Nunes: Bolsonaro jamais apoiaria 'alguém envolvido com pessoas ligadas ao PCC'

Política
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O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse acreditar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) "jamais apoiaria alguém que está envolvido até o nariz com as pessoas do seu partido ligado ao PCC", em referência ao candidato Pablo Marçal (PRTB), que tem mirado o eleitorado bolsonarista. A declaração foi dada nesta quinta-feira, 29, em um compromisso de campanha em Guaianases.

Nunes foi questionado por jornalistas sobre os sinais conflitantes que Bolsonaro dá em relação ao ex-coach. O prefeito afirmou que o ex-presidente já declarou apoio oficial à sua campanha e que ele "é um cara de palavra".

Nesta quarta-feira, 28, o ex-presidente disse que a manifestação marcada para 7 de Setembro é um movimento suprapartidário e "como um candidato a prefeito queria comparecer, nós autorizamos, assim como qualquer outro candidato a prefeito da capital está autorizado a subir no carro de som também". O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato, havia afirmado que a manifestação não era lugar para Pablo Marçal.

"Sabe o que tenho certeza absoluta? Que o presidente Jair Bolsonaro jamais vai apoiar alguém que foi condenado, preso, principalmente por fraudar e tomar dinheiro de aposentados em golpes de banco. Jamais. O presidente Bolsonaro jamais apoiaria alguém que está envolvido até o nariz com as pessoas do seu partido ligado ao PCC, com gravações, pessoas que foram presas por sequestro. Enfim, uma quadrilha em torno do candidato e o próprio candidato, que inclusive assumiu, confessou que ficou preso por quatro dias na Polícia Federal", disse o prefeito.

O candidato à reeleição também foi questionado sobre a ida de Pablo Marçal à manifestação de 7 de Setembro. Depois que Bolsonaro declarou em vídeo que qualquer candidato poderá subir no trio elétrico na Avenida Paulista, Marçal indicou que poderá ir ao ato. Nunes já confirmou presença. O pastor Silas Malafaia, que está coordenando a manifestação, também mudou de tom e disse que Marçal poderá subir no trio. Antes, Malafaia tinha dito que ele não era bem-vindo.

Nunes tratou as declarações com normalidade. "É uma manifestação aberta, que tem que ser aberta para todos. Isso demonstra o espírito da democracia, de a gente poder ter, por parte do presidente Bolsonaro, essa abertura. Eu achei fantástico aquilo que ele falou. Tem gente que faz interpretação, talvez, diferente daquilo que realmente é."

Durante o ato de campanha nesta quinta, o vice na chapa do prefeito, Ricardo de Mello Araújo (PL), fez uma chamada de vídeo com Bolsonaro na padaria onde ele e Nunes se reuniam com apoiadores. Em vídeo divulgado no Instagram, o prefeito fala com o presidente e diz que já comprou uma camiseta amarela da seleção brasileira para a manifestação.

Mello afirmou aos jornalistas que Bolsonaro já deixou claro "de que lado está". O vice também chamou Marçal de estelionatário por conta dos vídeos cortados compartilhados no Instagram.

"Há algumas pessoas que fazem cortes e modificam o contexto. Então, quando uma pessoa pega, quer vender um produto, ela modifica para tentar passar um produto diferente, isso aí no Código Penal está tipificado, isso aí é estelionato."

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerra sua passagem pelo Japão nesta quinta-feira, 27, e parte rumo ao Vietnã. Antes de seguir viagem, o chefe do Executivo brasileiro concederá coletiva à imprensa.

De acordo com agenda oficial da presidência, Lula participará de cerimônia de despedida no Hotel Imperial, em Tóquio, às 10h pelo horário local (22h de quarta-feira, 26, pelo horário de Brasília). Em seguida, às 10h20 pelo horário local (22h20 de quarta-feira pelo horário de Brasília), o petista fará uma coletiva à imprensa.

Às 12h pelo horário japonês (00h de quinta-feira pelo horário de Brasília), Lula parte para Hanói, no Vietnã. A previsão de chegada ao local é às 16h pelo horário vietnamita (6h pelo horário de Brasília).

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), anunciou nesta quarta-feira, 26, um plano para fortalecer a capacidade do bloco de prevenir e responder a ameaças crescentes, desde conflitos geopolíticos e ciberataques até desastres naturais. Chamada de "Estratégia de União de Preparação", a iniciativa busca criar uma "cultura de preparação" em todas as políticas do bloco, com 30 ações para proteger serviços essenciais, capacitar a população e melhorar a coordenação em situações de crise.

"Novas realidades exigem um novo nível de preparação na Europa", afirmou a presidente da Comissão, Ursula Von der Leyen. "Nossos cidadãos precisam estar mais bem informados, nossos hospitais e infraestruturas devem ser mais resistentes, e nossas respostas, mais rápidas e eficientes."

A estratégia surge após um relatório encomendado pela UE alertar para a necessidade urgente de reforçar a resiliência do bloco diante de riscos como pandemias, migrações em massa e ataques variados.

Entre as medidas prioritárias está a definição de padrões mínimos de segurança para setores vitais como saúde, transporte e comunicações, além da ampliação de estoques estratégicos de equipamentos médicos e insumos críticos. A população será incentivada a adotar medidas simples, como manter reservas caseiras para 72 horas, enquanto escolas devem incluir noções básicas de preparação em seus currículos. Para melhorar a resposta a emergências, será criado um centro de crise da UE, integrando sistemas de alerta precoce e coordenação entre países, de acordo com o comunicado.

A iniciativa também prevê exercícios regulares que unam forças armadas, bombeiros, polícia e profissionais de saúde, além de parcerias mais estreitas com o setor privado para garantir a produção acelerada de suprimentos essenciais em situações críticas. No plano externo, a UE reforçará a cooperação com a Otan em áreas como segurança cibernética e mobilidade militar.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem "plena confiança" em sua equipe de segurança nacional, em entrevista para a Fox News, nesta terça-feira. A fala acontece após a criação de um chat de grupo com supostas informações do governo do país que, por engano, incluiu um jornalista.

"Estamos trabalhando duramente para entender como o número de telefone do jornalista entrou no grupo e vamos assegurar que nunca aconteça novamente", disse. "Os democratas querem que as pessoas acreditem que temos uma crise na segurança nacional americana."

Nesta terça-feira, 25, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Michael Waltz, assumiu "completa responsabilidade" pelo erro.