marçal (PRTB) aparecia na sequência, com 12%, seguido pela deputada federal Tabata Amaral (PSB), com 5%. Esse cenário estimulado contava com a presença do deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), com 3% das intenções de voto, mas o parlamentar não seguiu na disputa. Marina Helena, do Novo, teve 3% de menções.

Novo cenário, nova pesquisa

A pesquisa Quaest será a primeira a contemplar um período de coleta posterior à indicação de um novo panorama nos índices de intenção de voto para a Prefeitura paulistana. Na semana passada, foram divulgados os levantamentos de AtlasIntel, Datafolha e Paraná Pesquisas sobre o cenário eleitoral na capital paulista. Cada instituto utiliza metodologias próprias, e os porcentuais obtidos por cada empresa não são comparáveis entre si.

Contudo, há dois pontos comuns às três pesquisas: levando-se em conta as respectivas margens de erro dos levantamentos, o empresário e ex-coach Pablo Marçal (PRTB) foi o único entre os postulantes a prefeito a obter ganho real de intenções de voto.

Outra conclusão comum às três pesquisas é que, com o crescimento, o candidato do PRTB já empata tecnicamente com os líderes dos levantamentos. Na pesquisa AtlasIntel, o empate técnico é com Ricardo Nunes (MDB), enquanto Guilherme Boulos (PSOL) está liderança, isoladamente; nos levantamentos de Datafolha e Paraná Pesquisas, o empate dentro da margem de erro é triplo, entre Nunes, Boulos e Marçal.

Pablo Marçal ascendeu nas pesquisas ao ganhar a adesão do eleitorado bolsonarista. Entretanto, na mesma semana, o ex-coach entrou em rota de colisão com o próprio Jair Bolsonaro (PL), que apoia a reeleição de Nunes.

Diante do crescimento de Marçal, o ex-presidente usou o seu canal no WhatsApp na quinta-feira, 22, para compartilhar um vídeo reunindo diferentes momentos em que o empresário fez declarações contrárias ao ex-presidente. O candidato do PRTB, em resposta, afirmou que ajudou a campanha de Jair Bolsonaro em 2022 com recursos financeiros e apoio estratégico. Nas redes sociais, houve uma troca de farpas pública entre o ex-coach e o clã Bolsonaro.

O advogado Fabio Wajngarten, que representa Jair Bolsonaro na Justiça, relativizou os resultados das pesquisas publicados na semana passada. Para Wajngarten, que comandou a Secretaria de Comunicação Social (Secom) durante a gestão de Bolsonaro, os levantamentos divulgados não refletiam "a verdadeira fotografia eleitoral" da capital paulista. O ex-secretário referia-se ao período de coleta das pesquisas, que é anterior ao racha entre Marçal e Bolsonaro.

A pesquisa Quaest será a primeira a medir se a mobilização de Jair Bolsonaro contra Pablo Marçal surte efeito ou não nos índices de intenção de voto do ex-coach.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

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Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.