O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), defendeu que a União aumente o repasse de recursos para os Estados atuarem em funções da União, como o combate à lavagem de dinheiro, à comercialização de armas e às drogas. Ele disse que em cinco anos gastou R$ 17 bilhões com a segurança pública, mas recebeu apenas R$ 170 milhões."Nós precisamos cada vez mais repassar aos Estados condições para que eles cumpram aquilo que é função da União: lavagem de dinheiro, comercialização de armas e também drogas. No entanto, o repasse da União no meu Estado foi 1% do que eu gastei", afirmou neste sábado, 31, em painel realizado na Expert, evento da XP Investimentos em São Paulo.
O governador defendeu, como uma política de segurança pública, que o Brasil tome medidas para sensibilizar os países que mais produzem coca. "Apenas três países do mundo produzem folha da coca, o Peru, a Colômbia e a Bolívia. O Brasil, sendo um país continental, deveria propor uma ação mundial para que nós pudéssemos ofertar à Bolivia, à Colômbia e ao Peru, uma alternativa para que eles não fornecessem esse volume de coca para o mundo", disse.
Os dois pontos foram apresentados pelo governador após ele dizer que "estamos em um momento em que o governo está discutindo o Sistema Único de Segurança Pública (Susp)". No entanto, ele não comentou o mérito da proposta. O Susp faz parte da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, em discussão no Ministério da Justiça e Segurança Pública, que deve criar diretrizes federais para a área. Hoje, a segurança pública é tratada principalmente pelos Estados. A proposta ainda será enviada para o Congresso.
Segurança em Goiás
Ainda em sua fala sobre segurança, Caiado também afirmou que nenhum policial de Goiás vai utilizar câmera. O governador disse que os policiais não vão criar provas contra si mesmos, segundo ele os agentes "respondem pelos seus atos".
'Precisamos repassar cada vez mais aos Estados para combater crime', diz Caiado
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