Ramagem aposta na presença da família Bolsonaro em atos para chegar ao 2º turno no Rio

Política
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Frustrados pelo baixo desempenho do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro, integrantes do comitê eleitoral do afilhado político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apostam no engajamento do clã da zona oeste na reta final da campanha para alavancar os números do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no berço do bolsonarismo.

Enquanto o prefeito Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição, toca uma campanha sem adversários competitivos e com expectativa de vitória em primeiro turno, Ramagem insiste na estratégia de associação ao ex-presidente e no foco em temas de segurança pública - de atribuição majoritária do governo estadual.

O vereador Carlos Bolsonaro (PL), candidato ao sétimo mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio, e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) são os principais entusiastas da campanha de Ramagem no Rio. Os dois já cumpriram uma série de agendas ao lado de Ramagem e são os responsáveis pela estratégia do candidato apoiado pela família Bolsonaro na capital carioca.

As pesquisas eleitorais têm mostrado uma vantagem de mais de 40 pontos porcentuais de Paes, que lidera a disputa, em relação a Ramagem. O levantamento mais recente, divulgado pelo instituto Quaest nesta quarta-feira, 11, mostra o atual prefeito do Rio com 64% das intenções de voto. Ramagem tem 13% e o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ) aparece com 4% da preferência dos eleitores.

A campanha de Ramagem esperava um resultado melhor do deputado após o início das propagandas em rádio e TV. Apesar da falta de reação da candidatura, aliados ainda apostam que o candidato do PL pode crescer na reta final com o engajamento de Bolsonaro.

Como antecipou a Coluna do Estadão, o ex-presidente estará na capital fluminense em toda a semana do primeiro turno das eleições. A previsão é que se encontre com o postulante carioca entre os dias 3 e 6 de outubro, inclusive acompanhando-o na votação.

A três semanas do primeiro turno das eleições municipais, três integrantes do clã participam ativamente da campanha. Carlos e Flávio marcarão presença em uma caminhada ao lado de Ramagem na orla de Copacabana no domingo, 15, às 10h. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro esteve em uma agenda ao lado do candidato do PL na manhã desta sexta-feira, 13, na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade.

A campanha acredita que Michelle pode auxiliar Ramagem com os públicos feminino e evangélico, e para reforçar os laços entre o candidato do PL e a família Bolsonaro.

Bolsonaro participou de uma agenda de rua de Ramagem no começo da campanha, em 18 de julho. Na ocasião, estiveram, além dos dois políticos, Flávio Bolsonaro, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e aliados bolsonaristas em um trio elétrico estacionado em uma das ruas de acesso da Praça Saens Peña, na Tijuca.

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O Serviço Nacional de Inteligência (NIS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul, a agência de espionagem do país, afirma que a Coreia do Norte enviou 1,5 mil membros das suas forças de operação para ajudar a Rússia na guerra contra a Ucrânia. A instituição informa que os soldados norte-coreanos, que atualmente estão na cidade portuária russa de Vladivostok, receberam uniformes militares russos, armas e documentos de identificação falsos.

O NIS publicou fotos de satélite que mostram os movimentos de navios da Marinha da Rússia, que teriam sido responsáveis pelo transporte dos soldados de 8 a 13 de outubro. Segundo o órgão, é esperado que mais tropas sejam enviadas para território russo, em breve. Se as informações forem confirmadas, o movimento coloca um terceiro país na guerra e intensifica o impasse entre a Coreia do Norte e o Ocidente.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, disse que não poderia confirmar os relatos, ao ser questionado sobre o assunto. O secretário de imprensa do Pentágono americano, Pat Ryder, também não corroborou as informações. O porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, disse que as alegações são falsas.

Kamala Harris e Donald Trump buscaram apoio de eleitores árabes americanos nesta sexta-feira em eventos de campanha em Michigan, um dos estados chave para a eleição presidencial nos EUA.

O candidato republicano está tentando utilizar a frustração desses eleitores com Harris sobre o apoio dos EUA à ofensiva de Israel em Gaza e sua invasão ao Líbano. Aliados de Trump mantiveram reuniões por meses com líderes comunitários em Michigan, que é um estado decisivo na eleição de novembro e tem uma significativa população de árabes americanos.

Do lado democrata, Harris disse nesta semana que a morte do líder do Hamas Yahya Sinwar é uma oportunidade para terminar a guerra em Gaza.

Michigan é um dos três estados do "muro azul" que, junto com Pensilvânia e Wisconsin, ajudará a decidir a eleição presidencial.

O ex-presidente americano e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, comemorou, nesta sexta-feira, 18, a morte do líder do grupo terrorista Hamas, Yahya Sinwar, afirmando que sua morte aumentou a probabilidade de uma solução pacífica para a guerra em Gaza.

Perguntado se a morte de Sinwar tinha tornado a paz mais fácil ou mais difícil, Trump respondeu: "Penso que a torna mais fácil. Estou contente de que Bibi (o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu) tenha decidido fazer o que tinha que fazer".

Trump disse que planejava conversar hoje com Netanyahu, depois que o primeiro-ministro israelense ligou para ele após a morte do líder do Hamas. Trump revelou que planejava retornar a ligação de Netanyahu.

O republicano ainda afirmou que o presidente dos EUA, Joe Biden, tem "tentado impedi-lo", referindo-se a Netanyahu. Biden e a vice-presidente Kamala Harris, que disputa a Casa Branca com Trump, estão equilibrando-se em uma corda bamba para manter apoio ao seu aliado Israel, ao mesmo tempo que tentam reduzir as mortes de civis na guerra.

Trump vem tentando capitalizar a frustração com Kamala sobre o apoio dos EUA à ofensiva de Israel em Gaza e sua invasão do Líbano, após o ataque de 7 de outubro de 2023 pelo Hamas a Israel. Seus aliados têm se reunido há meses com líderes comunitários em Michigan, que tem uma população considerável de árabes-americanos, particularmente em Detroit e arredores. Ele disse que não achava que a comunidade árabe-americana votaria em Kamala "porque ela não sabe o que está fazendo."

Biden disse na quinta-feira que era um "dia bom" para Israel, EUA e resto do mundo. Já Kamala afirmou que a morte do chefe do Hamas é uma "oportunidade para acabar" com a guerra em Gaza.

Israel anunciou na quinta-feira, 17, a morte de Sinwar, morto no dia anterior em uma operação de seus soldados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Yahya Sinwar era considerado o idealizador do ataque sem precedentes de 7 de outubro de 2023 em território israelense, que desencadeou a guerra em Gaza.

O Hamas confirmou nesta sexta-feira a morte de seu líder e alertou que não libertará os reféns até que Israel termine a guerra em Gaza, afirmando que a luta seguirá até a "libertação da Palestina". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)