Sem 'esforço concentrado' na Câmara, líderes se engajam em campanhas nos Estados

Política
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A poucos dias do primeiro turno das eleições municipais, líderes da Câmara se mobilizam em suas regiões para comparecerem em agendas de campanha de aliados. Com a votação marcada para 6 de outubro e sem mais períodos de esforço concentrado previstos na Casa, os principais líderes pretendem dobrar a dedicação em seus redutos.

Um dos concorrentes à presidência da Câmara, o líder do PSD, Antonio Brito (BA), faz visitas a municípios baianos entre a quinta-feira, 19, e o domingo, 22.

O deputado vai a Ribeira do Pombal, onde o PSD tem Nathan Brito como candidato a vice de Eriksson Silva (MDB). Depois, passa por cidades do Recôncavo e visita Nazaré das Farinhas, onde o partido de Brito tem Benon como candidato a prefeito, e Jequié, onde Alexandre da Saúde, também do PSD, concorre à administração municipal.

Outro nome que tem sido citado na disputa pela sucessão de Lira, Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL) percorre cidades de Alagoas. Ele vai a Santana do Ipanema, município que já foi administrado pelo seu pai e hoje tem como prefeita a sua irmã, Christiane Bulhões. Na cidade, Isnaldo apoia Eduardo Bulhões (MDB) à Prefeitura, com Mário do Laboratório (MDB) como vice, contra candidaturas do PP e do União. Depois, o deputado faz atividades com os candidatos a prefeito Jó Dionísio (MDB), em Olivença, e Joãozinho (MDB), em Senador Rui Palmeira.

No município de Poço das Trincheiras, Isnaldo vai apoiar Marcelo Melo (PDT), que disputa a eleição para prefeito contra um candidato do próprio MDB, o atual prefeito Valmiro Costa. Segundo aliados de Isnaldo, a posição envolve "uma questão mais pessoal".

Também lembrado para a presidência da Câmara, o líder do PP, Dr. Luizinho (RJ), vai a Vilar dos Teles, em São João de Meriti (RJ), na noite desta quarta, em uma agenda com o vereador Paulinho (PP), candidato à reeleição. Os demais compromissos do deputado ainda não foram definidos. Os líderes do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), do Republicanos, Hugo Motta (PB), não informaram suas agendas.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), planeja uma visita nesta semana ao município cearense de Quixeramobim, onde Paulo Ferreira (PT) é candidato a prefeito, com um vice do União Brasil e contra candidaturas do PSB, do PDT e do DC. Depois, passa por Acopiara, onde o PT apoia Dr. Vilmar (PSB), cuja vice, Marli, é do União Brasil.

O PT também tem candidatos em três municípios que Guimarães vai visitar: Luizinho, em Senador Pompeu; Marcondes Ferraz, em Saboeiro, e Neto Feitosa, em Aiuaba.

O líder do PSB, Gervásio Maia (PSB-PB), faz uma live na sexta-feira, 20, com o candidato a reeleição em Algodão de Jandaíra, Humberto dos Santos (PSB), com vice também do PSB. Ele concorre contra uma candidatura da Rede Sustentabilidade.

No sábado, 21, tem carreata e comício nos municípios paraibanos: Mato Grosso, onde o PSB concorre com a candidata Gidalva em chapa pura; São Bentinho, onde o PSB apoia Giovana Olímpio e Jannilson dos Santos, candidatos à Prefeitura pelo Republicanos; e Brejo dos Santos, onde Luciene (PSB) concorre à Prefeitura em uma chapa com o PL.

O líder do PDT, Afonso Motta (RS), vai a Passo Fundo, onde o PDT concorre a prefeito com Airton Dipp e um vice do PT; Sarandi, onde Reinaldo Nicola (PDT) concorre com um vice do mesmo partido; e Viamão, onde Guto Lopes (PDT) tem vice do MDB e disputa contra o PT, o PSDB e o PL.

Afonso Motta também deve ir a São Borja, onde o PDT lançou Tiago Cadó e Ana Gattiboni; Alegrete, com Zé Paulo e Rui Motta, do PDT, candidato à Prefeitura contra PT, MDB e PL; São Francisco de Assis, com Paulinho Salbego do PDT e Miguel Lamberti do MDB contra um adversário do PSB; Manoel Viana, onde Careca e Alemão, ambos do PDT, competem contra o PP; e Osório, onde Romildo Bolzan Júnior, ex-presidente do Grêmio, e Ed Moraes, ambos do PDT, concorrem contra MDB e PL.

O líder da oposição, Filipe Barros (PL-PR), fica nesta semana no município paranaense de Cascavel, onde apoia Renato Silva (PL) para prefeito, cujo vice é Henrique Mecabô, do Novo. Na semana que vem, Barros vai à sua cidade natal, Londrina, onde o seu partido tem Junior Santos Rosa como vice do candidato a prefeito Tiago Amaral (PSD).

O líder do PL, Altineu Côrtes (RJ), vai a São Gonçalo, onde sua legenda disputa com favoritismo a reeleição com Capitão Nelson. Ele também faz visita à sua base eleitoral em Itaboraí, onde Marcelo Delaroli é o nome da sigla para o comando da Prefeitura, com vice do PP, Elber Correa. Há também uma previsão de passagem no Rio de Janeiro, onde o PL tem Alexandre Ramagem como candidato.

Outros líderes procurados pela reportagem não responderam ou disseram que ainda não tinham as agendas marcadas.

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O Ministério das relações Exteriores (MRE) se prepara para receber nesta quarta-feira, 26, às 11h30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião de sherpas do Brics iniciada nesta terça, 25, no Palácio do Itamaraty. Os sherpas são os negociadores-chefes de cada um dos 11 membros do bloco.

A presença do chefe do Executivo, porém, ainda não foi confirmada, o que deve ocorrer apenas no fim do dia, quando a agenda do mandatário é divulgada pelo Palácio do Planalto. Há a expectativa de que Lula faça um discurso, caso o petista participe do evento de quarta.

Chefes de Estado e de governo não costumam participar das reuniões de sherpas. Geralmente, estão presentes apenas na cúpula de líderes, que este ano está marcada para os dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. Como o Brasil está com a presidência rotativa do grupo e o encontro ocorre em Brasília, avaliou-se que poderia ser um gesto de cortesia do anfitrião.

Na manhã desta terça, estão reunidos os 11 sherpas do Brics no Itamaraty. Havia a previsão de que, como convidado, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, fizesse um discurso de abertura aos convidados. O texto deve ser divulgado à imprensa. O sherpa brasileiro é o embaixador Mauricio Lyrio, que teve a mesma função durante as reuniões do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), que também ocorreu no Brasil no ano passado.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira, 24, que as tarifas sobre importações do México e do Canadá "irão adiante" quando um adiamento de 30 dias expirar na semana que vem. A notícia, que veio nos últimos 40 minutos de negociação na segunda-feira, arrastou o S&P 500 para baixo.

Esse é o primeiro dos quatro prazos tarifários iminentes de Trump nas próximas seis semanas. Trump voltou a dizer que os EUA "foram aproveitados" por parceiros comerciais, mas que pretende "ganhar muito território".

Se confirmadas, as tarifas devem entrar em vigor a partir do dia 4 de março, quando expira o prolongamento do prazo anunciado pelo presidente americano. As tarifas incluem taxas de 25% sobre todas as importações mexicanas e canadenses, com uma exceção apenas da tarifa de 10% das importações de energia do Canadá. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira, 24, uma nova rodada de sanções contra dezenas de pessoas e petroleiros na China, Emirados Árabes Unidos e na Índia por supostamente ajudarem a financiar o Irã.

O Tesouro dos EUA e os departamentos de Estado dos EUA sancionaram 22 indivíduos ou empresas e 13 navios petroleiros, incluindo os chefes da National Iranian Oil Co. e da Iranian Oil Terminals Co., por seu papel na intermediação da venda e transporte de petróleo iraniano.

Entre os sancionados, ainda estão o CEO da empresa petrolífera nacional do Irã, Hamid Bovard, assim como intermediários com sede nos Emirados Árabes Unidos e Hong Kong e empresas que fretam navios da Índia e da Malásia, de acordo com o Departamento do Tesouro.

Segundo o Departamento de Estado americano, essa "rede" permitiu que o petróleo iraniano fosse transportado ilegalmente para "compradores na Ásia". "Possibilitou o envio de dezenas de milhões de barris de petróleo no valor de centenas de milhões de dólares", disse o governo americano.

No início de fevereiro, Washington já havia anunciado sanções financeiras contra uma "rede internacional" acusada de fornecer petróleo iraniano à China para financiar as atividades militares de Teerã.

As sanções envolvem o congelamento de ativos que as empresas sancionadas detêm direta ou indiretamente nos Estados Unidos e a proibição de empresas sediadas nos EUA ou cidadãos americanos de negociar com as empresas sancionadas, correndo o risco de também serem sancionados.

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, disse em uma declaração que "enquanto o Irã dedicar suas receitas de energia ao financiamento de ataques contra nossos aliados, apoiando o terrorismo ao redor do mundo ou buscando outras ações desestabilizadoras, usaremos todas as ferramentas à nossa disposição para responsabilizar o regime".

Elas também dificultam a negociação das empresas sancionadas, limitando sua capacidade de usar o dólar em suas transações, devido ao risco de ficarem sob a jurisdição americana.

Um relatório da Administração de Informação de Energia dos EUA de outubro de 2024 estima que o Irã arrecadou US$ 253 bilhões em receitas de petróleo durante as presidências de Joe Biden e Trump, entre 2018 e 2024. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)