Prefeita de Caçapava usa inauguração de McDonald's na cidade como bandeira eleitoral

Política
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A construção de uma unidade do McDonald's em Caçapava (SP) virou bandeira eleitoral da prefeita Pétala Lacerda (Republicanos), que busca a reeleição, e motivo de chacota nas redes sociais.

A prefeita publicou um vídeo ao lado de um suposto representante do McDonald's no Vale do Paraíba, a quem chamou de "amigo", afirmando que a rede está chegando à cidade "depois de muitos pedidos" que ela teria feito a ele.

Na legenda da publicação, Pétala Lacerda descreve a chegada do McDonald's a Caçapava como uma "conquista" e um "marco" para a cidade, resultado de "muito trabalho e dedicação". "Esse é mais um passo para o desenvolvimento da nossa cidade, porque Caçapava não pode parar", escreveu a candidata à reeleição, acrescentando seu número de urna na postagem.

Nos comentários, usuários do Instagram ironizaram a tentativa da prefeita de usar a construção do McDonald's como vitrine para sua reeleição.

"McDonald's vai ser da prefeitura? Que feio a prefeita mandar seus comissionados todos postarem no Facebook como se fosse uma obra da prefeitura", criticou um. "Que saudável, nutritivo e revolucionário! Era justamente a ÚNICA coisa que faltava na cidade", ironizou outro. "O que a prefeitura fez para trazer o McDonald's? Teve algum incentivo fiscal, doação de terreno ou algo do tipo? Se não, é só iniciativa privada atuando", questionou um terceiro.

Antes de anunciar a chegada da franquia à cidade, Pétala Lacerda fez suspense nas redes sociais sobre a notícia. "Hoje sou eu que tenho uma novidade imperdível para te contar. Uma fofoca. Advinha quem eu consegui trazer para a cidade de Caçapava?", diz ela num vídeo em que aparece comendo uma batata do McDonald's.

A prefeita também enfrentou reações negativas nos comentários. "Eu já vi candidato fazer marketing usando obras, asfalto recém colocado, escola reformada e afins.... Agora, usar um fast food para angariar votos é a primeira vez", escreveu uma internauta.

Procurada, a prefeita disse que "a menção à chegada do McDonald's em Caçapava reflete o trabalho contínuo da prefeita em atrair empresas que gerem empregos, renda e crescimento econômico para a cidade". Ela diz que participou das negociações que viabilizaram a chegada da franquia e citou outros empreendimentos que estão indo para a cidade. O McDonald's não respondeu até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

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O magnata da tecnologia Elon Musk, que é a pessoa mais rica do mundo, investiu mais de US$ 70 milhões (o equivalente a R$ 400 milhões) na campanha do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e de outros republicanos, tornando-se um dos maiores doadores das eleições americanas, de acordo com informações de financiamento divulgadas nesta semana.

Desde o meio do ano, Musk fez uma doação para o America PAC, um super comitê de ação política que ele lançou em maio para ajudar Trump na disputa pela Casa Branca. Rapidamente, o bilionário se tornou um ator central no esforço eleitoral de Trump.

"O America PAC está apenas buscando o senso comum e valores centristas", disse Musk, que é o fundador da Space X e da Tesla, na última terça-feira em sua rede social X, logo após a quantia de dinheiro que ele contribuiu ser tornada pública em um registro de financiamento de campanha.

Super comitês como o America PAC de Musk podem arrecadar e gastar quantias ilimitadas de dinheiro, mas são normalmente proibidos de coordenar seus esforços com os candidatos que apoiam. Uma decisão recente da Comissão Eleitoral Federal, que regula campanhas políticas federais, permitiu que candidatos e esses grupos de grandes gastos trabalhem juntos em chamadas operações de "campo", que são os exércitos de pessoas enviados para bater de porta em porta e ajudar a mobilizar os eleitores.

Embora os candidatos e partidos políticos tradicionalmente organizem e paguem por tais esforços, a campanha de Trump tem lutado para arrecadar dinheiro este ano e recorreu a alguns grupos externos para realizar o trabalho, com o America PAC de Musk sendo o principal deles.

Mas, ao fazer isso, a campanha terceirizou uma função central para um grupo de organizações inexperientes que operam de forma independente. A decisão do governador da Flórida, Ron DeSantis, de contar com um grupo externo para fazer a campanha de porta em porta é apontada como uma das razões para o fracasso de sua candidatura presidencial.

Até agora, o America PAC gastou mais de US$ 38 milhões (R$ 215 milhões) em esforços de campanha de porta a porta, de acordo com divulgações de financiamento de campanha.

Grande parte do dinheiro do America PAC foi pago a um punhado de empresas de consultoria, incluindo várias ligadas a Phil Cox, ex-assessor de campanha presidencial de Ron DeSantis e ex-diretor executivo da Associação de Governadores Republicanos. Empresas sob o guarda-chuva das diversas companhias de Cox já receberam pelo menos US$ 21 milhões (R$ 119 milhões) desde agosto, mostram os registros.

O fato de Trump terceirizar grande parte de seus esforços para mobilizar eleitores não é a única estratégia não convencional que sua campanha adotou este ano. Sua campanha e aliados também abandonaram a abordagem tradicional de conquistar eleitores independentes ou moderados. Em vez disso, estão tentando impulsionar a participação de apoiadores de Trump que raramente votam, uma abordagem nova, mas arriscada.

Os Estados Unidos e um grupo de dez países planejam estabelecer uma equipe de monitoramento de sanções multilaterais para acompanhar e relatar violações e evasões das medidas de sanções estipuladas contra a Coreia do Norte.

"Estamos alinhados em nosso compromisso de manter a paz e a segurança internacionais e de salvaguardar o regime global de não proliferação, além de enfrentar a ameaça decorrente dos programas de armas de destruição em massa e mísseis balísticos da República Popular Democrática da Coreia, que violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU", diz um comunicado conjunto divulgado nesta quarta-feira, 16.

O texto foi elaborado em conjunto com a Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, República da Coreia e Reino Unido.

A intenção de estabelecer uma equipe de monitoramento ocorre à luz do veto que dissolveu o painel de peritos do Comitê 1718 do Conselho de Segurança da ONU este ano, segundo o comunicado.

A campanha da vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata, Kamala Harris, disse que os programas listados na "Agenda para Homens Negros" estarão abertos a todos os americanos em uma base racialmente neutra.

A vice-presidente tem "percepção clara sobre como há muito que são negadas aos homens negros as ferramentas que lhes permitiriam aumentar a sua riqueza, conseguir um emprego bem remunerado e apoiar os seus entes queridos - ela está defendendo soluções que beneficiarão todos os americanos e abordar essas barreiras específicas às oportunidades econômicas", disse um assessor de campanha não identificado.

Embora os programas da "Agenda para Homens Negros" sejam abertos a todos, a campanha de Harris insistiu que não estava enganando o público-alvo.

A vice-presidente reuniu as ideias depois de ouvir "histórias potentes de homens negros sobre os maiores obstáculos que ainda lhes dificultam o lançamento dos seus negócios", diz um folheto de campanha. Algumas propostas certamente beneficiarão o grupo, como o aumento dos esforços federais para combater a doença falciforme. De acordo com os Institutos Nacionais de Saúde, 90% dos afetados são negros.