Bolsonaro compartilha vídeo contra Pablo Marçal, que questiona nas redes: 'O que houve?'

Política
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Em nova investida contra o candidato do PRTB Pablo Marçal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou um vídeo antigo do ex-coach em que ele critica igrejas. Marçal, no entanto, rebateu Bolsonaro em suas redes sociais, questionando "o que houve?" para o padrinho político de Ricardo Nunes (MDB) atacá-lo.

O ex-coach compartilhou a publicação do portal de notícias Metrópoles e escreveu: "Bolsonaro está desesperado com alguma coisa compartilhando vídeos meus antigos?". Nas imagens, Marçal afirmava que as instituições religiosas geram uma morte espiritual nas pessoas. "Ortodoxa, romana, anglicana, o escambau. A igreja evangélica não mata as pessoas com morte física. Mata elas com morte espiritual".

No início da semana, Bolsonaro compartilhou um vídeo no Telegram no qual o ex-coach é descrito como um "traidor", "arregão" e "aproveitador" que possui medo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, alvo da manifestação convocada por Bolsonaro no 7 de Setembro. O empresário e influenciador esteve presente no ato, mas chegou prestes ao encerramento da passeata.

O pastor Silas Malafaia, que organizou a manifestação, criticou a presença de Marçal chamando-o de "narcísico" e dizendo que ele não é "digno do voto da direita e dos evangélicos". Malafaia intensificou os ataques ao ex-coach, mas negou que esteja fazendo campanha para Nunes, como mostrou a Coluna no Estadão.

Em contrapartida, Bolsonaro reforçou seu apoio à candidatura de Nunes em uma chamada de vídeo exibida em um jantar para o emedebista no clube Monte Líbano, em São Paulo. O ex-presidente tem gerado incertezas sobre uma possível participação mais assídua na campanha de Nunes, afirmando ser "cedo demais" para entrar efetivamente na campanha. Bolsonaro não possui agendas de campanha confirmadas em São Paulo.

"Torço por você, tenho certeza de que haverá segundo turno e seremos vitoriosos no segundo turno", disse o ex-presidente durante a ligação. O aceno ocorreu logo após os resultados positivos de Nunes nas pesquisas eleitorais Datafolha e Quaest, onde o atual prefeito aparece liderando numericamente com 27%, a frente de e 24% das intenções de voto respectivamente.

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A matéria publicada anteriormente tinha um equívoco no primeiro parágrafo. O líder do partido União Democrática Cristã (CDU), Friedrich Merz, é o provável próximo chanceler da Alemanha. Seu partido foi o mais votado na eleição deste domingo e, portanto, deve ocupar a liderança do país num governo de coalizão. Segue a nota corrigida:

O líder do partido União Democrática Cristã (CDU) e provável próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, afirmou que espera convencer os representantes dos Estados Unidos de que há um interesse mútuo ter boas relações transatlânticas, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 24. Na ocasião, ele disse que conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, no domingo, 23, e os líderes discutiram o que será conversado com o presidente americano, Donald Trump.

"Temos que considerar o pior cenário possível para as relações com os Estados Unidos", defendeu.

Merz também disse que será "chanceler de toda a Alemanha" e não apenas para os eleitores de seu partido, e que quer construir uma coligação com o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, que ficou em terceiro lugar após a apuração, atrás do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita.

O chanceler conservador eleito na Alemanha, Friedrich Merz, do partido União Democrática Cristã (CDU), afirmou que espera convencer os representantes dos Estados Unidos de que há um interesse mútuo em ter boas relações transatlânticas, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 24. Na ocasião, ele disse que conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, no domingo, 23, e os líderes discutiram o que será conversado com o presidente americano, Donald Trump.

"Temos que considerar o pior cenário possível para as relações com os Estados Unidos", defendeu.

Merz também disse que será "chanceler de toda a Alemanha" e não apenas para os eleitores de seu partido, e que quer construir uma coligação com o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, que ficou em terceiro lugar após a apuração, atrás do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimentou Friedrich Merz e a União Democrática Cristã (CDU), partido conservador tradicional, pela vitória no pleito eleitoral de domingo, 23, na Alemanha. Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira, 26, Lula disse estar "convencido" de que Brasil e Alemanha seguirão trabalhando juntos para ampliar convergências e complementaridades. Friedrich Merz é o provável próximo chanceler da Alemanha

"Quero cumprimentar Friedrich Merz e seu partido pela vitória no pleito eleitoral de ontem. Sua eleição ocorre em momento de grande sensibilidade geopolítica e geoeconômica global, mas também em momento de grandes esperanças e oportunidades de ganhos conjuntos", disse Lula em nota.

O brasileiro disse que a Alemanha é um "país amigo e parceiro crucial do Brasil" na defesa da democracia e do multilateralismo, na promoção do desenvolvimento sustentável e na proteção dos direitos humanos. "Nossos países têm forte histórico de atuação conjunta por reformas na governança global", citou.

"Estou convencido de que seguiremos trabalhando juntos para ampliar as convergências e complementaridades em prol de uma inserção internacional cada vez mais competitiva de ambos", afirmou. O petista citou que a implementação do Acordo entre o Mercosul e a União Europeia e a realização da COP 30 no Brasil são "caminhos facilitadores desse processo".

Em segundo lugar no pleito de ontem, ficou o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), e o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, ficou em terceiro. Com isso, a AfD alcançou o melhor resultado para a extrema direita alemã desde a 2ª Guerra Mundial.

A grande fatia de votos recebida pelo Alternativa para a Alemanha deve prejudicar as negociações para a formação de um governo, já que todos os principais partidos do país se recusam a formar uma coalizão com a AfD - uma estratégia criada desde o fim da 2ª Guerra para impedir o retorno de extremistas ao poder após a derrota do nazismo. Apesar de descartar formar um governo com a AfD, Merz já mostrou que pode dialogar com o partido.