MP eleitoral pede rejeição de registro de candidatura de Fabrício Queiroz a vereador

Política
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O Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro pediu à Justiça Eleitoral que o registro da candidatura do ex-assessor do clã Bolsonaro Fabrício Queiroz à Câmara Municipal de Saquarema (RJ) seja rejeitado. Em manifestação encaminhada neste domingo, 25, a 62ª Promotoria Eleitoral de Saquarema diz que Queiroz não apresentou a certidão sobre um processo a que o ex-assessor responde no Tribunal de Justiça do Rio. A defesa do ex-assessor disse já ter pedido a certidão.

"Considerando que o requerente não apresentou a certidão de objeto e pé referente ao processo que tramita perante o 2º grau do TJRJ, a saber, processo nº 0044427-82.2020.8.19.0000, sendo certo que tinha ciência da existência do referido processo criminal e, mesmo assim, silenciou com relação a sua existência, sendo dever do candidato apresentar voluntariamente as certidões exigidas pela Justiça Eleitoral quando do seu requerimento de registro de candidatura, oficia o MPE pelo indeferimento do registro de candidatura de Fabricio Jose Carlos de Queiroz", diz o Ministério Público em manifestação.

A certidão pedida pelo MP eleitoral tem o objetivo de apresentar, de maneira resumida, o objeto de uma determinada ação judicial, seja ela cível ou criminal, e o momento processual em que se encontra.

Os advogados de Queiroz solicitaram a certidão ao TJ do Rio de Janeiro na sexta-feira, 22. Ontem, a defesa de Queiroz enviou à promotoria de Saquarema um pedido de atualização de dados da candidatura e informou que a certidão solicitada pelo MP já havia sido requisitada ao tribunal.

"Verifica-se nos autos do Registro de Candidatura que houve um equívoco na inserção da informação relativa à cor/raça do Requerente, tendo sido registrado como "pardo". Entretanto, o Requerente se identifica como sendo da cor/raça branca, razão pela qual pugna pela retificação dessa informação", diz o pedido de Queiroz.

"Requerente, diante da necessidade de obter a certidão de objeto e pé dos autos do Processo n° 0044427-82.2020.8.19.0000, protocolou, com urgência, o pedido correspondente, conforme comprova o protocolo de n° 202400763790. Cumpre ressaltar que a emissão da referida certidão não se dá de forma automática, sendo necessário um tempo hábil para a sua obtenção", finaliza a defesa.

Queiroz é policial militar da reserva e possui histórico com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-assessor é investigado por suposta participação em um esquema de rachadinha quando o hoje senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele chegou a ser preso em 2020, mas foi solto em 2021 e, no ano seguinte, o caso foi arquivado.

Em 2022, Queiroz tentou ingressar na carreira política disputando o cargo de deputado estadual. Na época, ele afirmou, que se tivesse o apoio da família Bolsonaro, "com certeza seria o deputado mais votado do Rio de Janeiro".

Filiado ao PTB (agora incorporado ao PRD), Queiroz obteve 6.701 votos e não ganhou uma cadeira na Câmara. Em entrevista à Veja em setembro de 2023, o policial disse que o clã o vê como um "leproso" e que os Bolsonaros são "do tipo que valoriza aqueles que os traem".

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Irã será responsável por "cada tiro disparado" pelos Houthis, em publicação na Truth Social, feita nesta segunda-feira, 17. Na postagem, o republicano alegou que os iranianos são responsáveis por fornecerem "dinheiro, equipamento militar altamente sofisticado e inteligência" ao grupo rebelde.

"Cada tiro disparado pelos Houthis será visto, de agora em diante, como sendo um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, e o país será responsabilizado, sofrerá as consequências que serão terríveis", mencionou na postagem.

"As centenas de ataques feitos pelos Houthis, os mafiosos e bandidos sinistros baseados no Iêmen, todos emanam e são criados pelo Irã", disse Trump ao enfatizar que "qualquer ataque ou retaliação adicional dos Houthis será recebido com grande força".

A Rússia não parece estar verdadeiramente comprometida em negociar a paz na Ucrânia, de acordo com a chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Kaja Kallas. Em coletiva de imprensa após reunião do Conselho de Relações Exteriores da UE, Kallas ressaltou que "agora, parece que a Rússia não quer realmente a paz. O entendimento ao redor da mesa é que não se pode confiar na Rússia, pois aproveitam qualquer oportunidade para apresentar demandas que são seus objetivos finais".

A chefe de Relações Exteriores da UE também mencionou o amplo apoio político à iniciativa de defesa de 40 bilhões de euros para a Ucrânia, destacando a necessidade de agilidade no processo. "No último Conselho Europeu, foi afirmado que precisamos avançar rapidamente com essa iniciativa", explicou. Ela reforçou a importância de demonstrar determinação no apoio à Ucrânia para que o país possa continuar a se defender.

Além do conflito na Ucrânia, Kallas abordou a situação no Oriente Médio, condenando a politização da ajuda humanitária em Gaza e destacando a importância, "para os europeus" de excluir o Hamas de qualquer papel futuro na reconstrução da região. "Todos condenaram a politização da ajuda humanitária, que deve chegar às pessoas necessitadas", afirmou.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que a declaração conjunta da reunião dos Ministros das Relações Exteriores do G7 buscam difamar o país e interferir em assuntos internos, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 17. A representante chinesa "lamentou fortemente" a situação e disse que o G7 deve parar de "semear a discórdia e provocar disputas".

"A China sempre promoveu negociações de paz sobre a questão da Ucrânia, nunca forneceu armas letais a nenhuma parte do conflito e exerceu controle rigoroso de exportação sobre artigos de uso duplo", explicou.

Segundo Mao, a China está comprometida com o desenvolvimento pacífico, segue uma política de defesa nacional de natureza defensiva e sempre mantém sua força nuclear no nível mínimo exigido pela segurança nacional. "O G7 deve parar de politizar e armar os laços comerciais e econômicos e parar de minar a ordem econômica internacional e desestabilizar as cadeias industriais e de suprimentos globais", ressaltou.

A porta-voz apelou para que o grupo "veja a tendência da história e descarte o viés ideológico". "Eles precisam se concentrar em questões importantes, incluindo abordar os desafios globais e promover o desenvolvimento global, e fazer mais coisas que sejam propícias à solidariedade e cooperação internacionais", defendeu.