Um dia após clã Bolsonaro sinalizar trégua com Marçal, ex-presidente faz videochamada com Nunes

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma chamada de vídeo com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) na manhã desta quinta-feira, 29, enquanto o emedebista cumpria agenda ao lado de seu vice, o coronel Ricardo Mello Araújo (PL). A conversa ocorre um dia depois de o clã Bolsonaro levantar a bandeira branca em direção a Pablo Marçal (PRTB), sinalizando um armistício entre o grupo e o ex-coach.

"Ele [Bolsonaro] ligou durante a agenda minha e do Mello aqui em Guaianases [bairro da zona leste da capital]. [A ligação] foi para desejar boa sorte, demonstrar apoio", afirmou Ricardo Nunes ao Estadão, acrescentando que o ex-presidente também conversou com apoiadores que estavam em sua volta.

A ligação ocorre exatamente um dia depois que a família Bolsonaro decidiu selar a paz com Pablo Marçal, adversário direto de Nunes. O vereador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição Carlos Bolsonaro (PL) afirmou na noite desta quarta-feira (28) que conversou por telefone com o ex-coach, a quem se referiu como "educado e bacana". "Expusemos nossos pontos e fico feliz em saber que queremos rumar na mesma direção quando falamos de Brasil", escreveu Carlos, que recentemente foi chamado de "retardado mental" e "imbecil" por Marçal.

"Falamos sobre o 7 de setembro, censura e tudo que o país vem atravessando já há muito tempo. Outro ponto focal em que fiz questão de frisar é que não existe a formação de um gabinete direcionado para nenhum tipo de ação e que ambos sofremos cobranças naturais no processo em que estamos dispostos a atravessar e o sentimento que as pessoas têm quando esse assunto é abordado", publicou Carlos.

Em entrevista ao Flow Podcast no mesmo dia, Marçal confirmou a conversa e disse que ela foi intermediada pelo deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL). "Hoje foi a primeira vez que falei com ele (Carlos Bolsonaro) por telefone. Eu liguei para ele. Na verdade, um amigo nosso, o Nikolas, me ligou e perguntou: 'Você topa falar com ele?'. Colocou na videochamada e resolvemos nosso problema. Está resolvido", relatou o ex-coach.

Na quarta, em mais um gesto de aproximação com Marçal, Bolsonaro gravou um vídeo autorizando outros candidatos à Prefeitura da capital a participarem das manifestações de 7 de setembro e a subirem no carro de som. No vídeo, Bolsonaro não cita o nome de nenhum candidato e reforça que não será um ato político, mas sim "patriótico".

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Irã será responsável por "cada tiro disparado" pelos Houthis, em publicação na Truth Social, feita nesta segunda-feira, 17. Na postagem, o republicano alegou que os iranianos são responsáveis por fornecerem "dinheiro, equipamento militar altamente sofisticado e inteligência" ao grupo rebelde.

"Cada tiro disparado pelos Houthis será visto, de agora em diante, como sendo um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, e o país será responsabilizado, sofrerá as consequências que serão terríveis", mencionou na postagem.

"As centenas de ataques feitos pelos Houthis, os mafiosos e bandidos sinistros baseados no Iêmen, todos emanam e são criados pelo Irã", disse Trump ao enfatizar que "qualquer ataque ou retaliação adicional dos Houthis será recebido com grande força".

A Rússia não parece estar verdadeiramente comprometida em negociar a paz na Ucrânia, de acordo com a chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Kaja Kallas. Em coletiva de imprensa após reunião do Conselho de Relações Exteriores da UE, Kallas ressaltou que "agora, parece que a Rússia não quer realmente a paz. O entendimento ao redor da mesa é que não se pode confiar na Rússia, pois aproveitam qualquer oportunidade para apresentar demandas que são seus objetivos finais".

A chefe de Relações Exteriores da UE também mencionou o amplo apoio político à iniciativa de defesa de 40 bilhões de euros para a Ucrânia, destacando a necessidade de agilidade no processo. "No último Conselho Europeu, foi afirmado que precisamos avançar rapidamente com essa iniciativa", explicou. Ela reforçou a importância de demonstrar determinação no apoio à Ucrânia para que o país possa continuar a se defender.

Além do conflito na Ucrânia, Kallas abordou a situação no Oriente Médio, condenando a politização da ajuda humanitária em Gaza e destacando a importância, "para os europeus" de excluir o Hamas de qualquer papel futuro na reconstrução da região. "Todos condenaram a politização da ajuda humanitária, que deve chegar às pessoas necessitadas", afirmou.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que a declaração conjunta da reunião dos Ministros das Relações Exteriores do G7 buscam difamar o país e interferir em assuntos internos, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 17. A representante chinesa "lamentou fortemente" a situação e disse que o G7 deve parar de "semear a discórdia e provocar disputas".

"A China sempre promoveu negociações de paz sobre a questão da Ucrânia, nunca forneceu armas letais a nenhuma parte do conflito e exerceu controle rigoroso de exportação sobre artigos de uso duplo", explicou.

Segundo Mao, a China está comprometida com o desenvolvimento pacífico, segue uma política de defesa nacional de natureza defensiva e sempre mantém sua força nuclear no nível mínimo exigido pela segurança nacional. "O G7 deve parar de politizar e armar os laços comerciais e econômicos e parar de minar a ordem econômica internacional e desestabilizar as cadeias industriais e de suprimentos globais", ressaltou.

A porta-voz apelou para que o grupo "veja a tendência da história e descarte o viés ideológico". "Eles precisam se concentrar em questões importantes, incluindo abordar os desafios globais e promover o desenvolvimento global, e fazer mais coisas que sejam propícias à solidariedade e cooperação internacionais", defendeu.